Justiça determina quebra do sigilo fiscal do filho de Covas …O ZUZINHA05/11/2008
Justiça determina quebra do sigilo fiscal do filho de CovasInvestigado sob suspeita de integrar esquema na CDHU, Mario Covas Neto diz ver má-fé
Ministério Público apura desvios de R$ 38 milhões em contrato de 1996 entre empresas de vigilância e a companhia de habitação
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Justiça do Estado de São Paulo determinou a quebra do sigilo fiscal do advogado Mario Covas Neto, filho do governador Mario Covas (PSDB), morto em 2001.
Contra Zuzinha, como é conhecido, pesa a suspeita de ter participado de um desvio de cerca de R$ 38 milhões dos cofres da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), do governo paulista.
Procurado pela Folha, Zuzinha diz que a acusação é uma aberração e que, nos últimos 12 anos -quando teria ocorrido o desvio-, nunca foi sequer questionado pelas autoridades sobre os fatos. “Isso é má-fé do Ministério Público. É frustrante e irritante ficar numa situação como essa, defendendo-se de algo que não existe.
“O juiz Randolfo Ferraz de Campos, da 14ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, também determinou a quebra dos sigilos bancários e fiscais do ex-presidente da CDHU Goro Hama, do ex-diretor Ruy Mendes Reis Júnior e das empresas de segurança privada Power (ligada à Tejofran) e Gocil.
A investigação da Promotoria da Cidadania começou em dezembro de 2006, depois que o Caex, órgão de apoio operacional do Ministério Público, concluiu um laudo apontando suposto superfaturamento e fraude num contrato firmado entre a CDHU e as duas empresas de segurança.
Pelo acordo, assinado em 1996, a Gocil e a Power tinham de fornecer vigilantes para obras e terrenos de conjuntos habitacionais construídos pelo governo.
O contrato terminou em 1999 -Covas administrou o Estado de 1995 a 2001.
Zuzinha não teve cargo público nem trabalhou nas empresas.
Para o Ministério Público, há forte indícios de que ele tenha atuado como lobista para favorecer a Power e a Gocil dentro do governo.
À Justiça, o promotor Silvio Marques, responsável pelo caso, apontou ligações pessoais entre Zuzinha e um dos donos da Power, Antonio Dias Felipe, que é padrinho de casamento dele e foi um dos colaboradores nas campanhas de Covas.
O promotor informou ainda ter colhido depoimentos de testemunhas que relacionam Zuzinha ao um suposto interesse em beneficiar as empresas.
Foi ouvido o ex-deputado federal Afanázio Jazadji (DEM), que diz ter ouvido do próprio Reis Jr. que Zuzinha dava proteção aos “esquemas”.
A Promotoria sustenta que a quebra do sigilo fiscal e bancário de todos os suspeitos, de 1995 a 2000, é fundamental para saber se houve pagamento de propina ou enriquecimento ilícito -todos são apenas investigados, não há nenhuma acusação formal contra eles.
A quebra do sigilo bancário de Zuzinha foi negada pelo desembargador do Tribunal de Justiça Oswaldo de Oliveira, que entendeu que os dados fiscais (declarações de Imposto de Renda) serão suficientes para analisar eventual indício de incompatibilidade patrimonial.
A Promotoria informou que irá recorrer dessa decisão.
Perícia
O laudo do Caex, do Ministério Público, constatou que o preço pago pela CDHU às empresas por homem/hora (R$ 8,33) foi muito acima da média praticada à época (R$ 4,12).
O sobrepreço, informou o órgão, foi de R$ 38 milhões.
O mesmo contrato também foi considerado irregular pelo TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), por suposto favorecimento às empresas.”Infelizmente houve uma demora na abertura do procedimento. Como o caso é muito complexo, tivemos de esperar a conclusão da perícia do Caex. Depois, a CDHU foi instada a se manifestar sobre os fatos. Em janeiro deste ano, propôs uma ação declaratória pedindo a devolução de apenas R$ 1,3 milhão, valor muito abaixo do que foi apontado pelo Caex”, diz o promotor Marques.
Pelo tempo transcorrido, não cabe mais nenhuma ação cível por improbidade administrativa nem criminal.
O prazo para pedir judicialmente a responsabilização de alguém por um suposto desvio de dinheiro público já prescreveu.
A única medida possível é uma ação de reparação do erário, situação considerada imprescritível.
Este blog pretende retratar a delicada tarefa de defesa de policiais militares, em especial no Estado de São Paulo. Alcançará outros assuntos, conexos com a Justiça, Polícia Judiciária e área governamental. Assuntos ligados ao interesse individual/coletivo em contraponto à crise que se espraia, silenciosa e traiçoeira, devastando interesses humanos e materiais pela sua imponderabilidade, são o ponto alto mundial. Comentários serão sempre bem-vindos,responsabilizado o autor em caso de excessos.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
IMPRENSA MANIPULADA
LIBERDADE: ESSA PALAVRA QUE NÃO HÁ NINGUÉM QUE EXPLIQUE E NINGUÉM QUE NÃO ENTENDA. Cecília Meirelles
A MANIPULAÇÃO DO PSDB SOBRE A IMPRENSA ESTÁ EM VÍDEO:
http://video.google.com/videoplay?docid=-4282345827147197000&ei=s1p8SdbDMIH6qgLW-L2pBQ&q=o+psdb+que+voce+n%C3%A3o+ve+na+tv
A MANIPULAÇÃO DO PSDB SOBRE A IMPRENSA ESTÁ EM VÍDEO:
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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
AGORA LASCOU!
TJ reabre apuração da morte de Toninho do PT
O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu ontem reabrir as investigações sobre o assassinato do prefeito de Campinas, no interior de São Paulo, Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, morto em setembro de 2001. O crime deverá ser investigado pela Delegacia Seccional de Campinas, que abrirá um novo inquérito. De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, o Ministério Público (MP) ainda pode recorrer no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O MP havia recorrido de uma decisão de setembro de 2007 em que não foi aceita a denúncia contra Wanderson de Paula Lima, o Andinho, acusado pela Promotoria e pela Polícia Civil de ser um dos autores do assassinato do prefeito. Ontem, dois desembargadores mantiveram a medida tomada em 1ª instância. Um terceiro desembargador pediu vista do processo, mas, independentemente de seu voto, o recurso no TJ já foi negado.
Andinho e outros três comparsas são apontados pelo MP como os autores dos três disparos contra Toninho. Os promotores queriam júri popular para o denunciado. Andinho negou à Justiça envolvimento no crime. Os outros três supostos envolvidos foram mortos em duas ações policiais.
O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu ontem reabrir as investigações sobre o assassinato do prefeito de Campinas, no interior de São Paulo, Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, morto em setembro de 2001. O crime deverá ser investigado pela Delegacia Seccional de Campinas, que abrirá um novo inquérito. De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, o Ministério Público (MP) ainda pode recorrer no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O MP havia recorrido de uma decisão de setembro de 2007 em que não foi aceita a denúncia contra Wanderson de Paula Lima, o Andinho, acusado pela Promotoria e pela Polícia Civil de ser um dos autores do assassinato do prefeito. Ontem, dois desembargadores mantiveram a medida tomada em 1ª instância. Um terceiro desembargador pediu vista do processo, mas, independentemente de seu voto, o recurso no TJ já foi negado.
Andinho e outros três comparsas são apontados pelo MP como os autores dos três disparos contra Toninho. Os promotores queriam júri popular para o denunciado. Andinho negou à Justiça envolvimento no crime. Os outros três supostos envolvidos foram mortos em duas ações policiais.
OBAMA NAS ALTURAS! by R. Simonsen
É tempo de festejar a chegada do messias. Com as mãos para o alto, os fervorosos fiéis clamam pela sabedoria do guru que, a plenos pulmões, derrama sobre suas cabeças o mantra pelo qual ficou conhecido: "Eu apenas peço que acreditem." A multidão ovaciona sua divindade pagã, comemora exultante, entra em catarse. Lágrimas de redenção escorrem pelas faces maravilhadas. Gritos de aleluia ressoam pelos quatro cantos. Falta somente a faixa com a inscrição: Santo Subito!Enfeitiçado pela oratória celestial, o povo eleito tratou logo de estabelecer o marco histórico, antes mesmo da própria consumação pelo voto. O mundo não é mais o mesmo, certo? Esqueçamos a época de guerra, fome, crise e desunião. Isso tudo é passado. Nesta nova era, a História só pode ser dividida entre antes de Obama (a.O.) e depois de Obama (d.O.).De uma hora pra outra, o planeta foi transformado numa imensa Jerusalém e eu sou um soldado romano tentando açoitar o salvador da humanidade.Deuses fajutos sempre existiram. Aos montes. O que mais me intriga é o fato de que pessoas que costumam andar sobre as duas pernas, utilizar com certa regularidade seu polegar opositor e até comer direitinho de garfo e faca puderam cair como mansos cordeiros neste conto da carochinha de proporções apocalípticas. Se houve um acontecimento verdadeiramente marcante, caros leitores, foi este. Sinal da vulgaridade contemporânea, acompanhado da promessa de mudança que soa como o "amanhecer mais noite que a noite" de Drummond.Repare como a quase totalidade dos cérebros que deveriam estar em funcionamento foi subitamente acometida por uma violenta narcolepsia mental, esquecendo-se das tarefas de investigação mais elementares e acatando irrefletidamente qualquer bobajada desferida pelo candidato mais nebuloso que já disputou uma eleição para a presidência norte-americana, sem ao menos pedir suas credenciais. É, para dizer pouco, esquisitíssimo. Mas uma figura como Obama traz ao menos um ponto positivo: afasta para longe qualquer manifestação de preguiça intelectual que os espíritos atentos possam ter para com a política atual e faz com que estes ponham a mão na massa.Você, meu eventual leitor, foi lesado. Saiba disso. Comprometidos com os ideais liberais até o pescoço, jornalistas e intelectuais, que tinham a obrigação moral de escarafunchar cada ponto da trajetória do aspirante a ser supremo, eximiram-se de suas tarefas e furtaram do grande público uma série de informações absolutamente imprescindíveis (e eu repito: imprescindíveis) para a compreensão correta do presente estado de coisas. A rigor, não temos nenhuma garantia de que um candidato é o que diz ser. Sem uma análise profunda de sua imagem publicitária, de seu programa de governo em relação à situação objetiva, das correntes de pensamento que se refletem neste plano, e dos grupos políticos, econômicos e culturais que o apóiam, não há a mínima possibilidade de estabelecer qualquer grau de confiabilidade entre o candidato e seu eleitorado.Obama mente tanto, mas tanto, que fico como um mosquito numa praia de nudismo: não sei por onde começar. Me diga uma coisa: você sabia que ele atuou vivamente na campanha do ditador queniano Raila Odinga, o mesmo que exterminou centenas de cristãos, queimando-os vivos? Você tem conhecimento de que o sujeito que pagou os estudos de Obama em Harvard atende pelo nome de Donald Warden, é mentor do grupo terrorista Panteras Negras e autor de um livro que diz que o governo americano planeja assassinar todos os negros? Sabia que Barack foi membro de um partido socialista? E de suas relações com o agitador islâmico Louis Farrakhan, inimigo confesso dos EUA, você já ouviu falar? E das com o notório terrorista William Ayers, verdadeiro autor do seu livro de memórias? Quem aqui já ouviu falar sobre seu consumo de maconha e cocaína? Você sabe se ele é mesmo muçulmano, como seus parentes dizem que é?
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
PT - PARTIDO DOS TRAPACEADORES
Ao receber e-mail de amigos meus envolvidos com a ADESG e EB pensei que era um exagero.
Afinal, as denúncias são consistentes e muito graves.
Procurei por fontes na própria Net e encontrei ao menos uma na qual confio: Usina de Letras.
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Cartas-->Carta de um ex-petista -- 10/12/2007 - 09:35 (Félix Maier)
Este autor concorda com o uso dos seus textos, desde que informem a autoria e o local da divulgação.
Cartas-->Carta de um ex-petista -- 10/12/2007 - 09:35 (Félix Maier)
Este autor concorda com o uso dos seus textos, desde que informem a autoria e o local da divulgação.
As denúncias se estendem por crime de roubo, passando por seqüestro, assassinato (inclusive sob encomenda), dilapidação do patrimônio público e enriquecimento ilícito, até encostar em formação de quadrilha, tráfico de armas e de drogas!!!
Se houver Ministério Público Federal nesse país, acredito que a instituição tomará, no mínimo, a providência de intimar e ouvir a termo o sr. José Guimarães dos Santos Silva, que se intitula "jornalista".
São, de fato, denúncias capazes de derrubar governo e ouso ter a expectativa de que apareça alguma instituição séria, interessada mais na coisa pública e na lei do que em ideologia. Eu confio em "ex" petista, tanto quanto confio em uma nota de três reais.
Mesmo assim, se ele fala tão abertamente sobre crimes praticados por gente de seu "ex-partido", diretamente ligada ao seu "ex-amigo", penso que, ou se explica (e aí mesmo é que a coisa complica) ou deve ser responsabilizado pelo que está falando.
Amigos e Amigas, Se vocês, como eu, se consideram cidadãos brasileiros honestos, são trabalhadores e ainda acreditam que o Brasil pode dar certo, peço um minuto de sua atenção para a leitura destas linhas, pois eleição é coisa muito séria! Sou jornalista há 31 anos, fui militante do PT por 15 anos consecutivos e atuei junto ao Diretório Nacional do PT com sede na cidade de São Paulo. Por esses motivos conheci e convivi pessoalmente com o Presidente Lula. Votei no Lula em todas as eleições das quais ele participou. O Lula era tido por mim como um grande amigo e camarada, até o dia em que ele saiu da oposição e começou a governar. Todos os princípios e idéias que compartilhávamos e pelos quais lutávamos, foram traídos e abandonados pelo meu `EX-GRANDE AMIGO`LULA. Então aí vão minhas justificativas: O Prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel, que também era meu amigo, foi morto a mando do Lula, da cúpula do PT (Zé Dirceu e Genoino)e da `Máfia de Ribeirão Preto` (comandada pelo Antonio Palocci). Celso Daniel era muito teimoso e gostava de fazer as coisas do jeito dele, o que desagradava aos dirigentes do nosso partido (PT). Quando o Celso Daniel interveio no funcionamento da `Máfia dos Transportes de Santo André`, que era controlada pela cúpula petista, minguou o dinheiro que era desviado para o PT e que era uma das maiores fontes utilizadas para financiar as campanhas; esse dinheiro ia para as mãos do grande coordenador de campanhas do PT, o ex-Ministro Antonio Palocci junto com Zé Dirceu. Celso Daniel atrapalhou os planos do PT e pagou com a própria vida por esse `erro`. O Toninho do PT, de Campinas, também pagou com a vida por se insubordinar ao Lula e ao Zé Dirceu. Quando estava à frente da Prefeitura de São Paulo, a Marta Suplicy armou o esquema de contratações de empreiteiras para fazer coleta de lixo sem realizar licitação. Os donos das empreiteiras beneficiadas eram todos amigos da família da Marta e foram todos doadores da campanha dela. Além disso, cada empreiteira tinha que pagar uma quantia mensal para poder continuar trabalhando, sendo que os valores arrecadados eram desviados para `financiar campanhas` e, como o Lula sempre dizia com certo sarcasmo: `a Marta é rica e não precisa desse dinheiro, vamos usar essas (notas) aqui para outros fins mais agradáveis ao nosso bolso`... Os juros são um assunto que dá arrepios. NOSSA TAXA DE JUROS REAIS É A MAIS ALTA DO MUNDO! Até o FMI e as Agências de Classificação de Risco Internacionais sinalizaram que o governo brasileiro poderia baixar os juros mais drasticamente e diminuir o superávit primário (dinheiro reservado para pagar a Dívida Externa). Mas meu ex-amigo Lula preferiu manter os juros altos e aumentar o superávit primário, estrangulando a economia brasileira, que por isso praticamente não cresceu durante todo o governo (enquanto os outros países em desenvolvimento cresceram 6% ao ano, em média, o Brasil cresceu 2%). Assim, as indústrias não cresceram e tiveram que demitir empregados, a agricultura que vinha bem ao longo dos últimos 12 anos ajudando o país a fechar as contas `no azul`, também entrou em colapso, e hoje o setor está amplamente endividado, desde os pequenos até os grandes produtores. O custo de vida aumentou. Os impostos aumentaram. As tarifas públicas aumentaram. Com a estagnação e o desemprego, a marginalidade explodiu em todos os grandes centros urbanos. E os bancos? Bem, os bancos brasileiros tiveram os maiores lucros da história do Brasil por quatro anos seguidos (durante todo o governo do Lula)e as ações dos três maiores bancos privados do Brasil (Bradesco, Itaú e Unibanco) valorizaram-se mais do que as do CitiGroup, que é a maior instituição financeira do mundo, com sede em Nova York, nos EUA, e mais do que as ações do Banco Santander, que é o maior banco da Europa da `Zona do Euro`. COM O LULA NO GOVERNO, O BRASIL SE TORNOU O PARAÍSO Nº1 DO CAPITAL FINANCEIRO ESPECULATIVO INTERNACIONAL! Enquanto milhares de brasileiros passam fome e não têm emprego e a frota de ônibus dos nossos grandes centros urbanos está sucateada. O Lula mandou oBNDES dar dinheiro ao ditador cubano Fidel Castro para a compra de milhares de ônibus novos produzidos na China para eles ! Todos sabemos que nunca mais veremos a cor desse dinheiro e que ele poderia ter sido muito melhor utilizado no financiamento de ônibus para as cidades daqui no Brasil (afinal o dinheiro é NOSSO), comprando veículos produzidos aqui mesmo, ativando a indústria automobilística nacional (talvez assim não haveria aqui milhares de metalúrgicos sendo demitidos todos os dias), gerando crescimento,emprego e renda, que é o que o povo precisa! Mas Lula está enganando o povo com uma esmola chamada Bolsa Família, que não chega a maior parte dos brasileiros necessitados, ficando nas mãos de intermediários corruptos! Lula fez também o BNDES dar dinheiro ao Hugo Chávez da Venezuela, que por sua vez está nadando em dólares que ele obtém vendendo petróleo aos Estados Unidos. Nós tambem nunca mais veremos esse dinheiro... E Lula mandou o BNDES dar dinheiro ao Evo Morales da Bolívia, que todos sabem, é um narcotraficante, e que por sua vez roubou a nossa Petrobras (que havia investido mais de 1 bilhão de dólares do dinheiro dos brasileiros naquele país). Evo Morales deu a nossa Petrobras, que está na Bolívia, de presente ao Hugo Chávez e ainda subiu o preço do gás vendido a nós, brasileiros. Ele fez isso em uma reunião a portas fechadas que os dois tiveram com o cubano Fidel Castro. Evo Morales, Hugo Chávez e Fidel Castro colocaram a nação brasileira de joelhos, e o Lula mais o Chanceler Celso Amorim, PANACAS, ainda disseram que eles têm o direito de fazer isso! Esta é liderança de Lula na América do Sul: Lula dá o dinheiro e o patrimônio do povo brasileiro a esses três ladrões e os três riem e chutam o traseiro do LULA e do povo brasileiro! O que mais me decepcionou foi descobrir que o meu ex-partido, o PT - TEM LIGAÇÕES íntimas COM as `GUERRILHAS e os TRAFICANTES de DROGAS` da Colômbia, do Peru e da Bolívia, e que o PT TEM LIGAÇÕES COM o TRÁFICO de ARMAS e com o CRIME ORGANIZADO do Brasil! Lula e o PT têm vínculos íntimos com os atentados violentos perpetrados pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado de São Paulo. Eu sei porque fui informado por ex-companheiros de partido e tambem porque as táticas utilizadas pelo PCC são típicas de guerrilha, exatamente iguais às táticas que o Zé Dirceu e o Zé Genoino aprenderam em Cuba, e que eles nos ensinavam nos idos dos anos 80 em algumas fazendas de `amigos do PT`, época essa em que ainda acreditávamos que devíamos fazer guerrilha. Agora meu ex-amigo Lula e meu ex-partido PT estão às voltas com um dossiê falsificado, encomendado de última hora a algumas facções criminosas que têm ligação com o partido! Quando eu estava lá no PT com Lula, Zé Dirceu, Genoino, Aloísio Mercadante, Marta Suplicy, Eduardo Suplicy, Erundina, Mentor, Antonio Palocci, Delúbio Soares, Ricardo Berzoini e tantos outros, eu ouvia que devíamos fazer tudo para conquistar e manter o poder, mas eu não imaginava que esse `tudo` incluía roubo, seqüestro, assassinato, dilapidação do patrimônio público, enriquecimento ilícito, envio de dólares para o Caribe e para a Suíça, formação de quadrilha, tráfico de armas e de drogas e tudo o mais que Lula e o PT vem fazendo nos últimos quatro anos! Por isso tudo (e por muitas outras coisas que não posso aqui mencionar)e por que OS CONHEÇO MUITO BEM..... volto a pedir: NÃO VOTEM NO LULA! NÃO VOTEM NO PT! O PT SE TRANFORMOU NUMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA! LULA SE TRANSFORMOU NUM CRIMINOSO SEM LIMITES...! ENVIEM ESTA MENSAGEM PARA O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS POSSÍVEL! SALVEM O NOSSO BRASIL!!!
José Guimarães dos Santos Silva
Jornalista Ex - Petista
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, O homem chega a desanimar da virtude, a rir da honra e a ter vergonha de ser honesto". Rui Barbosa
Obs.: Há denúncias graves contra Lula e a cúpula petista, a exemplo do que o jornalista disse a respeito dos prefeitos petistas assassinados em Campinas e Santo André. Não sei se tudo o que o ex-petista é verdade. No entanto, essa história dos assassinatos (Em Santo André, além de Celso Daniel, outras 7 ou 8 pessoas também foram assassinadas, como "queima de arquivo"), até hoje, não foi completamente elucidada, embora haja indícios que comprometam seriamente o Partido dos Trapaceadores (PT), o partido que mais se envolveu em ladroagem e corrupção de que se tem notícia na história deste País (F. Maier).
ARROGÂNCIA PRESIDENCIAL ATROPELA DIPLOMACIA
Battisti, o protegido!
Estou sinceramente indignada com este "sopão" em que se transformou a extradição ou não de Battisti. Lula e Tarso simplesmente esquecem
que no Brasil existem órgãos responsáveis não só pela análise destes casos mas também elas relações com outros paises. Não fosse assim, qual seria a razão de existência do Conare, do Itamaraty, do STF e da Procuradoria-Geral da Republica?
O presidente e o ministro da justiça simplesmente tomaram para sí a decisão de proteger o terrorista e danem-se as relações com a Itália. Passam por cima de tudo e todos, sem ao menos deixar que este processo corra seu caminho natural.O desrespeito pelas nossas instituições fica cada vez mais evidente neste atual governo, o que se torna uma grave ofensa ao povo que paga seus altíssimos salários.
A voz de duas pessoas não pode ser considerada uma "decisão soberana" do Brasil. E vejo na resposta do nosso presidente, carta enviada a
Giorgio Napolitano, sem consultar ninguém além de seu par, uma nítida "intimidação" aos demais poderes envolvidos na decisão. Me sinto envergonhada ante o povo italiano, que saberá que vivemos num país gerido pela esculhambação generalizada.
Ana Prudente
Sábado, 24 de Janeiro de 2009
Lula envia carta à Itália sem ouvir Itamaraty
Redigido por Tarso, texto reforça ao presidente italiano ?decisão soberana? do Brasil de dar refúgio a Battisti
Denise Chrispim Marin e Leonencio Nossa
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090124/not_imp312122,0.php
Em uma tentativa de aliviar a tensão na relação Brasil-Itália, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou ontem uma carta a seu colega Giorgio Napolitano. O documento, entretanto, reforçou o elemento central da discórdia entre os dois países, ao enfatizar a "decisão soberana" de conceder o status de refugiado ao extremista Cesare Battisti.Lula manifestou "plena consideração ao Poder Judiciário italiano", mas justificou: "A concessão da condição de refugiado ao senhor Battisti representa um ato de soberania do Estado brasileiro. A decisão está amparada na Constituição".O texto foi redigido pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, responsável pela concessão do refúgio, em um trabalho que excluiu o Itamaraty - responsável desde o primeiro Império pela condução da política exterior brasileira. Ao Ministério das Relações Exteriores coube apenas a tarefa de encaminhar a carta ao embaixador italiano no Brasil, Michele Valensise.O chanceler Celso Amorim abrandou a avaliação de que a decisão provocou tensão entre Brasil e Itália. "Para mim, a relação não está tensa. Se alguém está tenso, não sou eu." O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci, jogou água na fervura. "Essas decisões são complexas e difíceis, mas têm de ser tomadas."Mais uma vez, entretanto, o governo italiano se manifestou. Pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para consultar o processo de extradição do italiano. Já o advogado de Battisti, Luiz Eduardo Greenhalgh, recorreu ao vice-presidente do STF, Cezar Peluso, contra o despacho do presidente Gilmar Mendes, que, em vez de decidir sobre a libertação, pediu parecer ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090124/not_imp312122,0.php
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BrasilO que ainda não se sabia sobre ele
VEJA
O terrorista Cesare Battisti teve, sim, amplo direito de defesa e foi delatado por mais de uma pessoa. Tarso Genro concedeu-lhe refúgio ignorando esses fatos, mas os fatos são teimosos
Laura Diniz
Jackes de Marthon/AFP
MATOU E FOI VISTOA revista italiana Panorama entrevistou Mutti. Ele contou que Battisti matou pessoas. "Eu e ele éramos os únicos operativos do grupo"
VEJA TAMBÉM
Nesta reportagem• Quadro: As sete derrotas de Battisti
Na Carta ao Leitor de sua última edição, VEJA deu crédito a Tarso Genro, ministro da Justiça, que, depois de "estudo cuidadoso" dos processos italianos, disse não ter encontrado neles provas concretas que colocassem Cesare Battisti na cena dos quatro homicídios pelos quais ele havia sido condenado à prisão perpétua em seu país. Battisti, agraciado por Genro com o status de refugiado político no Brasil, foi um dos líderes do grupo extremista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), desbaratado há mais de vinte anos pela Justiça italiana graças à delação premiada de Pietro Mutti, um de seus fundadores. A reportagem de VEJA refez na semana passada o mesmo estudo que Tarso Genro garantiu ter feito. Além de ler os autos de cinco tribunais internacionais, a revista entrevistou magistrados italianos diretamente responsáveis pela investigação dos crimes de Battisti. Os resultados obtidos desmentem em sua essência todos os argumentos do ministro da Justiça brasileiro. Havia a possibilidade de Tarso estar certo, mas agora há a certeza de que ele está errado.
Ao contrário do que sustentou Tarso Genro, Battisti teve amplo direito de defesa e as provas contra ele vieram de testemunhos de diversas pessoas, e não apenas da delação premiada de Mutti. O ministro brasileiro colocou em suspeição as confissões de Mutti por duas razões. Primeiro, por entender que ele se beneficiou delas ao pôr toda a culpa sobre os ombros de Battisti. Segundo, porque Mutti estaria vivendo sob identidade falsa e não poderia ser encontrado para eventualmente inocentar Battisti no caso de o processo ser reaberto. Os fatos desmentem Tarso Genro em ambos os casos. Primeiro, Mutti cumpriu oito anos de cadeia por sua parceria terrorista com Battisti e nada teria a ganhar incriminando injustamente o colega, já que delatou o grupo todo. Segundo, Mutti não mudou de identidade e pode ser facilmente encontrado – como efetivamente o foi na semana passada por repórteres da revista italiana Panorama, que, depois de saberem da decisão e dos argumentos do ministro brasileiro, também foram atrás do ex-terrorista para elucidar o caso.
Ficou claro como cristal que:
• Battisti teve direito a ampla defesa. O histórico da defesa é narrado em minúcias no documento em que a Corte Europeia de Direitos Humanos, em Estrasburgo, justifica a decisão de extraditar o terrorista para a Itália.
• A condenação de Battisti não se deu com base em um único testemunho. "Numerosos terroristas confirmaram as declarações de Mutti, assim como outras testemunhas", afirmou a VEJA o procurador da República de Milão Armando Spataro. A revista Panorama reproduz o depoimento de uma dessas testemunhas. Maria Cecília B, ex-namorada do terrorista, relatou às autoridades italianas: "Na primavera de 1979, Battisti, ao descrever-me a experiência de matar uma pessoa, fez referência ao homicídio de Santoro (o agente penitenciário Antonio Santoro) indicando a si mesmo como um dos autores". Em documento da Justiça italiana obtido por VEJA, testemunhas oculares relatam a presença de Battisti em dois dos homicídios.
• Mutti, o delator premiado, não mudou de identidade nem está desaparecido. Entrevistado por Panorama, relatou como ele e Battisti mataram um agente penitenciário.
A polêmica está longe de terminar. O presidente Lula já disse à Itália que o Brasil não vai recuar da decisão. O governo italiano avisou que vai usar todos os recursos jurídicos para conseguir a extradição. No mês que vem, quando termina o recesso do Judiciário, os ministros do Supremo Tribunal Federal terão de responder a uma pergunta fundamental para o desfecho do caso: pode o Executivo definir se um crime é ou não político, como fez Tarso? A resposta a essa questão é crucial, uma vez que, pela lei brasileira, quem comete crime político tem direito a refúgio e não pode ser extraditado. Assim, se o STF decidir que não cabe ao Executivo, ou seja, a Tarso Genro, decidir sobre a natureza dos crimes de Battisti, a consequência da ação do ministro – a concessão do refúgio – perderá validade. Nesse caso, a decisão de abrigar ou não o terrorista no país ficará a cargo do STF. Estará em melhores mãos./
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
nota oficial
Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados manifesta apoio à decisão de conceder refúgio
14 de janeiro de 2009
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), por meio de seu presidente, manifestou hoje apoio à decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de conceder ao ativista político e escritor italiano Cesare Battisti refúgio político no Brasil.
Brasília, 14 de janeiro de 2009
Nota Oficial
Em apoio a concessão do refúgio político a Cesare Battisti
Como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), manifestamos nosso apoio à decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de conceder ao ativista político e escritor italiano Cesare Battisti refúgio político no Brasil.
Tal posição decorre do nosso entendimento de que a condenação imposta a Battisti, com base na qual foi pedida sua extradição a Itália, foi feita num contexto de excepcionalidade política e jurídica, pois é fato histórico que naquele período - anos 1970 - o estado italiano exercia forte papel persecutório a militantes de esquerda.
Passadas três décadas do contexto bipolar da Guerra Fria em que Cesare Battisti atuou nas chamadas Brigadas Vermelhas, não se justifica mais o afã em impor ao refugiado a prisão com possível risco de morte dentro de cárceres italianos, sob o pretexto de se fazer justiça ou reparação naquele país, até porque Battisti foi a princípio julgado e condenado por crime de subversão e não de terrorismo ou homicídio. A acusação posterior de homicídios surge de delação premiada com base na "Lei dos Arrependidos", pelo depoimento - nunca comprovado - de Pedro Mutti, ex-companheiro da organização na qual Battisti militara.
Esse contexto político levou o presidente Mitterrand a garantir asilo na França a Battisti e a outros perseguidos políticos italianos. O pedido feito pela Itália de extradição de Cesare Battisti foi denegado na época. Já com cidadania francesa, Cesare Battisti teve novo pedido de extradição feito pelo governo de Silvio Berlusconi, sob o argumento de que havia sido condenado à prisão perpétua na Itália e à revelia.
Os crimes contra a humanidade, terrorismo e tortura têm sido julgados pelo Tribunal Penal Internacional. Justifica-se tal prudência capitaneada pelo Direito Internacional Público, face aos conflitos políticos e ideológicos entre as forças internas dos países.
Ao conceder refúgio político a Cesare Battisti no Brasil, o Estado brasileiro age em inequívoca consonância com nossa Carta Magna, que veda a extradição motivada por crimes políticos e estatui que, neste país não haverá penas de morte ou de caráter perpétuo (art. 5º, XLVII, "a" e "b"). Também o faz com o respaldo da Legislação Brasileira, clara ao normatizar a extradição, por meio do Estatuto do Estrangeiro (Lei nº 6.815/80), artigo 77, incisos III e VII, in verbis:
"Não se concederá a extradição quando:
(...)
III – O Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o crime imputado ao extraditando;
(...)
VII – o fato constituir crime político.
Ao apoiar o ato soberano de concessão do citado refúgio político, esta CDHM reitera posicionamento expresso na moção de apoio aprovada em 03/09/2008 pela unanimidade de seu plenário, em defesa do refúgio político agora concedido num ato soberano, equilibrado e de caráter humanitário, sem dúvida o único no caso condizente com os princípios contidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e no Direito Internacional Público.
Deputado POMPEO DE MATTOS
Presidente da CDHM
Pressão do governo Berlusconi
Caso Battisti: Itália convida embaixador do Brasil para reunião, diz Itamaraty
Brasileiro ouviu ponderações da chancelaria italiana.Battisti, condenado à prisão perpétua, obteve refúgio político no Brasil.
Do G1, em São Paulo
O Ministério das Relações Exteriores informou que o embaixador do Brasil na Itália, Adhemar Gabriel Bahadian, foi convidado nesta quarta-feira (14) pela chancelaria italiana para falar sobre a decisão do governo brasileiro de conceder refúgio político a Cesare Battisti, de 52 anos.
Battisti é ex-dirigente dos Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) e foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios cometidos entre 1977 e 1979.Veja a cronologia do caso
Segundo o Itamaraty, Bahadian compareceu à chancelaria italiana e escutou as ponderações do governo sobre o caso. Ele deverá passar as informações ao Ministério da Justiça. O Itamaraty ponderou que o procedimento de um governo estrangeiro de convidar um embaixador a falar sobre determinada medida é algo “corriqueiro e tradicional do relacionamento diplomático”.
'Apelo'
Mais cedo, o ministério italiano de Relações Exteriores havia pedido, por meio de nota, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconsiderasse a decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de dar asilo político ao ativista italiano de extrema-esquerda. "A Itália faz um apelo ao presidente do Brasil, Lula da Silva, para que sejam tomadas todas as iniciaticas que possam promover, no quadro da cooperação judiciária internacional na luta contra o terrorismo, uma revisão da decisão judiciária adotada", diz a nota da chancelaria italiana.
Battisti fugiu da Itália em 1981, refugiando-se na França no início dos anos 90. Lá se tornou um célebre escritor de romances policiais. Em 2004, Battisti fugiu para o Brasil quando a França decidiu aprovar o pedido de extradição feito pela Itália, sendo detido em 2007 no Rio de Janeiro.
Nesta quarta, Tarso Genro disse que a decisão foi "correta" e defendeu a decisão argumentando que o refúgio político "é uma instituição originária da soberania do país".
Clique aqui para saber mais
Advogados de defesa dizem que processo contra Batistti na Itália é políticoJorge WamburgRepórter da Agência BrasilBrasília - Os advogados Luiz Eduardo Greenhalgh, Suzana Figueiredo, Fábio Antinoro e Georghio Tomelin, que defendem o escritor e ex-militante comunista italiano Cesare Battisti no processo de extradição perante o STF, afirmaram que a decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, que concedeu hoje (14) o refúgio político a Battisti, é a única medida que preserva a Constituição brasileira e a tradição do Brasil em casos semelhantes.Segundo os advogados, “somente quem conhece o processo superficialmente é que pode considerar a decisão de conceder refúgio político equivocada”. Eles justificam essa afirmação assegurando que o processo contra Battisti, na Itália, é fruto de motivação política, e ele não é autor de qualquer dos quatro assassinatos de que é acusado.De acordo com a defesa de Battisti, ele foi inicialmente condenado a 12 anos e 10 meses de reclusão e 5 meses de detenção pelos crimes de uso de documento falso, porte de documento falso, posse de espelhos para falsificação de documentos e participação em organização criminosa. Essa condenação transitou em julgado em 20 de dezembro de 1984. Assim, Battisti foi inocentado das quatro mortes cometidas pelo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo).“Por quase uma década, Battisti ficou exilado no México e depois na França de François Mitterrand, que concedia asilo a todos os militantes italianos, nos anos 1970, que abdicaram da luta armada. Por isso, é que foi negado pela França o primeiro pedido de extradição”, afirmam. Mas – dizem os advogados - depois de quase 10 anos do trânsito em julgado, o processo contra Battisti foi reaberto na Itália, com base no depoimento de um único preso arrependido (Pietro Mutti).Os defensores do italiano no Brasil afirmam que os advogados de Battisti no “processo reaberto” foram presos, e o Estado nomeou outros advogados para defendê-lo. Asseguram ainda que a defesa, foi feita com base em procuração falsificada e o processo resulta em condenação à prisão perpétua sem direito a luz solar, somente com base no depoimento do “arrependido” Mutti.“Chegou-se ao cúmulo de condená-lo por dois homicídios ocorridos no mesmo dia, quase na mesma hora, em cidades separadas por centenas de quilômetros (Udine e Milão)”, afirmam Luiz Eduardo Greenhalgh e sua equipe de advogados.Os advogados lembram, na nota, que outros cidadãos italianos, militantes políticos na Itália dos anos 1970 (como Pietro Mancini, Luciano Pessina e Achille Lollo), que estavam no Brasil e cujas extradições foram requeridas pelo governo italiano, tiveram indeferidos os pedidos de repatriamento pelo Supremo Tribunal Federal. E, em carta de próprio punho, o ex-presidente da Itália, Francesco Cosiga, admite que as ações do governo italiano para prendê-lo têm motivação unicamente política”.
Resposta ao blog do Mino CartaCaro Mino Carta, Não sei porquê você tomou a peito apoiar a embaixada italiana, desejosa de obter de toda maneira a extradição do ex-militante de um pequeno e inexpressivo grupo armado italiano de uma época já tão distante. Infelizmente, e isso pode acontecer com todos nós jornalistas, você pisou na bola. Não chega a ser tão grave, porque um pequeno grupo decidido de simples cidadãos, juristas e políticos com o apoio do ministro da Justiça resolveu a parada, mas podia ser muito grave. Foi-me difícil decidir escrever este comentário, porque sua trajetória é praticamente inatacável e sua contribuição ao restabelecimento da democracia no Brasil ficou evidente nas denúncias que corajosamente fazia, como editor de suas revistas, enfrentando os ditadores militares. Evidentemente respeito sua opinião, talvez baseada num bom informante quanto à decisão do ministro da Justiça de dar refúgio a Battisti, mas péssimo quanto à real participação do Battisti naquele momento político italiano. Você vive felizmente numa democracia no Brasil e eu numa outra democracia exemplar na Suíça, e sabemos que o debate franco como este, é que nutre essas duas sociedades na livre expressão. Ora, escrevo porque sua influência como editor da revista Carta Capital poderia ter sido bastante nefasta e significar para um homem, batido pela vida, em nada diferente dos “subversivos” brasileiros que você tanto entendeu, o retorno à Itália na condição de um condenado a apodrecer na prisão. Marina Petrella, também italiana e muito mais envolvida na luta contra o establishement daqueles anos de chumbo, estava morrendo de desgosto e de tristeza num hospital parisiense, já em estado semi-comatoso, sem querer se alimentar, nos dias que precediam sua extradição para a Itália. Depois de trinta anos de vida normal, depois de ter abandonado o extrremismo, ia ser separada de suas filhas, do marido, de seus alunos, para ir envelhecer e morrer numa prisão. Porém, foi graças à compaixão da esposa do presidente francês Sarkozy, e sua irmã, atriz conhecida aqui na Europa, ambas italianas, que se decidiu perdoar, porque a nova vida de Marina Petrella, dispensava uma tão tardia punição. Quando em março, publiquei nos pequenos jornais e sites que escrevo, (proibido que fui e sou de participar da grande imprensa já depois da ditadura), um artigo em favor de Cesare Battisti, contando para os brasileiros a triste sina desse foragido, que quase foi sequestrado, em 2004, pelos italianos, mesmo sendo um simples zelador de prédio e pequeno escritor de romances policiais, alguns amigos, companheiros como se diz, se senbilizaram. Entretanto, quando Carta Capital publicou aquela reportagem tendenciosa e nada imparcial, tudo se comprometeu. Porque sua revista, que se poderia dizer de centro-esquerda, as vezes mesmo bem de esquerda, serve de orientação para muitos jovens e para muitos militantes de esquerda. E ficaram na dúvida. Quem sou eu, simples jornalista expatriado, que como um Joris Ivens terá de sobreviver com seus frilas, enquanto lúcido e não enfartado por não ter mais lugar na grande imprensa, para competir com Carta Capital ? Como ganhar a confiança de meus amigos e companheiros com minhas colunas benévolas diluídas na selva da imprensa brasileira ? Mas como dizem os crentes, milagre acontece. E a imprensa nanica de esquerda, Caros Amigos, Brasil de Fato, bons informantes na França e na própria Itália, o senador Suplicy, os juristas Dallari e Greenhalgh, o deputado Gabeira e a incansável escritora francesa Fred Vargas que, por cinco vezes esteve no Brasil para encontrar políticos e juristas, foram aos poucos mostrando ser necessária uma decisão franca e clara da esquerda brasileira em favor de Cesare Battisti. Um encontro virtual com o combativo Celso Langaretti, ex-preso político, nos permitiu unificar e agilizar a linha de frente da informação alternativa e assim foi possível se acabar com a indecisão de tantos, até ali paralizados pela versão tendenciosa da Carta Capital. Veja bem, alguns amigos de direita, que respeito e que ouço porque o diálogo é próprio da democracia, me confidenciaram divergir da maneira como se defendia Battisti, mas que, do ponto de vista humano, estavam de acordo, porque se tivesse sido culpado já havia pago, e de sobra, seus crimes. Isso se chama sentimento humanitário. Porém, para nós, para Fred Vargas, que minuciosa, por vício de sua formação de arqueóloga, levantou todos os autos e acusações italianas contra Battisti, o processo ou processos foram viciados e nosso próprio ministro da Justiça, Tarso Genro, levanta no seu arrazoado, a questão da dúvida após tantos vícios processuais. Não houve, como você diz, cidadãos de boa fé enganados por uma esquerda festiva, linguagem que se usava na major Quedinho, na sua época do JT . Mas gente decidida a impedir que se cometesse uma arbitrariedade para se satisfazer a um Romano Prodi, como você diz de centro-esquerda como a Carta Capital, em queda livre e fazendo de tudo para ficar no poder. Ou para ser uma simples cereja a mais no doce a ser servido ao dono atual da Itália. Um homem ia ser sacrificado, e ao final o próprio presidente francês, que já perdoara Marina Petrella, se desinteressou do caso, mesmo se na época eleitoral pediu para se prender Battisti no Rio de Janeiro. O nosso ministro da Justiça, Tarso Genro, ao conceder o refúgio humanitário a Cesare Battisi, foi digno, justo, lúcido e humano. E todos os cidadãos brasileiros que de uma ou outra maneira viveram ou sofreram a ditadura militar souberam e sabem apreciar sua coragem de ousar ir contra a corrente, contra o diktat da grande imprensa e de um outro país, que, pelo que leio na imprensa italiana, quer exigir que Lula anule a decisão de nosso Tarso Genro. Lamento esse longo texto, mas seu comentário foi a gota d´água, mesmo se sempre admirei e admiro sua figura e sua posição em numerosas outras questões. Faço-o em termos democráticos, por questões conceituais e não pessoais, Rui Martins. PS, meus textos em favor de Cesare Battisti.http://www.google.com/search?q=cesare+battisti+martins&rls=com.microsoft:pt-br:IE-SearchBox&ie=UTF-8&oe=UTF-8&sourceid=ie7&rlz=1I7SUNA O comentário do editor de Carta Capital, Mino Carta, no seu bloghttp://www.blogdomino.com.br/blog/o-caso-battisti-343O caso BattistiÓtima fonte diz que o ministro da Justiça, Tarso Genro, está para manifestar-se a favor do asilo a Cesare Battisti. A fonte, como disse, é ótima, mas espero que esteja errada. Battisti, como já foi fartamente divulgado por CartaCapital, inclusive por um texto de Wálter Fanganiello Maierovitch, o melhor conhecedor entre nós do funcionamento da Justiça italiana, matou pessoalmente três pessoas e foi mandante de um quarto assassínio. Em nome de razões políticas inconsistentes. Foi condenado à prisão perpétua por um tribunal idôneo há muito tempo. Fugiu, e depois de uma passagem pela França, acabou no Brasil, onde está preso, à espera das decisões da Justiça brasileira. Passo por cima das quizílias jurídicas e vou ao ponto. Existe uma campanha a favor de Battisti engendrada nos meios mais ou menos intelectuais de uma esquerda festiva e corporativista. Militam na operação, determinada e capilar, também cidadãos em boa fé, evidentemente prejudicados pela desinformação. Mas os estrategistas não hesitam em omitir fatos e propalar inverdades. Por exemplo: que o pedido de extradição parte do governo de direita de Silvio Berlusconi, quando é do conhecimento até do mundo mineral que partiu do governo anterior, de centro-esquerda. E é a este tempo, aliás, que remonta a primeira reportagem de CartaCapital. Manobras escusas de tal gênero são tanto mais eficazes neste nosso Brasil, tão alheio às vicissitudes sofridas por vários países europeus, sobretudo na década de 70. De todo modo, quem bate recordes em voos da imaginação é o próprio Battisti: em uma entrevista à revista Época, avisa que, se for extraditado, na Itália será assassinado. Talvez suponha que o Brasil em peso foi assistir “Gomorra”.
14 de janeiro de 2009
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), por meio de seu presidente, manifestou hoje apoio à decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de conceder ao ativista político e escritor italiano Cesare Battisti refúgio político no Brasil.
Brasília, 14 de janeiro de 2009
Nota Oficial
Em apoio a concessão do refúgio político a Cesare Battisti
Como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), manifestamos nosso apoio à decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de conceder ao ativista político e escritor italiano Cesare Battisti refúgio político no Brasil.
Tal posição decorre do nosso entendimento de que a condenação imposta a Battisti, com base na qual foi pedida sua extradição a Itália, foi feita num contexto de excepcionalidade política e jurídica, pois é fato histórico que naquele período - anos 1970 - o estado italiano exercia forte papel persecutório a militantes de esquerda.
Passadas três décadas do contexto bipolar da Guerra Fria em que Cesare Battisti atuou nas chamadas Brigadas Vermelhas, não se justifica mais o afã em impor ao refugiado a prisão com possível risco de morte dentro de cárceres italianos, sob o pretexto de se fazer justiça ou reparação naquele país, até porque Battisti foi a princípio julgado e condenado por crime de subversão e não de terrorismo ou homicídio. A acusação posterior de homicídios surge de delação premiada com base na "Lei dos Arrependidos", pelo depoimento - nunca comprovado - de Pedro Mutti, ex-companheiro da organização na qual Battisti militara.
Esse contexto político levou o presidente Mitterrand a garantir asilo na França a Battisti e a outros perseguidos políticos italianos. O pedido feito pela Itália de extradição de Cesare Battisti foi denegado na época. Já com cidadania francesa, Cesare Battisti teve novo pedido de extradição feito pelo governo de Silvio Berlusconi, sob o argumento de que havia sido condenado à prisão perpétua na Itália e à revelia.
Os crimes contra a humanidade, terrorismo e tortura têm sido julgados pelo Tribunal Penal Internacional. Justifica-se tal prudência capitaneada pelo Direito Internacional Público, face aos conflitos políticos e ideológicos entre as forças internas dos países.
Ao conceder refúgio político a Cesare Battisti no Brasil, o Estado brasileiro age em inequívoca consonância com nossa Carta Magna, que veda a extradição motivada por crimes políticos e estatui que, neste país não haverá penas de morte ou de caráter perpétuo (art. 5º, XLVII, "a" e "b"). Também o faz com o respaldo da Legislação Brasileira, clara ao normatizar a extradição, por meio do Estatuto do Estrangeiro (Lei nº 6.815/80), artigo 77, incisos III e VII, in verbis:
"Não se concederá a extradição quando:
(...)
III – O Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o crime imputado ao extraditando;
(...)
VII – o fato constituir crime político.
Ao apoiar o ato soberano de concessão do citado refúgio político, esta CDHM reitera posicionamento expresso na moção de apoio aprovada em 03/09/2008 pela unanimidade de seu plenário, em defesa do refúgio político agora concedido num ato soberano, equilibrado e de caráter humanitário, sem dúvida o único no caso condizente com os princípios contidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e no Direito Internacional Público.
Deputado POMPEO DE MATTOS
Presidente da CDHM
Pressão do governo Berlusconi
Caso Battisti: Itália convida embaixador do Brasil para reunião, diz Itamaraty
Brasileiro ouviu ponderações da chancelaria italiana.Battisti, condenado à prisão perpétua, obteve refúgio político no Brasil.
Do G1, em São Paulo
O Ministério das Relações Exteriores informou que o embaixador do Brasil na Itália, Adhemar Gabriel Bahadian, foi convidado nesta quarta-feira (14) pela chancelaria italiana para falar sobre a decisão do governo brasileiro de conceder refúgio político a Cesare Battisti, de 52 anos.
Battisti é ex-dirigente dos Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) e foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios cometidos entre 1977 e 1979.Veja a cronologia do caso
Segundo o Itamaraty, Bahadian compareceu à chancelaria italiana e escutou as ponderações do governo sobre o caso. Ele deverá passar as informações ao Ministério da Justiça. O Itamaraty ponderou que o procedimento de um governo estrangeiro de convidar um embaixador a falar sobre determinada medida é algo “corriqueiro e tradicional do relacionamento diplomático”.
'Apelo'
Mais cedo, o ministério italiano de Relações Exteriores havia pedido, por meio de nota, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconsiderasse a decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de dar asilo político ao ativista italiano de extrema-esquerda. "A Itália faz um apelo ao presidente do Brasil, Lula da Silva, para que sejam tomadas todas as iniciaticas que possam promover, no quadro da cooperação judiciária internacional na luta contra o terrorismo, uma revisão da decisão judiciária adotada", diz a nota da chancelaria italiana.
Battisti fugiu da Itália em 1981, refugiando-se na França no início dos anos 90. Lá se tornou um célebre escritor de romances policiais. Em 2004, Battisti fugiu para o Brasil quando a França decidiu aprovar o pedido de extradição feito pela Itália, sendo detido em 2007 no Rio de Janeiro.
Nesta quarta, Tarso Genro disse que a decisão foi "correta" e defendeu a decisão argumentando que o refúgio político "é uma instituição originária da soberania do país".
Clique aqui para saber mais
Advogados de defesa dizem que processo contra Batistti na Itália é políticoJorge WamburgRepórter da Agência BrasilBrasília - Os advogados Luiz Eduardo Greenhalgh, Suzana Figueiredo, Fábio Antinoro e Georghio Tomelin, que defendem o escritor e ex-militante comunista italiano Cesare Battisti no processo de extradição perante o STF, afirmaram que a decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, que concedeu hoje (14) o refúgio político a Battisti, é a única medida que preserva a Constituição brasileira e a tradição do Brasil em casos semelhantes.Segundo os advogados, “somente quem conhece o processo superficialmente é que pode considerar a decisão de conceder refúgio político equivocada”. Eles justificam essa afirmação assegurando que o processo contra Battisti, na Itália, é fruto de motivação política, e ele não é autor de qualquer dos quatro assassinatos de que é acusado.De acordo com a defesa de Battisti, ele foi inicialmente condenado a 12 anos e 10 meses de reclusão e 5 meses de detenção pelos crimes de uso de documento falso, porte de documento falso, posse de espelhos para falsificação de documentos e participação em organização criminosa. Essa condenação transitou em julgado em 20 de dezembro de 1984. Assim, Battisti foi inocentado das quatro mortes cometidas pelo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo).“Por quase uma década, Battisti ficou exilado no México e depois na França de François Mitterrand, que concedia asilo a todos os militantes italianos, nos anos 1970, que abdicaram da luta armada. Por isso, é que foi negado pela França o primeiro pedido de extradição”, afirmam. Mas – dizem os advogados - depois de quase 10 anos do trânsito em julgado, o processo contra Battisti foi reaberto na Itália, com base no depoimento de um único preso arrependido (Pietro Mutti).Os defensores do italiano no Brasil afirmam que os advogados de Battisti no “processo reaberto” foram presos, e o Estado nomeou outros advogados para defendê-lo. Asseguram ainda que a defesa, foi feita com base em procuração falsificada e o processo resulta em condenação à prisão perpétua sem direito a luz solar, somente com base no depoimento do “arrependido” Mutti.“Chegou-se ao cúmulo de condená-lo por dois homicídios ocorridos no mesmo dia, quase na mesma hora, em cidades separadas por centenas de quilômetros (Udine e Milão)”, afirmam Luiz Eduardo Greenhalgh e sua equipe de advogados.Os advogados lembram, na nota, que outros cidadãos italianos, militantes políticos na Itália dos anos 1970 (como Pietro Mancini, Luciano Pessina e Achille Lollo), que estavam no Brasil e cujas extradições foram requeridas pelo governo italiano, tiveram indeferidos os pedidos de repatriamento pelo Supremo Tribunal Federal. E, em carta de próprio punho, o ex-presidente da Itália, Francesco Cosiga, admite que as ações do governo italiano para prendê-lo têm motivação unicamente política”.
Resposta ao blog do Mino CartaCaro Mino Carta, Não sei porquê você tomou a peito apoiar a embaixada italiana, desejosa de obter de toda maneira a extradição do ex-militante de um pequeno e inexpressivo grupo armado italiano de uma época já tão distante. Infelizmente, e isso pode acontecer com todos nós jornalistas, você pisou na bola. Não chega a ser tão grave, porque um pequeno grupo decidido de simples cidadãos, juristas e políticos com o apoio do ministro da Justiça resolveu a parada, mas podia ser muito grave. Foi-me difícil decidir escrever este comentário, porque sua trajetória é praticamente inatacável e sua contribuição ao restabelecimento da democracia no Brasil ficou evidente nas denúncias que corajosamente fazia, como editor de suas revistas, enfrentando os ditadores militares. Evidentemente respeito sua opinião, talvez baseada num bom informante quanto à decisão do ministro da Justiça de dar refúgio a Battisti, mas péssimo quanto à real participação do Battisti naquele momento político italiano. Você vive felizmente numa democracia no Brasil e eu numa outra democracia exemplar na Suíça, e sabemos que o debate franco como este, é que nutre essas duas sociedades na livre expressão. Ora, escrevo porque sua influência como editor da revista Carta Capital poderia ter sido bastante nefasta e significar para um homem, batido pela vida, em nada diferente dos “subversivos” brasileiros que você tanto entendeu, o retorno à Itália na condição de um condenado a apodrecer na prisão. Marina Petrella, também italiana e muito mais envolvida na luta contra o establishement daqueles anos de chumbo, estava morrendo de desgosto e de tristeza num hospital parisiense, já em estado semi-comatoso, sem querer se alimentar, nos dias que precediam sua extradição para a Itália. Depois de trinta anos de vida normal, depois de ter abandonado o extrremismo, ia ser separada de suas filhas, do marido, de seus alunos, para ir envelhecer e morrer numa prisão. Porém, foi graças à compaixão da esposa do presidente francês Sarkozy, e sua irmã, atriz conhecida aqui na Europa, ambas italianas, que se decidiu perdoar, porque a nova vida de Marina Petrella, dispensava uma tão tardia punição. Quando em março, publiquei nos pequenos jornais e sites que escrevo, (proibido que fui e sou de participar da grande imprensa já depois da ditadura), um artigo em favor de Cesare Battisti, contando para os brasileiros a triste sina desse foragido, que quase foi sequestrado, em 2004, pelos italianos, mesmo sendo um simples zelador de prédio e pequeno escritor de romances policiais, alguns amigos, companheiros como se diz, se senbilizaram. Entretanto, quando Carta Capital publicou aquela reportagem tendenciosa e nada imparcial, tudo se comprometeu. Porque sua revista, que se poderia dizer de centro-esquerda, as vezes mesmo bem de esquerda, serve de orientação para muitos jovens e para muitos militantes de esquerda. E ficaram na dúvida. Quem sou eu, simples jornalista expatriado, que como um Joris Ivens terá de sobreviver com seus frilas, enquanto lúcido e não enfartado por não ter mais lugar na grande imprensa, para competir com Carta Capital ? Como ganhar a confiança de meus amigos e companheiros com minhas colunas benévolas diluídas na selva da imprensa brasileira ? Mas como dizem os crentes, milagre acontece. E a imprensa nanica de esquerda, Caros Amigos, Brasil de Fato, bons informantes na França e na própria Itália, o senador Suplicy, os juristas Dallari e Greenhalgh, o deputado Gabeira e a incansável escritora francesa Fred Vargas que, por cinco vezes esteve no Brasil para encontrar políticos e juristas, foram aos poucos mostrando ser necessária uma decisão franca e clara da esquerda brasileira em favor de Cesare Battisti. Um encontro virtual com o combativo Celso Langaretti, ex-preso político, nos permitiu unificar e agilizar a linha de frente da informação alternativa e assim foi possível se acabar com a indecisão de tantos, até ali paralizados pela versão tendenciosa da Carta Capital. Veja bem, alguns amigos de direita, que respeito e que ouço porque o diálogo é próprio da democracia, me confidenciaram divergir da maneira como se defendia Battisti, mas que, do ponto de vista humano, estavam de acordo, porque se tivesse sido culpado já havia pago, e de sobra, seus crimes. Isso se chama sentimento humanitário. Porém, para nós, para Fred Vargas, que minuciosa, por vício de sua formação de arqueóloga, levantou todos os autos e acusações italianas contra Battisti, o processo ou processos foram viciados e nosso próprio ministro da Justiça, Tarso Genro, levanta no seu arrazoado, a questão da dúvida após tantos vícios processuais. Não houve, como você diz, cidadãos de boa fé enganados por uma esquerda festiva, linguagem que se usava na major Quedinho, na sua época do JT . Mas gente decidida a impedir que se cometesse uma arbitrariedade para se satisfazer a um Romano Prodi, como você diz de centro-esquerda como a Carta Capital, em queda livre e fazendo de tudo para ficar no poder. Ou para ser uma simples cereja a mais no doce a ser servido ao dono atual da Itália. Um homem ia ser sacrificado, e ao final o próprio presidente francês, que já perdoara Marina Petrella, se desinteressou do caso, mesmo se na época eleitoral pediu para se prender Battisti no Rio de Janeiro. O nosso ministro da Justiça, Tarso Genro, ao conceder o refúgio humanitário a Cesare Battisi, foi digno, justo, lúcido e humano. E todos os cidadãos brasileiros que de uma ou outra maneira viveram ou sofreram a ditadura militar souberam e sabem apreciar sua coragem de ousar ir contra a corrente, contra o diktat da grande imprensa e de um outro país, que, pelo que leio na imprensa italiana, quer exigir que Lula anule a decisão de nosso Tarso Genro. Lamento esse longo texto, mas seu comentário foi a gota d´água, mesmo se sempre admirei e admiro sua figura e sua posição em numerosas outras questões. Faço-o em termos democráticos, por questões conceituais e não pessoais, Rui Martins. PS, meus textos em favor de Cesare Battisti.http://www.google.com/search?q=cesare+battisti+martins&rls=com.microsoft:pt-br:IE-SearchBox&ie=UTF-8&oe=UTF-8&sourceid=ie7&rlz=1I7SUNA O comentário do editor de Carta Capital, Mino Carta, no seu bloghttp://www.blogdomino.com.br/blog/o-caso-battisti-343O caso BattistiÓtima fonte diz que o ministro da Justiça, Tarso Genro, está para manifestar-se a favor do asilo a Cesare Battisti. A fonte, como disse, é ótima, mas espero que esteja errada. Battisti, como já foi fartamente divulgado por CartaCapital, inclusive por um texto de Wálter Fanganiello Maierovitch, o melhor conhecedor entre nós do funcionamento da Justiça italiana, matou pessoalmente três pessoas e foi mandante de um quarto assassínio. Em nome de razões políticas inconsistentes. Foi condenado à prisão perpétua por um tribunal idôneo há muito tempo. Fugiu, e depois de uma passagem pela França, acabou no Brasil, onde está preso, à espera das decisões da Justiça brasileira. Passo por cima das quizílias jurídicas e vou ao ponto. Existe uma campanha a favor de Battisti engendrada nos meios mais ou menos intelectuais de uma esquerda festiva e corporativista. Militam na operação, determinada e capilar, também cidadãos em boa fé, evidentemente prejudicados pela desinformação. Mas os estrategistas não hesitam em omitir fatos e propalar inverdades. Por exemplo: que o pedido de extradição parte do governo de direita de Silvio Berlusconi, quando é do conhecimento até do mundo mineral que partiu do governo anterior, de centro-esquerda. E é a este tempo, aliás, que remonta a primeira reportagem de CartaCapital. Manobras escusas de tal gênero são tanto mais eficazes neste nosso Brasil, tão alheio às vicissitudes sofridas por vários países europeus, sobretudo na década de 70. De todo modo, quem bate recordes em voos da imaginação é o próprio Battisti: em uma entrevista à revista Época, avisa que, se for extraditado, na Itália será assassinado. Talvez suponha que o Brasil em peso foi assistir “Gomorra”.
ASILO PARA ASSASSINOS DISFARÇADOS DE ATIVISTAS?
Nesta quarta-feira, senadores italianos protestaram em frente a embaixada brasileira em Roma. O senador Stefano Pedica mostrou uma folha de papel que dizia: "Bin Laden, peça asilo no Brasil".
Comentário: Pelo menos o Mundo agora fica sabendo quem é o Lula da Silva, e pára com essa mania de querer tratá-lo como uma “ave exótica” do terceiro mundo. Ele é bem mais perigoso que isto. Por Gaúcho/Gabriela
CUSPIDA NA CARAA decisão do Brasil sobre caso Battisti é "uma cuspida na cara" dos italianos, diz procurador. A decisão do governo brasileiro de não conceder a extradição de Cesare Battisti e de considerá-lo refugiado político são como "uma cuspida na cara", afirmou o procurador da Corte de Cassação italiana, Severino Santiapiachi.CRÍTICA AO SILENCIO DA COMUNIDADE ÍTALO-BRASILEIRADo subsecretário de Relações Exteriores da Itália, Alfredo Mantica:"A Itália inteira está indignada com a decisão brasileira de não extraditar o assassino Cesare Battisti', declarou Mantica em nota."É doloroso constatar, no entanto, que nenhum representante da comunidade italiana no Brasil tenha se tornado protagonista de uma posição de defesa da nossa democracia. Somente participando neste sentido podemos dizer para nós mesmos que somos uma verdadeira comunidade nacional e não um simples conjunto burocrático de certificações e documentos. Justamente por isso, o silêncio ensurdecedor da comunidade ítalo-brasileira é ainda mais desagradável", afirmou o subsecretário responsável pelos italianos no brasil
...
Itália entra com ação no STF pedindo para ser ouvida no caso Battisti
País quer se manifestar em processo que STF analisa pedido de liberdade.Governo brasileiro concedeu refúgio político ao ex-ativista italiano.
Diego Abreu Do G1, em Brasília
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Lula envia carta de resposta ao presidente da Itália
Brasil é complacente com assassino, diz 'Economist'
Políticos italianos protestam em frente à embaixada do Brasil por caso Battisti
Itália avalia chamar embaixador no Brasil para consulta sobre caso Battisti
Tarso diz que caso Battisti agora está nas mãos do STF
Embaixador pede a Mendes que STF ouça Itália antes de decidir sobre Battisti
O governo da Itália entrou nesta sexta-feira (23) com uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando o direito de se manifestar no processo em que a Corte decidirá se liberta o ex-ativista italiano Cesare Battisti. Na última terça (20), o advogado do país no Brasil, Nabor Bulhões, já havia antecipado que entraria com o pedido no Supremo. No mesmo dia, o embaixador da Itália no Brasil, Michele Valensise, se reuniu com o presidente do STF, Gilmar Mendes, e pediu que o Supremo ouça primeiro a Itália antes de decidir se vai libertar Battisti e, ainda, se vai arquivar o pedido de extradição.
No encontro, o embaixador manifestou a Mendes a “perplexidade” do governo da Itália sobre a decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, que, no último dia 13 concedeu refúgio político a Battisti. O ex-ativista está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, desde março de 2007. O Supremo ainda aguarda um parecer da Procuradoria-Geral da República sobre o assunto. Com o documento, a Corte vai analisar o pedido de revogação da prisão preventiva da Battisti e decidir se suspende ou não o processo que pede a extradição. É possível que o caso seja resolvido somente a partir do dia 2 de fevereiro, quando começa o ano judiciário. A concessão do refúgio a Battisti gerou um incidente diplomático entre Brasil e Itália, que recebeu a notícia com indignação, uma vez que Battisti era tido como um dos chefes da organização de extrema esquerda ''Proletários Armados pelo Comunismo."
Ele foi condenado à prisão perpétua em seu país, em 1993, por envolvimento em quatro assassinatos cometidos entre 1978 e 1979. Ele sempre negou os crimes.
Carta
Na quinta-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma carta de resposta ao presidente da Itália, Giorgio Napolitano, defendendo o refúgio político concedido pelo governo brasileiro ao ex-ativista Cesare Battisti. Também em carta, no último sábado (17), o presidente italiano havia contestado a decisão do governo brasileiro e pediu a Lula a revisão da decisão. Contudo, a divulgação antecipada do conteúdo da carta do italiano para a imprensa teria irritado o presidente brasileiro, que considerou a atitude "deselegante".
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Comentário: Pelo menos o Mundo agora fica sabendo quem é o Lula da Silva, e pára com essa mania de querer tratá-lo como uma “ave exótica” do terceiro mundo. Ele é bem mais perigoso que isto. Por Gaúcho/Gabriela
CUSPIDA NA CARAA decisão do Brasil sobre caso Battisti é "uma cuspida na cara" dos italianos, diz procurador. A decisão do governo brasileiro de não conceder a extradição de Cesare Battisti e de considerá-lo refugiado político são como "uma cuspida na cara", afirmou o procurador da Corte de Cassação italiana, Severino Santiapiachi.CRÍTICA AO SILENCIO DA COMUNIDADE ÍTALO-BRASILEIRADo subsecretário de Relações Exteriores da Itália, Alfredo Mantica:"A Itália inteira está indignada com a decisão brasileira de não extraditar o assassino Cesare Battisti', declarou Mantica em nota."É doloroso constatar, no entanto, que nenhum representante da comunidade italiana no Brasil tenha se tornado protagonista de uma posição de defesa da nossa democracia. Somente participando neste sentido podemos dizer para nós mesmos que somos uma verdadeira comunidade nacional e não um simples conjunto burocrático de certificações e documentos. Justamente por isso, o silêncio ensurdecedor da comunidade ítalo-brasileira é ainda mais desagradável", afirmou o subsecretário responsável pelos italianos no brasil
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Itália entra com ação no STF pedindo para ser ouvida no caso Battisti
País quer se manifestar em processo que STF analisa pedido de liberdade.Governo brasileiro concedeu refúgio político ao ex-ativista italiano.
Diego Abreu Do G1, em Brasília
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Lula envia carta de resposta ao presidente da Itália
Brasil é complacente com assassino, diz 'Economist'
Políticos italianos protestam em frente à embaixada do Brasil por caso Battisti
Itália avalia chamar embaixador no Brasil para consulta sobre caso Battisti
Tarso diz que caso Battisti agora está nas mãos do STF
Embaixador pede a Mendes que STF ouça Itália antes de decidir sobre Battisti
O governo da Itália entrou nesta sexta-feira (23) com uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando o direito de se manifestar no processo em que a Corte decidirá se liberta o ex-ativista italiano Cesare Battisti. Na última terça (20), o advogado do país no Brasil, Nabor Bulhões, já havia antecipado que entraria com o pedido no Supremo. No mesmo dia, o embaixador da Itália no Brasil, Michele Valensise, se reuniu com o presidente do STF, Gilmar Mendes, e pediu que o Supremo ouça primeiro a Itália antes de decidir se vai libertar Battisti e, ainda, se vai arquivar o pedido de extradição.
No encontro, o embaixador manifestou a Mendes a “perplexidade” do governo da Itália sobre a decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, que, no último dia 13 concedeu refúgio político a Battisti. O ex-ativista está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, desde março de 2007. O Supremo ainda aguarda um parecer da Procuradoria-Geral da República sobre o assunto. Com o documento, a Corte vai analisar o pedido de revogação da prisão preventiva da Battisti e decidir se suspende ou não o processo que pede a extradição. É possível que o caso seja resolvido somente a partir do dia 2 de fevereiro, quando começa o ano judiciário. A concessão do refúgio a Battisti gerou um incidente diplomático entre Brasil e Itália, que recebeu a notícia com indignação, uma vez que Battisti era tido como um dos chefes da organização de extrema esquerda ''Proletários Armados pelo Comunismo."
Ele foi condenado à prisão perpétua em seu país, em 1993, por envolvimento em quatro assassinatos cometidos entre 1978 e 1979. Ele sempre negou os crimes.
Carta
Na quinta-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma carta de resposta ao presidente da Itália, Giorgio Napolitano, defendendo o refúgio político concedido pelo governo brasileiro ao ex-ativista Cesare Battisti. Também em carta, no último sábado (17), o presidente italiano havia contestado a decisão do governo brasileiro e pediu a Lula a revisão da decisão. Contudo, a divulgação antecipada do conteúdo da carta do italiano para a imprensa teria irritado o presidente brasileiro, que considerou a atitude "deselegante".
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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
A gente se acostuma
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor.E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo ascortinas.E porque não abre as cortinas logo se acostuma a acender cedo a luz.E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece aamplidão.A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está nahora.A tomar o café correndo porque está atrasado.A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.A comer sanduíche porque não dá para almoçar.A sair do trabalho porque já é noite.A cochilar no ônibus porque está cansado.A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hojenão posso ir.A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de quenecessita.E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.E a pagar mais do que as coisas valem.E a saber que cada vez pagará mais.E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter comque pagar nas filas em que se cobra.A gente se acostuma à poluição.Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.À luz artificial de ligeiro tremor.Ao choque que os olhos levam na luz natural.Às bactérias de água potável.A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma doraqui,um ressentimento ali, uma revolta acolá.Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no restodo corpo.Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce umpouco o pescoço.Se o trabalho está duro a gente se consola pensando no fim de semana.E se com a pessoa que a gente ama, à noite ou no fim de semana nãohá muito o que fazer,a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeitoporque tem sempre sono atrasado.A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar apele.Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito.A gente se acostuma para poupar a vida.Que aos poucos se gasta e se gasta de tanto se acostumar, e se perde de si mesma".
Por Clarice Lispector
Por Clarice Lispector
ACORDA ITAMARATY! O PT VAI ACABAR COM TUA REPUTAÇÃO
Triste. Muito triste o que se vê na diplomacia brasileira, em termos de intromissão, coação, ingerência indevida...
Como diz um velho e sábio dito de caserna: "TROPA SEM COMANDO É BANDO!"
Há algum tempo falei sobre Lula de mãos dadas com Ahmed Ahmadinejad, aquele sanguinário presidente iraniano, que prega a extinção do povo judeu até seu último representante na face da Terra e a destruição do Estado de Israel.
Faz quase três anos (sou brasileira, mas tenho memória!) a ex-senadora Heloísa Helena, bateru boca (desculpem a redundância...) através de sua assessoria, com estudantes do Centro Acadêmico da Universidade de Brasília, pq não quis responder às questões sobre seu envolvimento e do seu (novo) partido Político, o PSol, que é estrangeiro e comunista, embora apresente outro rótulo, com o assassino Achille Lollo.
Os estudantes hostilizados pela então senadora queriam saber se era possível à ela, separar a vida pessoal da militância política, mas foram rechaçados. Mas trouxeram à tona quem é o sujeito. Tanto no blog da moçada universitária, como em vários outros endereços de comunicação virtual que se encontram listados ao final dos comentários, é possível saber mais sobre um dos importantes dirigentes e fundadores do partido da ex-senadora. Achille Lollo é italiano. Em 1973, seu país vivia os Anos de Chumbo e ele militava no Partido Operário. Num episódio que chocou a Itália, Lollo e dois companheiros de partido jogaram 5 litros de gasolina por baixo das entradas do pequeno apartamento onde Mario Mattei, sua mulher e seus seis filhos moravam na rua Bibbiena, no bairro operário de Primavalle em Roma. E atearam fogo. Mattei trabalhava como gari e era secretario da seção do MSI (Movimento Social Italiano, de direita) no bairro. O casal conseguiu escapar, junto com quatro filhos. Mas Virgilio, de oito anos, não conseguiu sair de seu quarto. Seu irmão Stefano, 14 anos mais velho, tentou salvá-lo. Ambos morreram queimados.
O atentado ficou conhecido como Rogo di Primavalle (incêndio de Primavalle). Vejam só quanta "semelhança" com o caso atual, do também criminoso comum BATTISTI:
O atentado ficou conhecido como Rogo di Primavalle (incêndio de Primavalle). Vejam só quanta "semelhança" com o caso atual, do também criminoso comum BATTISTI:
Em 1987, Achille Lollo e dois companheiros de partido foram julgados e condenados a 18 anos de prisão. Porém, Lollo fugiu da Itália para, anos depois, reaparecer no Brasil. Em 1993, o governo brasileiro se negou a extraditá-lo e ele vive até hoje no país. Em 2004, Achille participou, junto de Heloísa Helena, da fundação do PSOL, partido do qual é um dos principais ideólogos. Não há notícia de que algum dirigente da legenda se incomode com sua militância.
Na época, os estudantes testaram um pouco da coerência da ex-senadora e ela tirou nota ZERO!
A senadora critica o presidente Lula por ser aliado de José Dirceu. Nada mais justo do que perguntar a ela sobre sua cooperação com Achille Lollo. Mas seus assessores não pensam da mesma forma: depois de muitas tentativas, consegui ser respondido. Não da forma que esperávamos: “Este jornal é realmente da UNB? E você é o editor?O publico alvo desde jornal são estudantes, funcionários e professores?Agora o seu público conhece o Achilles, e que ele tem haver com a Senadora?O seu Público sabe quem é Olavo de Carvalho?Assim fica difícil agente fazer alguma coisa”. (os erros de escrita originários da Assessoria da senadora foram mantidos). Olavo de Carvalho é articulista de alguns jornais de grande circulação. Ele critica pesadamente a senadora e seu partido, inclusive por causa da aliança com Achille Lollo. Mas eu não citei Olavo de Carvalho na entrevista e ninguém precisa concordar com ele para exigir respostas da senadora: uma breve pesquisa na Internet basta para se encontrar informações sobre o caso Mario Mattei. Então, respondi à Assessoria: “Certamente a maioria do meu público não conhece o senhor Achille e isto é até um fator que reforça a importância desta pergunta; a senadora é presidente do partido e candidata à Presidência da República; Achille Lollo é não só colega de partido, como foi co-fundador e parceiro militante da senadora. Sem dúvida a relação existe.”(…)“Não sei se, por sermos estudantes e por escrevermos para um jornal vinculado ao Centro Acadêmico (embora nem eu nem a maioria dos repórteres sejamos membros do CA), os senhores esperavam que fôssemos apenas elogiar a senadora e deixá-la discursar, algo que de fato ela faz bem. Mas definitivamente, não é o tipo de proposta que nós buscamos.”(…)“Não vou retirar esta pergunta e continuo esperando que a senadora cumpra o combinado e mande as respostas. Mas se a incomoda a pergunta 5, não precisa responder. Tenho certeza de que ela sabe que este tipo de incômodo é apenas um indício de que vivemos numa democracia, e que mal seria se isso nunca acontecesse”. Esta mensagem não foi respondida. A equipe do Blog decidiu, então, esperar mais uma semana pelas respostas da entrevista. Eu enviei uma mensagem ao e-mail da senadora para informá-la do prazo. Escrevi: “(…) aviso que (…) vamos colocar no ar a matéria, com ou sem as respostas. Não é uma ameaça, é só um aviso.” Desta vez, a própria senadora respondeu. E pôs em dúvida sua capacidade de interpretação: ela entendeu pelo contrárioo que eu disse. E, claro, não perdeu a oportunidade de usar seu discurso de perseguida: “(…) Ameaça?? Acha V.Sa. que eu tenho medo de alguma coisa??? Passei a vida como sobrevivente tendo que engolir meus próprios medos, entendeu???” Ainda respondi, explicando o mal-entendido. Mas completou-se o prazo que estipulamos e a senadora (e sua Assessoria) nada mais disseram. As respostas da entrevista não chegaram. Conforme o nosso compromisso, estamos publicando este esclarecimento. Por que será que a senadora, propagadora tão insistente da ética e da transparência, não se sentiu à vontade para responder à pergunta sobre Achille Lollo? Fosse esta uma acusação falsa e sem sentido, com certeza ela não se preocuparia em responder. Mas preferiu se esquivar. Achille matou duas pessoas e foi condenado a 18 anos de prisão. Isso são fatos, não são produtos da opinião do Blog. Que tipo de pessoa não se incomodaria ao ser acusado de aliar-se a um assassino de crianças? A senadora Heloísa Helena, ao omitir-se, dá-nos o direito de fazer todo o tipo de suposição (inclusive as mais graves. Principalmente, aliás). Em 2003, o crime de Achille Lollo completou 30 anos e, pelas leis italianas, prescreveu (sua pena deixou de ter efeito). Entretanto, familiares das vitimas e grupos políticos italianos recolheram assinaturas e pressionaram a Justiça, que no ano passado declarou inválida a prescrição do crime. Ou seja: Lollo ainda tem uma pena de 18 anos para cumprir na Itália. Contudo, continua livre no Brasil (a leniência da Justiça brasileira não é novidade. Vide o caso Ronald Biggs).
Nota: Na matéria "Heloísa Helena: \'Meu amigo terrorista\'", as aspas sobre a expressão "meu amigo terrorista" não significam palavras da senadora. É um recurso utilizado pelo repórter para expressar ironia.
Links relacionados:
Cronologia do caso Mattei Fratelli (página em italiano):
http://redazione.romaone.it/4Daction/Web_RubricaNuova?ID=63379&doc=si
Páginas cobrando Justiça para os assassinos dos irmãos Mattei (em italiano) :
http://www.azionegiovani.org/modules.php?name=News&file=article&sid=35
http://www.lisistrata.com/2005politicainterna/002vergognalatitanti.htm
Relato do ataque à casa dos Mattei (em português):
http://www.italiamiga.com.br/noticias/artigos/quello_spaventoso_rogo_di_30_ann.htm
Um dos artigos de Achille Lollo no site oficial do PSOL:
http://www.psol.org.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=37&Itemid=27
Artigo de Achille Lollo no site do PSOL de São Paulo:
http://www.psolsp.org/?id=548&PHPSESSID=4b7a28a8cbbc069dcfe0c723d4fa4a43
Publicado pelo Blog informativo do Centro Acadêmico de Comunicação da Universidade de Brasília.
Nota: Na matéria "Heloísa Helena: \'Meu amigo terrorista\'", as aspas sobre a expressão "meu amigo terrorista" não significam palavras da senadora. É um recurso utilizado pelo repórter para expressar ironia.
Links relacionados:
Cronologia do caso Mattei Fratelli (página em italiano):
http://redazione.romaone.it/4Daction/Web_RubricaNuova?ID=63379&doc=si
Páginas cobrando Justiça para os assassinos dos irmãos Mattei (em italiano) :
http://www.azionegiovani.org/modules.php?name=News&file=article&sid=35
http://www.lisistrata.com/2005politicainterna/002vergognalatitanti.htm
Relato do ataque à casa dos Mattei (em português):
http://www.italiamiga.com.br/noticias/artigos/quello_spaventoso_rogo_di_30_ann.htm
Um dos artigos de Achille Lollo no site oficial do PSOL:
http://www.psol.org.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=37&Itemid=27
Artigo de Achille Lollo no site do PSOL de São Paulo:
http://www.psolsp.org/?id=548&PHPSESSID=4b7a28a8cbbc069dcfe0c723d4fa4a43
Publicado pelo Blog informativo do Centro Acadêmico de Comunicação da Universidade de Brasília.
O tempo passa, o tempo voa, e a memória brasileira continua à toa... Menos de três anos depois... de novo a mesma tática de proteger bandido, terrorista e por aí vai...
O GLOBO
15 DE JANEIRO DE 2.009
ASILO POLÊMICO
Itália se diz afrontada pelo Brasil
Refúgio político dado por Tarso Genro a Battisti causa reações indignadas de italianos
Vera Gonçalves de Araújo
A decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de conceder status de refugiado político ao italiano Cesare Battisti, ex-integrante de um grupo de esquerda e condenado por quatro homicídios ocorridos nos anos 70, provocou ontem uma crise entre Itália e Brasil. O Ministério do Exterior italiano convocou o embaixador brasileiro no país, Adhemar Gabriel Bahadian, para pedir formalmente explicações sobre o refúgio e expressar "sua contrariedade e surpresa" com a decisão.
Diversos integrantes do governo italiano reagiram com indignação. A subsecretária de Justiça, Elisabetta Alberti Casellati, disse à rádio estatal RAI que "a decisão do governo brasileiro é uma afronta à Itália":
- É uma falta de respeito com a nossa democracia, que foi acusada, acreditando-se na tese de perseguição política, de tirania. É um insulto ao nosso sistema de Justiça, deslegitimado pela autoridade brasileira, e é uma vergonha para as vítimas do terrorismo e seus familiares.
O Departamento de Exteriores do governo italiano informou que o secretário-geral do ministério, Giampiero Massolo, manifestou ao embaixador "a indignação de todas as forças políticas parlamentares, dos parentes das vítimas e de toda a opinião pública" pela decisão. O Ministério do Exterior protestou, em nota: "Expressamos grande surpresa e forte amargura pela decisão tomada pelo ministro da Justiça brasileiro que, contrariando o que foi indicado pelo Comitê Nacional para os Refugiados, acatou o recurso de Cesare Battisti, um terrorista responsável por gravíssimos crimes que nada têm a ver com o status de refugiado político".
Massolo demonstrou sua "perplexidade" pelas explicações de Tarso Genro ao justificar a concessão do benefício. Ele pediu ao embaixador que reitere às autoridades brasileiras o "firme clamor" do governo italiano para que a decisão seja revista.
"É um erro que ofende os italianos"
O ministro da Justiça, Angelino Alfana, disse que ligará nas próximas horas para o colega brasileiro. Mais categórico foi o ministro do Interior, Roberto Maroni:
- É um erro muito grave do governo brasileiro, que ofende as vítimas do terrorismo, o sistema judiciário e o povo italiano - disse Maroni, destacando que a justificativa de que Battisti poderia sofrer torturas ou maus-tratos na Itália "é de rir" e constitui uma ofensa.
A Itália havia pedido a extradição de Battisti, condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos.
- A decisão de não conceder a extradição é um feito desconcertante, ofensivo e de extrema gravidade - disse o ministro da Defesa, Ignazio La Russa, acrescentando que se surpreende que um "terrorista e assassino" ganhe status de refugiado político.
Representantes de famílias de vítimas de terrorismo também protestaram. Em carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Associação dos Parentes das Vítimas de Cesare Battisti, Adriano Sabbadin, filho do açougueiro Lino Sabbadin - que teria sido morto por Battisti -, disse ter ficado profundamente ferido pela decisão. "Não temos palavras para exprimir a raiva e a indignação por um fato que nos parece um deboche cruel". Battisti foi considerado culpado da morte de dois policiais, de um joalheiro e de Sabbadin. O ex-militante está preso na penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, desde 2007.
O prefeito de Roma, Gianni Alemanno, em carta, pediu que Lula reveja a decisão: "Confio em seu interesse para que esta pessoa seja rapidamente confiada à Justiça italiana".
As edições online dos jornais italianos destacaram a notícia e abriram espaço para comentários. Internautas pedem que, em protesto, a embaixada do Brasil seja inundada de e-mails.
Ex-terrorista e escritor de sucesso
Cesare Battisti, de 54 anos, militou no grupo de extrema-esquerda italiano Proletários Armados pelo Comunismo, que, nos anos 70, praticou as chamadas "expropriações proletárias", jargão político para assaltos que financiavam a organização. Em 1993, foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos. Em dois, foi condenado como autor do homicídio. Nos outros, como organizador. Battisti nega os crimes.
Foi descrito na época como um assassino frio, capaz de matar com um tiro um comerciante ferido durante um dos assaltos. Nesse caso, porém, a Justiça lhe atribuiu a coautoria moral, já que ele não estava na cidade onde ocorreu o crime.
Quando foi condenado na Itália, Battisti já estava na França, onde viveu de 1990 a 2004. Durante muitos anos, esteve sob a proteção do presidente socialista François Mitterrand. Lá, tornou-se um escritor famoso e publicou romances nos quais analisava sua experiência na luta armada.
Battisti fugiu da França em 2004, quando a maré política virou e a Justiça francesa pôs fim à jurisprudência que o protegia até então da extradição desejada pelo governo italiano. Intelectuais franceses se mobilizaram na época a favor de Battisti, o que gerou polêmica com colegas italianos, para quem o ex-ativista era um assassino. Battisti fugiu para o Brasil em 21 de agosto de 2004. Foi detido no Rio de Janeiro, com ajuda da polícia francesa, em 18 de março de 2007.
Pois é, Brasil é isso... primeiro é o Achille Lollo e sua amiguinha Heloísa Helena e agora, o também um ministro de Estado, Tarso Genro, a dar guarida a criminosos... a esperança (de dominar tudo) venceu o medo (de mostrar a cara)... Realmente, parece que não tem conserto.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
iSRAEL SERÁ ATACADA PELAS ALIANÇAS ENTRE OS INIMIGOS?
Neste dia 4 de Janeiro de 2008 completam-se exatamente 3 anos em que o arquiteto do plano de desconexão da Faixa de Gaza, o ex-Primeiro Ministro Ariel Sharon entrou em coma. A irônia histórica é muito mais que o acaso, creio ser uma mensagem divina. Muitos dos políticos e especialistas próximos a Ariel Sharon chegaram a declarar que ISRAEL jamais voltaria a Faixa de Gaza, mas a verdade é dura, já voltou, não por que deseja tomar a terra, mas por que o terrorismo não cessou neste três anos conforme cria Ariel Sharon.
Segundo fontes das Forças de Defesa de ISRAEL e fontes palestinas, Israel já dividiu durante a madrugada a Faixa de Gaza em três partes. Operação semelhante a esta ocorreu apenas antes da retirada israelense da região de GAZA, três anos atrás.
Nas últimas horas, segundo as Forças de Defesa de ISRAEL - FDI, iniciou-se bombardeio artilhero em GAZA. Os disparos são realizados por tanques e por baterias de artilharia que causam grandes danos na região atingida. O disparo é feito em regiões não habitadas na Faixa de Gaza, junto com a franteira com ISRAEL.
Desde o começo das operações de ISRAEL na faixa de Gaza, além de muitas execuções de terroristas durante a tentativa deles de disparar contra ISRAEL ou após lançarem mísseis, ISRAEL já destruiu cerca de 80 residências de terroristas ou líderes do Hamas, inclusive a casa do líder do Hamas na Faixa de Gaza, Ismael Hanieh.
APOCALIPSE?
Quando a Rússia decidir ocupar o Oriente Médio, suas forças armadas estarão equipadas com o que há de mais moderno em termos de tecnologia bélica, capazes de destruir os EUA primeiro. O cumprimento de Ezequiel 38 e 39, a invasão de Israel por exércitos liderados pela Rússia pode estar se aproximando rapidamente! O livro do Apocalipse prediz que no final da Grande Tribulação, o imenso exército dos reis do oriente marchará em direção ao Oriente Médio e destruirá tudo o que encontrar pelo caminho; as evidências indicam que a população indiana será a maior vítima da carnificina. O Senhor Jesus Cristo descreveu os sinais que anunciarão que o aparecimento do Anticristo está próximo, iniciando assim o Final dos Tempos. A maioria dos cristãos está mal-orientada neste ponto, e precisa compreender a verdade, para estar bem preparada para as dores de parto que afligirão a humanidade em breve. A planejada Terceira Guerra Mundial, entre o Estado judaico e seus vizinhos árabes, conforme uma visão demoníaca do líder maçom Albert Pike em 1870, está muito próxima de ser deflagrada. Um recente relatório do Serviço de Inteligência Americano revela qual será o provável cenário. O plano prevê que o Anticristo aparecerá imediatamente após essa guerra. O provável cenário nuclear nessa guerra planejada. Não existe honra entre ladrões; quando os exércitos árabes terminarem de aniquilar Israel, o plano deles é aniquilar também a população palestina! Prepare-se para outra crise do petróleo e uma onda de ataques terroristas contra as grandes cidades.
Para que a profecia bíblica da invasão de Israel, descrita em Ezequial 38 e 39 seja cumprida, o governo pró-Ocidente da Turquia deverá ser substituido por um governo de militância islâmica. Seria essa a última peça que falta no quebra-cabeças do Oriente Médio, que possibilitará o cumprimento das profecias sobre o final dos tempos? A Rússia está pronta para tirar proveito da destruição do Domo da Rocha! O livro do profeta Obadias fala sobre a aniquilação pelo fogo de toda uma nação, a Casa de Esaú, que são os palestinos atuais. Israel possui armamentos desenvolvidos com tecnologia de ponta e pode cumprir essa profecia.
O primeiro ataque à bomba contra a Força Interina das Nações Unidas no Líbano ocorre ao mesmo tempo em que a luta se espalha no país. A sabedoria militar convencional diz que o Líbano precisa ser neutralizado e as tropas da UNIFIL removidas para que as forças islâmicas possam montar um ataque em escala total contra Israel. Esse processo parece estar em curso agora!
Antes de concordar em retirar suas tropas do Líbano na guerra de 33 dias entre julho e agosto de 2006, Israel insistiu que as Nações Unidas enviassem uma potente força de paz capaz de impedir os ataques islâmicos contra o Estado judaico. Após as discussões, a ONU concordou em enviar uma força de 13.000 soldados liderados pela França. Essa força de paz parece ser a mais robusta que a ONU já enviou a um país. Acredita-se que ela tenha a capacidade de até derrubar aviões israelenses.
Portanto, parece lógico que os estrategistas islâmicos sentiram a necessidade de fazer pressão sobre essa força interina de paz (chamada de UNIFIL) para que ela se retire e eles possam lançar seu planejado ataque contra Israel. Parecem existir dois modos de conseguir essa retirada:
Atacando sistemática e constantemente as forças da UNIFIL para que o Secretário Geral da ONU ordene a retirada.
Derrubando o atual governo pró-Ocidente do Líbano para que o novo governo "legítimo" exija a retirada da tropa de paz. Esse curso de ação parecia para mim o mais provável, até o ataque suicida contra as tropas espanholas que ocorreu nesta semana. Talvez os estrategistas islâmicos estejam buscando ambas as alternativas para ver qual delas traz os primeiros resultados!
Vamos analisar o ataque mortífero contra a tropa de paz da ONU.
Resumo da Notícia: "Seis soldados da força de paz da ONU são mortos no Líbano", The Australian News, 25 de junho de 2007.
Segundo fontes das Forças de Defesa de ISRAEL e fontes palestinas, Israel já dividiu durante a madrugada a Faixa de Gaza em três partes. Operação semelhante a esta ocorreu apenas antes da retirada israelense da região de GAZA, três anos atrás.
Nas últimas horas, segundo as Forças de Defesa de ISRAEL - FDI, iniciou-se bombardeio artilhero em GAZA. Os disparos são realizados por tanques e por baterias de artilharia que causam grandes danos na região atingida. O disparo é feito em regiões não habitadas na Faixa de Gaza, junto com a franteira com ISRAEL.
Desde o começo das operações de ISRAEL na faixa de Gaza, além de muitas execuções de terroristas durante a tentativa deles de disparar contra ISRAEL ou após lançarem mísseis, ISRAEL já destruiu cerca de 80 residências de terroristas ou líderes do Hamas, inclusive a casa do líder do Hamas na Faixa de Gaza, Ismael Hanieh.
APOCALIPSE?
Quando a Rússia decidir ocupar o Oriente Médio, suas forças armadas estarão equipadas com o que há de mais moderno em termos de tecnologia bélica, capazes de destruir os EUA primeiro. O cumprimento de Ezequiel 38 e 39, a invasão de Israel por exércitos liderados pela Rússia pode estar se aproximando rapidamente! O livro do Apocalipse prediz que no final da Grande Tribulação, o imenso exército dos reis do oriente marchará em direção ao Oriente Médio e destruirá tudo o que encontrar pelo caminho; as evidências indicam que a população indiana será a maior vítima da carnificina. O Senhor Jesus Cristo descreveu os sinais que anunciarão que o aparecimento do Anticristo está próximo, iniciando assim o Final dos Tempos. A maioria dos cristãos está mal-orientada neste ponto, e precisa compreender a verdade, para estar bem preparada para as dores de parto que afligirão a humanidade em breve. A planejada Terceira Guerra Mundial, entre o Estado judaico e seus vizinhos árabes, conforme uma visão demoníaca do líder maçom Albert Pike em 1870, está muito próxima de ser deflagrada. Um recente relatório do Serviço de Inteligência Americano revela qual será o provável cenário. O plano prevê que o Anticristo aparecerá imediatamente após essa guerra. O provável cenário nuclear nessa guerra planejada. Não existe honra entre ladrões; quando os exércitos árabes terminarem de aniquilar Israel, o plano deles é aniquilar também a população palestina! Prepare-se para outra crise do petróleo e uma onda de ataques terroristas contra as grandes cidades.
Para que a profecia bíblica da invasão de Israel, descrita em Ezequial 38 e 39 seja cumprida, o governo pró-Ocidente da Turquia deverá ser substituido por um governo de militância islâmica. Seria essa a última peça que falta no quebra-cabeças do Oriente Médio, que possibilitará o cumprimento das profecias sobre o final dos tempos? A Rússia está pronta para tirar proveito da destruição do Domo da Rocha! O livro do profeta Obadias fala sobre a aniquilação pelo fogo de toda uma nação, a Casa de Esaú, que são os palestinos atuais. Israel possui armamentos desenvolvidos com tecnologia de ponta e pode cumprir essa profecia.
O primeiro ataque à bomba contra a Força Interina das Nações Unidas no Líbano ocorre ao mesmo tempo em que a luta se espalha no país. A sabedoria militar convencional diz que o Líbano precisa ser neutralizado e as tropas da UNIFIL removidas para que as forças islâmicas possam montar um ataque em escala total contra Israel. Esse processo parece estar em curso agora!
Antes de concordar em retirar suas tropas do Líbano na guerra de 33 dias entre julho e agosto de 2006, Israel insistiu que as Nações Unidas enviassem uma potente força de paz capaz de impedir os ataques islâmicos contra o Estado judaico. Após as discussões, a ONU concordou em enviar uma força de 13.000 soldados liderados pela França. Essa força de paz parece ser a mais robusta que a ONU já enviou a um país. Acredita-se que ela tenha a capacidade de até derrubar aviões israelenses.
Portanto, parece lógico que os estrategistas islâmicos sentiram a necessidade de fazer pressão sobre essa força interina de paz (chamada de UNIFIL) para que ela se retire e eles possam lançar seu planejado ataque contra Israel. Parecem existir dois modos de conseguir essa retirada:
Atacando sistemática e constantemente as forças da UNIFIL para que o Secretário Geral da ONU ordene a retirada.
Derrubando o atual governo pró-Ocidente do Líbano para que o novo governo "legítimo" exija a retirada da tropa de paz. Esse curso de ação parecia para mim o mais provável, até o ataque suicida contra as tropas espanholas que ocorreu nesta semana. Talvez os estrategistas islâmicos estejam buscando ambas as alternativas para ver qual delas traz os primeiros resultados!
Vamos analisar o ataque mortífero contra a tropa de paz da ONU.
Resumo da Notícia: "Seis soldados da força de paz da ONU são mortos no Líbano", The Australian News, 25 de junho de 2007.
A GUERRA DOS SEIS DIAS
Guerra dos Seis Dias
Saiba como foi a Guerra dos Seis Dias
Conflito começou na manhã de 5 de junho de 1967
Em 5 de junho de 1967, tem início a Guerra dos Seis Dias. Os israelenses, com o auxílio logístico dos EUA, atacaram de surpresa o Egito, a Síria e a Jordânia, que preparavam uma ofensiva conjunta contra Israel. Após a vitória, os israelenses anexaram a península do Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as Colinas do Golã. Fatos Históricos - Terra
Após a retirada das tropas da FENU (Força de Emergência das Nações Unidas), que garantiam o cessar fogo, dez anos depois do conflito árabe-israelense de 1956, o Egito voltou a ocupar o deserto do Sinai. O líder egípcio Nasser ordenou, em maio de 1967, o fechamento do estreito de Tiran, vital para Israel, aumentando sua popularidade no mundo árabe, fazendo com que a Síria e a Jordânia mobilizassem suas tropas para apoiá-lo em caso de um revide israelense.
O pano de fundo era a questão palestina e os ataques da OLP (Organização pela Libertação da Palestina) aos judeus. Coerente com sua doutrina militar de "ataques preventivos", Israel já havia mobilizado suas forças armadas no início de junho e o Alto-Comando tentava convencer o primeiro-ministro da necessidade de atacar logo as forças que ameaçavam as fronteiras do país.
Assim, ao amanhecer do dia 5 de junho, a Força Aérea Israelense (FAI), efetuou um ataque coordenado às principais bases aéreas do Egito, destruindo praticamente todos os seus aviões no solo (240 aeronaves de um total de 254 eliminados em todo o conflito) e inutilizando as pistas, marcando o início da Guerra dos Seis Dias. Bases jordanianas e sírias (45 de seus 142 aviões destruídos) também foram bombardeadas. Durante a guerra, a vantagem da FAI era patente: destruíra 350 aviões árabes e perdera apenas 31. No Sinai, o exército egípcio possuía sete divisões e cerca de 950 carros de combate, distribuídos em posições defensivas. Por outro lado, o Exército israelense montara a Operação Lençol Vermelho, seguindo o padrão clássico da guerra-relâmpago, com cerca de 680 tanques e suas guarnições bem treinadas, infantaria e pára-quedistas avançando maciçamente sobre as posições inimigas, eliminando-as e atingindo o canal de Suez.
A operação foi lançada junto com o ataque da FAI, descrito acima, em 5 de junho. A 7a Brigada Blindada e os pára-quedistas capturaram as cidades de Rafia e Khan Yunis. Mais ao sul, no entroncamento rodoviário de Bir Lahfan, os Centurion israelenses emboscaram uma coluna de T-55 e uma brigada de infantaria mecanizada, destruindo 14 tanques e diversos caminhões de munição e combustível.
A divisão blindada do Gen. Ariel Sharon capturara a fortaleza de Abu Aweigila, no deserto, após intensos bombardeios e a ajuda de um batalhão de pára-quedistas desembarcados de helicóptero dentro do forte. Em 6 de junho, devido à exaustão das tropas israelenses, as operações foram modestas. No dia seguinte, porém, os combates recrudesceram. Na entrada do desfiladeiro de Mitla, contando com apenas nove Centurion, o Exército israelense rechaçou repetidas ofensivas das tropas inimigas, com alguns confrontos a uma distância de 100 metros, deixando no local 157 carros de combate egípcios destruídos ou abandonados.
Neste mesmo desfiladeiro, em 8 de junho, os israelenses emboscaram a 3a.Div.Inf., a 6a Div.Mecanizada e parte da 4a Div.Blindada do Egito, aniquilando 60 tanques, 100 canhões e 300 veículos. Para reabrir o estreito de Tiran, foi enviado um grupo de combate para o sul da península, a fim de encontrar-se com uma força de pára-quedistas que saltara em Sharm-el-Sheikh, mas não houve luta pois a guarnição egípcia havia batido em retirada. Raramente na história militar uma vitória tão ampla foi conquistada em tão breve espaço de tempo: bastaram quatro dias para desbaratar um exército de sete divisões. Em relação à Jordânia, que tinha o mais adestrado e poderoso exército dos que enfrentaram os judeus nessa guerra, a FAI eliminou a Real Força Aérea jordaniana e bombardeou posições da Legião Árabe, eliminando a possibilidade de uma ofensiva inimiga em direção ao mar Mediterrâneo, o que isolaria a Galiléia do resto do país, deixando-a vulnerável a um ataque da Síria.
Nesta frente, a luta por Jerusalém merece registro: entre 5 e 7 de junho, forças israelenses, entre elas a 55a.Brigada Pára-quedista, enfrentaram uma luta encarniçada e exaustiva , de rua em rua, contra os membros da Legião Árabe e seus blindados, num confronto de 57 horas, após o qual Israel eliminou as ameaças à margem oeste e expandiu suas fronteiras até o rio Jordão. Mas o custo foi alto: os jordanianos inflingiram aos israelenses suas mais pesadas baixas sofridas durante a guerra dos Seis Dias, com 550 mortos e 2.500 feridos.
A Síria, após o fracasso de seus aliados no Sinai e na margem do Jordão, adotou uma estratégia de defesa passiva. O Exército sírio bombardeava o território israelense de suas posições fortificadas nas colinas de Golan, só vulneráveis a forças terrestres. Uma ofensiva foi lançada em 9 de junho, pela Brigada Golani com apoio de uma brigada blindada e ataques aéreos da FAI, para reconquistar as colinas. A luta se desenvolveu na área de Tel Azzaziat e Tel Faher, ao norte, apinhadas de casamatas, trincheiras, campos minados e ninhos de metralhadoras, onde estas posições foram dominadas depois de combates intensos. Ao sul, um ataque de infantaria através do rio Jordão tomou as elevações perto de Bnot Yaaqov e os pára-quedistas lançados de helicóptero conquistaram Butmiye. Dominando Quneitra, a meio caminho da capital síria Damasco, os israelenses obrigaram o inimigo a pedir ajuda da União Soviética e da ONU por um cessar-fogo, obtido na noite de 10 de junho.
Como resultado da guerra, aumenta o número de refugiados palestinos na Jordânia e no Egito. Síria e Egito estreitam as relações com a URSS e conseguem a instalação de novos mísseis perto do Canal de Suez.
Fontes: Militarypower.com.br Almanaque Abril
Saiba como foi a Guerra dos Seis Dias
Conflito começou na manhã de 5 de junho de 1967
Em 5 de junho de 1967, tem início a Guerra dos Seis Dias. Os israelenses, com o auxílio logístico dos EUA, atacaram de surpresa o Egito, a Síria e a Jordânia, que preparavam uma ofensiva conjunta contra Israel. Após a vitória, os israelenses anexaram a península do Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as Colinas do Golã. Fatos Históricos - Terra
Após a retirada das tropas da FENU (Força de Emergência das Nações Unidas), que garantiam o cessar fogo, dez anos depois do conflito árabe-israelense de 1956, o Egito voltou a ocupar o deserto do Sinai. O líder egípcio Nasser ordenou, em maio de 1967, o fechamento do estreito de Tiran, vital para Israel, aumentando sua popularidade no mundo árabe, fazendo com que a Síria e a Jordânia mobilizassem suas tropas para apoiá-lo em caso de um revide israelense.
O pano de fundo era a questão palestina e os ataques da OLP (Organização pela Libertação da Palestina) aos judeus. Coerente com sua doutrina militar de "ataques preventivos", Israel já havia mobilizado suas forças armadas no início de junho e o Alto-Comando tentava convencer o primeiro-ministro da necessidade de atacar logo as forças que ameaçavam as fronteiras do país.
Assim, ao amanhecer do dia 5 de junho, a Força Aérea Israelense (FAI), efetuou um ataque coordenado às principais bases aéreas do Egito, destruindo praticamente todos os seus aviões no solo (240 aeronaves de um total de 254 eliminados em todo o conflito) e inutilizando as pistas, marcando o início da Guerra dos Seis Dias. Bases jordanianas e sírias (45 de seus 142 aviões destruídos) também foram bombardeadas. Durante a guerra, a vantagem da FAI era patente: destruíra 350 aviões árabes e perdera apenas 31. No Sinai, o exército egípcio possuía sete divisões e cerca de 950 carros de combate, distribuídos em posições defensivas. Por outro lado, o Exército israelense montara a Operação Lençol Vermelho, seguindo o padrão clássico da guerra-relâmpago, com cerca de 680 tanques e suas guarnições bem treinadas, infantaria e pára-quedistas avançando maciçamente sobre as posições inimigas, eliminando-as e atingindo o canal de Suez.
A operação foi lançada junto com o ataque da FAI, descrito acima, em 5 de junho. A 7a Brigada Blindada e os pára-quedistas capturaram as cidades de Rafia e Khan Yunis. Mais ao sul, no entroncamento rodoviário de Bir Lahfan, os Centurion israelenses emboscaram uma coluna de T-55 e uma brigada de infantaria mecanizada, destruindo 14 tanques e diversos caminhões de munição e combustível.
A divisão blindada do Gen. Ariel Sharon capturara a fortaleza de Abu Aweigila, no deserto, após intensos bombardeios e a ajuda de um batalhão de pára-quedistas desembarcados de helicóptero dentro do forte. Em 6 de junho, devido à exaustão das tropas israelenses, as operações foram modestas. No dia seguinte, porém, os combates recrudesceram. Na entrada do desfiladeiro de Mitla, contando com apenas nove Centurion, o Exército israelense rechaçou repetidas ofensivas das tropas inimigas, com alguns confrontos a uma distância de 100 metros, deixando no local 157 carros de combate egípcios destruídos ou abandonados.
Neste mesmo desfiladeiro, em 8 de junho, os israelenses emboscaram a 3a.Div.Inf., a 6a Div.Mecanizada e parte da 4a Div.Blindada do Egito, aniquilando 60 tanques, 100 canhões e 300 veículos. Para reabrir o estreito de Tiran, foi enviado um grupo de combate para o sul da península, a fim de encontrar-se com uma força de pára-quedistas que saltara em Sharm-el-Sheikh, mas não houve luta pois a guarnição egípcia havia batido em retirada. Raramente na história militar uma vitória tão ampla foi conquistada em tão breve espaço de tempo: bastaram quatro dias para desbaratar um exército de sete divisões. Em relação à Jordânia, que tinha o mais adestrado e poderoso exército dos que enfrentaram os judeus nessa guerra, a FAI eliminou a Real Força Aérea jordaniana e bombardeou posições da Legião Árabe, eliminando a possibilidade de uma ofensiva inimiga em direção ao mar Mediterrâneo, o que isolaria a Galiléia do resto do país, deixando-a vulnerável a um ataque da Síria.
Nesta frente, a luta por Jerusalém merece registro: entre 5 e 7 de junho, forças israelenses, entre elas a 55a.Brigada Pára-quedista, enfrentaram uma luta encarniçada e exaustiva , de rua em rua, contra os membros da Legião Árabe e seus blindados, num confronto de 57 horas, após o qual Israel eliminou as ameaças à margem oeste e expandiu suas fronteiras até o rio Jordão. Mas o custo foi alto: os jordanianos inflingiram aos israelenses suas mais pesadas baixas sofridas durante a guerra dos Seis Dias, com 550 mortos e 2.500 feridos.
A Síria, após o fracasso de seus aliados no Sinai e na margem do Jordão, adotou uma estratégia de defesa passiva. O Exército sírio bombardeava o território israelense de suas posições fortificadas nas colinas de Golan, só vulneráveis a forças terrestres. Uma ofensiva foi lançada em 9 de junho, pela Brigada Golani com apoio de uma brigada blindada e ataques aéreos da FAI, para reconquistar as colinas. A luta se desenvolveu na área de Tel Azzaziat e Tel Faher, ao norte, apinhadas de casamatas, trincheiras, campos minados e ninhos de metralhadoras, onde estas posições foram dominadas depois de combates intensos. Ao sul, um ataque de infantaria através do rio Jordão tomou as elevações perto de Bnot Yaaqov e os pára-quedistas lançados de helicóptero conquistaram Butmiye. Dominando Quneitra, a meio caminho da capital síria Damasco, os israelenses obrigaram o inimigo a pedir ajuda da União Soviética e da ONU por um cessar-fogo, obtido na noite de 10 de junho.
Como resultado da guerra, aumenta o número de refugiados palestinos na Jordânia e no Egito. Síria e Egito estreitam as relações com a URSS e conseguem a instalação de novos mísseis perto do Canal de Suez.
Fontes: Militarypower.com.br Almanaque Abril
CRONOLOGIA DA GUERRA DOS SEIS DIAS
Abril
7: Batalha aérea sobre o lago de Tiberíades. Os israelitas abatem seis Mig sírios.
29: Moscovo avisa o Egito de que Israel concentra forças no Norte para atacar a Síria. Israel desmente.
[editar] Maio
10: Israel comunica às Nações Unidas que não ficará de “braços cruzados” diante das incursões árabes fomentadas pela Síria. No começo de Abril, o exército israelita tinha derrubado 6 caças Mig do Egito na fronteira entre Israel e Síria.
16: O então presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser, exige a retirada dos soldados das Nações Unidas que estavam mobilizados no Sinai desde a guerra de Outubro de 1956. A solicitação foi aceite pela ONU no dia 19.
21: O exército do Egito recupera a base portuária de Sharm el-Sheikh.
22: Nasser anuncia o encerramento do Estreito de Tiran às embarcações de Israel, o que implica o bloqueio do Golfo de Aqaba.
30: Reconciliação do rei Hussein da Jordânia e de Nasser, que assinam um acordo de defesa. Em 4 de Junho, Iraque junta-se ao pacto jordano-egípcio.
[editar] Junho
5: Início da Guerra dos Seis Dias. A aviação israelita inicia os ataques com o bombardeamento de 19 bases aéreas egípcias: 410 aviões ficam destruídos. O exército invade o Sinai.
Síria, Iraque, Jordânia, Argélia, Iêmen, Sudão, Kuwait e Arábia Saudita declaram-se em guerra contra Israel. Os Estados Unidos proclamam sua neutralidade.
6: O exército de Israel toma a Faixa de Gaza e entra, através do território jordano, no setor árabe de Jerusalém.
Depois de uma longa disputa entre os Estados Unidos e a União Soviética, o Conselho de Segurança da ONU adoptou por unanimidade uma resolução em que solicita um cessar-fogo imediato.
7: Conflitos com veículos blindados acontecem no coração do Sinai, enquanto o exército de Israel ocupa a margem oriental do canal de Suez. A marinha toma posse de Sharm el-Sheikh e libera o Golfo de Aqaba.
A Jordânia, que tinha perdido a Cisjordânia e Jerusalém oriental, aceita o cessar-fogo.
8: Disparos de artilharia na fronteira entre Israel e Síria.
O Egito também aceita o cessar-fogo.
9: Os israelitas invadem as colinas de Golã.
Nasser renuncia, mas atendendo ao clamor do povo, revoga a sua decisão.
10: A União Soviética rompe suas relações diplomáticas com Israel.
A Síria cede ao pedido de cessar-fogo depois de perder a região de Kuneltra. Fim da Guerra dos Seis Dias.
28: A Knesset (Parlamento de Israel) vota a anexação de Jerusalém oriental.
[editar] Setembro
1: Na cúpula de Cartum, os países árabes decidem não reconhecer o Estado de Israel nem realizar negociações com suas autoridades.
[editar] Novembro
22: O Conselho de Segurança da ONU adota a resolução 242 que ordena a retirada de Israel dos territórios ocupados.
O conflito permite ao Estado hebreu a anexação de Jerusalém Oriental, além da ocupação de Golã, do Sinai, da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.
7: Batalha aérea sobre o lago de Tiberíades. Os israelitas abatem seis Mig sírios.
29: Moscovo avisa o Egito de que Israel concentra forças no Norte para atacar a Síria. Israel desmente.
[editar] Maio
10: Israel comunica às Nações Unidas que não ficará de “braços cruzados” diante das incursões árabes fomentadas pela Síria. No começo de Abril, o exército israelita tinha derrubado 6 caças Mig do Egito na fronteira entre Israel e Síria.
16: O então presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser, exige a retirada dos soldados das Nações Unidas que estavam mobilizados no Sinai desde a guerra de Outubro de 1956. A solicitação foi aceite pela ONU no dia 19.
21: O exército do Egito recupera a base portuária de Sharm el-Sheikh.
22: Nasser anuncia o encerramento do Estreito de Tiran às embarcações de Israel, o que implica o bloqueio do Golfo de Aqaba.
30: Reconciliação do rei Hussein da Jordânia e de Nasser, que assinam um acordo de defesa. Em 4 de Junho, Iraque junta-se ao pacto jordano-egípcio.
[editar] Junho
5: Início da Guerra dos Seis Dias. A aviação israelita inicia os ataques com o bombardeamento de 19 bases aéreas egípcias: 410 aviões ficam destruídos. O exército invade o Sinai.
Síria, Iraque, Jordânia, Argélia, Iêmen, Sudão, Kuwait e Arábia Saudita declaram-se em guerra contra Israel. Os Estados Unidos proclamam sua neutralidade.
6: O exército de Israel toma a Faixa de Gaza e entra, através do território jordano, no setor árabe de Jerusalém.
Depois de uma longa disputa entre os Estados Unidos e a União Soviética, o Conselho de Segurança da ONU adoptou por unanimidade uma resolução em que solicita um cessar-fogo imediato.
7: Conflitos com veículos blindados acontecem no coração do Sinai, enquanto o exército de Israel ocupa a margem oriental do canal de Suez. A marinha toma posse de Sharm el-Sheikh e libera o Golfo de Aqaba.
A Jordânia, que tinha perdido a Cisjordânia e Jerusalém oriental, aceita o cessar-fogo.
8: Disparos de artilharia na fronteira entre Israel e Síria.
O Egito também aceita o cessar-fogo.
9: Os israelitas invadem as colinas de Golã.
Nasser renuncia, mas atendendo ao clamor do povo, revoga a sua decisão.
10: A União Soviética rompe suas relações diplomáticas com Israel.
A Síria cede ao pedido de cessar-fogo depois de perder a região de Kuneltra. Fim da Guerra dos Seis Dias.
28: A Knesset (Parlamento de Israel) vota a anexação de Jerusalém oriental.
[editar] Setembro
1: Na cúpula de Cartum, os países árabes decidem não reconhecer o Estado de Israel nem realizar negociações com suas autoridades.
[editar] Novembro
22: O Conselho de Segurança da ONU adota a resolução 242 que ordena a retirada de Israel dos territórios ocupados.
O conflito permite ao Estado hebreu a anexação de Jerusalém Oriental, além da ocupação de Golã, do Sinai, da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.
PRÓ-HAMAS II
Gaza é um lugar terrível. Um milhão e meio de pessoas vivem no meio de um mar de pobreza, falta de cuidados básicos de saúde pública, desemprego, ignorância, violência, túneis e contrabando de armas. A população sobrevive diariamente graças à ajuda das Nações Unidas. O final do ano costuma ser uma época de balanço para os decisores políticos. Estes balanços são particularmente importantes em lugares arruinados e com poucas ou nenhumas perspectivas de futuro. Gaza é disso um bom exemplo. Aí, o Hamas teve de fazer um balanço aparentemente simples: avaliar os resultados da trégua de seis meses com Israel.
Tendo em conta que o Hamas governa Gaza e é responsável pelo bem-estar e futuro da população local, o mais natural é pensar que a renegociação da trégua com Israel seria do seu interesse. Mahmoud Abbas, Presidente da Autoridade Palestiniana, tornou claro o seu pensamento sobre o assunto: "Falámos com eles (o Hamas) e dissemos-lhes: 'Por favor, pedimo-vos, não ponham fim à trégua. Deixem a trégua continuar e não parar' e assim poderíamos ter evitado o que aconteceu". A liderança do Hamas foi por outro caminho e na véspera do Natal disparou uma barragem de foguetes em direcção às cidades no Sul de Israel. Desde o passado sábado, Israel tem vindo a responder com uma intensa operação aérea contra todas as infra-estruturas políticas e militares do Hamas em Gaza.
Do ponto de vista estratégico, Gaza levanta duas questões importantes. A primeira é perceber o que é que levou o Hamas a atacar Israel de uma forma tão pública agora. A segunda é compreender o que é que levou os decisores políticos e militares israelitas a reagir de uma forma tão dura e sistemática.
Começando pela primeira questão, a última semana tornou abundantemente claro que, exceptuando a Síria, nenhum decisor político árabe está verdadeiramente interessado em ver o Hamas ser bem sucedido em Gaza ou a liderar o que resta da causa palestiniana. Nos últimos dias tem-se falado muito do bloqueio económico e naval de Israel a Gaza. Este bloqueio é real. O bloqueio decisivo, todavia, para os dirigentes do Hamas é aquele que se verifica na fronteira com o Egipto, em Rafah. Tal como Telavive, no Cairo olha-se com enorme suspeita para o Hamas.
Governar para o bem comum dos habitantes de Gaza implica um novo entendimento do Hamas com o Egipto e com Israel. O Hamas sabe que um entendimento deste tipo teria consequências drásticas para a sua ideologia e objectivos políticos.
Num contexto deste tipo, atacar Israel é a melhor prova das dificuldades da liderança do Hamas em Gaza. Como se tem visto nos últimos dias, um ataque contra Israel é uma opção muito arriscada. Dito isto, é uma opção que tem algumas virtudes políticas para o Hamas aparecer à sociedade palestiniana e ao mundo árabe e islâmico como o verdadeiro líder da resistência a Israel, diminuir o poder e a influência da Fatah na Cisjordânia e mostrar às opiniões públicas árabes que é possível atacar as cidades israelitas são alguns dos exemplos mais óbvios.
Do ponto de vista de Israel, o Hamas não é uma ameaça existencial. Além disso, a guerra civil que tem decorrido entre a Fatah e o Hamas nos últimos anos diminuiu ainda mais a capacidade dos palestinianos ameaçarem verdadeiramente os interesses estratégicos de Telavive. Quem é que fala pelos palestinianos hoje em dia? A trágica resposta é ninguém! Como explicar então a intensidade das operações militares da Força Aérea israelita contra o Hamas em Gaza?
Gaza tem sido, e vai obviamente continuar a ser, uma dor de cabeça política e militar para Telavive. Nos últimos anos, a principal opção de Israel em Gaza tem sido a coerção económica. Esta coerção tem sido gerida pelos decisores israelitas de maneira a punir o Hamas sem criar ao mesmo tempo uma crise humanitária excessivamente grande. Os resultados desta opção não têm sido famosos para Israel. O fim da trégua pelo Hamas deu a Telavive uma oportunidade para tentar mudar os termos do seu relacionamento com o seu inimigo em Gaza. A liderança israelita decidiu aproveitar esta oportunidade ao máximo.
As operações militares israelitas visam atingir três objectivos. O primeiro é diminuir a força política e militar do Hamas em Gaza. O segundo é diminuir o número de ataques com foguetes contra os civis nas cidades israelitas. Estes ataques têm vindo a atingir cidades cada vez mais próximas de Telavive. O terceiro objectivo visa apagar os fantasmas da guerra de 2006 contra o Hezbollah no Líbano. Em Israel teme-se que a maneira como essa guerra foi conduzida tenha diminuído a sua credibilidade militar e a capacidade dissuasora. Gaza está a ter custos para a imagem internacional de Israel, mas é uma maneira de restaurar a sua reputação militar numa região com uma história brutal.
A grande questão agora é saber até onde é que o Hamas e Israel estão dispostos a ir para concretizar os seus objectivos estratégicos.Robert Fisk e o Médio Oriente
Robert Fisk tinha 29 anos e estava em Porto Covo quando recebeu um convite extraordinário: ser correspondente do 'The Times' no Médio Oriente. Fisk aceitou o convite mas nunca imaginou que 33 anos depois continuaria a viver e a escrever sobre esta turbulenta região. 'A Grande Guerra pela Civilização; A Conquista do Médio Oriente' (Lisboa: Edições 70, 2008), 1234 páginas, €44.00, é o resultado das suas viagens e reportagens da Argélia ao Afeganistão para o 'The Times' e 'Independent' durante as últimas três décadas.
Fisk é extremamente crítico de Israel e da política de sucessivas administrações americanas para o Médio Oriente. É também um escritor e uma testemunha poderosa dos trágicos acontecimentos que têm varrido esta região desde o final da Primeira Guerra Mundial.
Tendo em conta que o Hamas governa Gaza e é responsável pelo bem-estar e futuro da população local, o mais natural é pensar que a renegociação da trégua com Israel seria do seu interesse. Mahmoud Abbas, Presidente da Autoridade Palestiniana, tornou claro o seu pensamento sobre o assunto: "Falámos com eles (o Hamas) e dissemos-lhes: 'Por favor, pedimo-vos, não ponham fim à trégua. Deixem a trégua continuar e não parar' e assim poderíamos ter evitado o que aconteceu". A liderança do Hamas foi por outro caminho e na véspera do Natal disparou uma barragem de foguetes em direcção às cidades no Sul de Israel. Desde o passado sábado, Israel tem vindo a responder com uma intensa operação aérea contra todas as infra-estruturas políticas e militares do Hamas em Gaza.
Do ponto de vista estratégico, Gaza levanta duas questões importantes. A primeira é perceber o que é que levou o Hamas a atacar Israel de uma forma tão pública agora. A segunda é compreender o que é que levou os decisores políticos e militares israelitas a reagir de uma forma tão dura e sistemática.
Começando pela primeira questão, a última semana tornou abundantemente claro que, exceptuando a Síria, nenhum decisor político árabe está verdadeiramente interessado em ver o Hamas ser bem sucedido em Gaza ou a liderar o que resta da causa palestiniana. Nos últimos dias tem-se falado muito do bloqueio económico e naval de Israel a Gaza. Este bloqueio é real. O bloqueio decisivo, todavia, para os dirigentes do Hamas é aquele que se verifica na fronteira com o Egipto, em Rafah. Tal como Telavive, no Cairo olha-se com enorme suspeita para o Hamas.
Governar para o bem comum dos habitantes de Gaza implica um novo entendimento do Hamas com o Egipto e com Israel. O Hamas sabe que um entendimento deste tipo teria consequências drásticas para a sua ideologia e objectivos políticos.
Num contexto deste tipo, atacar Israel é a melhor prova das dificuldades da liderança do Hamas em Gaza. Como se tem visto nos últimos dias, um ataque contra Israel é uma opção muito arriscada. Dito isto, é uma opção que tem algumas virtudes políticas para o Hamas aparecer à sociedade palestiniana e ao mundo árabe e islâmico como o verdadeiro líder da resistência a Israel, diminuir o poder e a influência da Fatah na Cisjordânia e mostrar às opiniões públicas árabes que é possível atacar as cidades israelitas são alguns dos exemplos mais óbvios.
Do ponto de vista de Israel, o Hamas não é uma ameaça existencial. Além disso, a guerra civil que tem decorrido entre a Fatah e o Hamas nos últimos anos diminuiu ainda mais a capacidade dos palestinianos ameaçarem verdadeiramente os interesses estratégicos de Telavive. Quem é que fala pelos palestinianos hoje em dia? A trágica resposta é ninguém! Como explicar então a intensidade das operações militares da Força Aérea israelita contra o Hamas em Gaza?
Gaza tem sido, e vai obviamente continuar a ser, uma dor de cabeça política e militar para Telavive. Nos últimos anos, a principal opção de Israel em Gaza tem sido a coerção económica. Esta coerção tem sido gerida pelos decisores israelitas de maneira a punir o Hamas sem criar ao mesmo tempo uma crise humanitária excessivamente grande. Os resultados desta opção não têm sido famosos para Israel. O fim da trégua pelo Hamas deu a Telavive uma oportunidade para tentar mudar os termos do seu relacionamento com o seu inimigo em Gaza. A liderança israelita decidiu aproveitar esta oportunidade ao máximo.
As operações militares israelitas visam atingir três objectivos. O primeiro é diminuir a força política e militar do Hamas em Gaza. O segundo é diminuir o número de ataques com foguetes contra os civis nas cidades israelitas. Estes ataques têm vindo a atingir cidades cada vez mais próximas de Telavive. O terceiro objectivo visa apagar os fantasmas da guerra de 2006 contra o Hezbollah no Líbano. Em Israel teme-se que a maneira como essa guerra foi conduzida tenha diminuído a sua credibilidade militar e a capacidade dissuasora. Gaza está a ter custos para a imagem internacional de Israel, mas é uma maneira de restaurar a sua reputação militar numa região com uma história brutal.
A grande questão agora é saber até onde é que o Hamas e Israel estão dispostos a ir para concretizar os seus objectivos estratégicos.Robert Fisk e o Médio Oriente
Robert Fisk tinha 29 anos e estava em Porto Covo quando recebeu um convite extraordinário: ser correspondente do 'The Times' no Médio Oriente. Fisk aceitou o convite mas nunca imaginou que 33 anos depois continuaria a viver e a escrever sobre esta turbulenta região. 'A Grande Guerra pela Civilização; A Conquista do Médio Oriente' (Lisboa: Edições 70, 2008), 1234 páginas, €44.00, é o resultado das suas viagens e reportagens da Argélia ao Afeganistão para o 'The Times' e 'Independent' durante as últimas três décadas.
Fisk é extremamente crítico de Israel e da política de sucessivas administrações americanas para o Médio Oriente. É também um escritor e uma testemunha poderosa dos trágicos acontecimentos que têm varrido esta região desde o final da Primeira Guerra Mundial.
PRÓ-ISRAEL
04/01/09 - 12h28 - Atualizado em 04/01/09 - 12h30
Brown pede uma solução que inclua um Israel seguro e uma Palestina viável
Da EFE
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Londres, 4 jan (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, pediu hoje "um cessar-fogo urgente e imediato" na Faixa de Gaza e uma solução para o conflito que no futuro permita a existência duradoura de um Israel seguro e de uma Palestina viável.
"O que temos que fazer quase imediatamente é trabalhar com mais afinco do que até agora em um cessar-fogo imediato", disse o chefe de Governo britânico, que explicou que isso inclui os foguetes lançados pelo Hamas contra Israel.
Em entrevista à "BBC", Brown afirmou que qualquer solução passa pelo combate ao tráfico de armas à região e por uma supervisão internacional dos acordos.
"Este é um momento perigoso e acho que requer uma atuação nossa. Há conversas em andamento que nos levariam além da violência imediata, até o tipo de soluções que queremos".
Mas a situação atual, acrescentou, "põe ênfase no que é o desafio real: que Israel precisa viver de modo seguro e que a Palestina necessita ser viável".
Brown ressaltou que os países árabes devem fazer pressão para que sejam fechados os túneis por meio dos quais o Hamas se rearma. Além disso, expressou sua convicção de que nos próximos dias será possível chegar a um acordo entre as partes, com a implicação do Reino Unido, dos Estados Unidos e da União Européia (UE), que permita o fim das hostilidades.
"Deveríamos conseguir um acordo sobre o tráfico de armas e deveríamos conseguir um acordo sobre o trânsito" a Gaza, acrescentou. EFE
fpb/sc
K:POL:POLITICA,GOVERNO POL:POLITICA,EXTERNA POL:POLITICA,CONFLITO
Q:POL:pt-BR:11006000:Política:Governo POL:pt-BR:11002000:Política:Diplomacia DCG:pt-BR:16002000:Distúrbios e conflitos :Conflito armado
01/04/14-28/09
Brown pede uma solução que inclua um Israel seguro e uma Palestina viável
Da EFE
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Londres, 4 jan (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, pediu hoje "um cessar-fogo urgente e imediato" na Faixa de Gaza e uma solução para o conflito que no futuro permita a existência duradoura de um Israel seguro e de uma Palestina viável.
"O que temos que fazer quase imediatamente é trabalhar com mais afinco do que até agora em um cessar-fogo imediato", disse o chefe de Governo britânico, que explicou que isso inclui os foguetes lançados pelo Hamas contra Israel.
Em entrevista à "BBC", Brown afirmou que qualquer solução passa pelo combate ao tráfico de armas à região e por uma supervisão internacional dos acordos.
"Este é um momento perigoso e acho que requer uma atuação nossa. Há conversas em andamento que nos levariam além da violência imediata, até o tipo de soluções que queremos".
Mas a situação atual, acrescentou, "põe ênfase no que é o desafio real: que Israel precisa viver de modo seguro e que a Palestina necessita ser viável".
Brown ressaltou que os países árabes devem fazer pressão para que sejam fechados os túneis por meio dos quais o Hamas se rearma. Além disso, expressou sua convicção de que nos próximos dias será possível chegar a um acordo entre as partes, com a implicação do Reino Unido, dos Estados Unidos e da União Européia (UE), que permita o fim das hostilidades.
"Deveríamos conseguir um acordo sobre o tráfico de armas e deveríamos conseguir um acordo sobre o trânsito" a Gaza, acrescentou. EFE
fpb/sc
K:POL:POLITICA,GOVERNO POL:POLITICA,EXTERNA POL:POLITICA,CONFLITO
Q:POL:pt-BR:11006000:Política:Governo POL:pt-BR:11002000:Política:Diplomacia DCG:pt-BR:16002000:Distúrbios e conflitos :Conflito armado
01/04/14-28/09
PRÓ-HAMAS
Segunda, 5 de janeiro de 2009, 07h55 Atualizada às 09h51
A paz não passa pelo massacre
Milton HatoumDe São Paulo
I
O veterano jornalista israelense Uri Avneri afirmou várias vezes que o governo de Israel deve negociar com o Hamas, com a Síria e com a Autoridade Palestina a fim de obter um amplo acordo de paz na região. Mas Israel prefere agir militarmente a sentar à mesa de negociação. Isso porque, para Avneri, Israel tornou-se um Estado militarista, dotado de uma arrogância típica de uma potência ocupante.
De fato, a ocupação militar da Cisjordânia é a mais longa da história moderna. A ocupação, o muro que usurpou dez por cento de terras palestinas, a construção ininterrupta de assentamentos de colonos ortodoxos na Cisjordânia e na parte árabe de Jerusalém, tudo isso causa desespero à população palestina e impossibilita qualquer perspectiva de paz.
Quanto à Gaza, ninguém concorda com o lançamento de mísseis (mesmo de baixa potência) contra cidades israelenses, mas o bloqueio de toda a região de Gaza é muito mais do que uma provocação. Trata-se de um deliberado exercício de crueldade aplicado a 1,5 milhão de pessoas. Não menos cruel é o recente bombardeio, iniciado no dia 27 de dezembro de 2008 e que já matou mais de 500 pessoas, sendo mais de cem civis, entre mulheres e crianças. Se esse for o preço a pagar para que os partidos do atual governo israelense ganhem as eleições de fevereiro próximo, então mais uma vez Israel mostra que sua "democracia", a única no Oriente Médio, é uma aberração. Não há democracia com ocupação militar, muito menos com massacres sistemáticos, prisões arbitrárias e tortura. Isto serve também ao governo "democrático" de George W. Bush, o pior presidente dos Estados Unidos, segundo o escritor Philip Roth.
II
Algo de errado está acontecendo com Israel e seus cidadãos. Durante a Segunda Guerra, quando milhões de judeus já tinham sido assassinados pelos nazistas, o que fez a "comunidade internacional" para deter o Holocausto? Nada. Essa mesma comunidade - países ricos e poderosos, Estados Unidos à frente, mas também países árabes - continua a ser cúmplice de genocídios na África, no Oriente Médio e em todos os países onde os mais fracos são humilhados e massacrados. Não deixa de ser assustador que a maioria da população israelense aceite e até aprove a matança de civis palestinos e a destruição de escolas, hospitais, mesquitas, universidades e de toda a infraestrutura de Gaza.
Sem dúvida há milhares de judeus no mundo todo que condenam essas ações bárbaras das Forças de Defesa de Israel. Mencionei Avneri, mas há vários historiadores e intelectuais judeus que criticam com veemência a política belicosa e expansionista de Israel. Gostaria de citar dois. O primeiro é Richard Falk, relator especial do "Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas para os Territórios Palestinos Ocupados" e professor emérito de Direito Internacional na Universidade de Princeton. No ano passado, bem antes do atual massacre contra o povo palestino, Falk assim relatou o cerco israelense de Gaza:
"Será um exagero irresponsável associar o tratamento dos palestinos às práticas de atrocidades coletivas dos nazistas? Não creio. Os recentes desenvolvimentos em Gaza são particularmente inquietantes porque exprimem de modo evidente uma intenção deliberada da parte de Israel e dos seus aliados de submeter toda uma comunidade humana a condições da maior crueldade que põem em perigo a sua vida. A sugestão de que este esquema de conduta é um holocausto em vias de ser feito representa um apelo bastante desesperado aos governos do mundo e à opinião pública internacional para que ajam com urgência a fim de impedir que estas tendências atuais ao genocídio não conduzam a uma tragédia coletiva".
III
No artigo Israel e suas bombas nunca quiseram a paz, Haim Bresheeth, professor-titular de Estudos sobre Mídia na University of East London, escreveu:
"O exército de Israel é suficientemente poderoso para destruir todo o Oriente Médio (e, de fato, também para destruir parte importante do ocidente). O único problema é que, até hoje, jamais conseguiu mandar, sequer, no território em que lhe caberia mandar. O mais poderoso exército do mundo está detido, ainda, pela resistência palestina. Como entender essa contradição?
Bem, para começar, Israel jamais trabalhou para construir qualquer paz com os palestinos; jamais usou outro meio que não fossem os meios do extermínio, da limpeza étnica, do holocausto, para matar as populações nativas e residentes históricas na Palestina, desde a fundação do Estado de Israel, em maio de 1948.
Israel expulsou 750 mil palestinos, converteu-os em refugiados e, em seguida, passou a impedir sistematicamente o retorno deles e de seus filhos (hoje, também, já, dos netos deles), apesar das Resoluções da ONU, ao mesmo tempo em que continuou a destruir cidades e vilas, ou - o que é o mesmo - passou a construir colônias de ocupação sobre as ruínas das cidades e vilas palestinas.
Desde 1967, Israel fez tudo que algum Estado poderia fazer para tornar impossível qualquer solução política: colonizou por vias ilegais territórios ocupados por via ilegal e recusou-se a acatar os limites de antes das invasões de 1967; construiu um muro de apartheid; e tornou a vida impossível para a maioria dos palestinos. Nada, aí, faz pensar em esforço de paz. Antes, é operação continuada e sistemática para a limpeza étnica dos territórios palestinos ocupados ilegalmente.
Assim sendo, se a paz implicar - como implica necessariamente - o fim do mini-império construído por Israel, Israel continuará a fazer o que estiver ao seu alcance para que não haja paz, mesmo que a paz lhe seja oferecida numa bandeja, como a Iniciativa de Paz dos sauditas, recentemente, por exemplo. Outra vez, não se entende: se os israelenses só tinham a esperar esse tipo de oferta, se desejassem alguma paz, porque a rejeitaram, praticamente sem nem a considerar?
Faz tanto tempo que Israel rejeita toda e qualquer possibilidade de paz, que a maioria dos israelenses já nem são capazes de ver que rejeitar a paz converteu-se, para Israel, numa espécie de segunda natureza.
Mas o motivo mais aterrorizante pelo qual nenhuma iniciativa de paz jamais teve qualquer chance de prosperar tem a ver, de fato, conosco, com o ocidente.
Israel continua a ser apoiada pelas democracias ocidentais como uma espécie de força delegada, como batalhão ocidental avançado, implantado na entrada do mundo árabe, mais indispensável, tanto quanto mais dependente do ocidente, que regimes-clientes, como os sauditas e como o Iraque de Saddam até 1990.
Como uma espécie de 'encarnação' da tese do "choque de civilizações" de Huntington, Israel é, como sempre foi, mais exposta ou mais veladamente, um bastião do mundo judeu-cristão, contra os árabes e o Islam.
Isso já era verdade há décadas, mas jamais foi mais verdade do que na última década, quando a Ordem do Novo Mundo entrou em crise terminal, e começou-se a ouvir falar da "Doutrina do Choque", de "Choque e Horror", de várias 'operações' tempestade contra os desertos da Ásia e sempre contra os islâmicos.
Israel, não o Iran, possui armas nucleares e é capaz de usá-las - e várias vezes já ameaçou usá-las. Mas fala-se como se o perigo viesse do Iran, não se Israel. Os que propõem a destruição do Iran são os mesmos mercadores de tragédias que impingiram aos EUA e à Inglaterra o custo altíssimo da guerra do Iraque".(1)
Esse texto do professor Haim Bresheeth resume o que muitos intelectuais pensam sobre o atual massacre. A essas vozes críticas, somam-se o protesto de escritores israelenses como David Grosmann e ativistas do movimento Paz Agora. Todos eles exigem a desocupação dos territórios palestinos, o fim do cerco à Faixa de Gaza e uma imediata abertura de negociações com as partes envolvidas no conflito. Reivindicam também - e com justa razão - o fim do lançamento de mísseis contra a população civil no sul de Israel. Mesmo assim, David Grossman pediu uma trégua imediata e incondicional dos bombardeios israelenses. Claro que não foi atendido, como tampouco foi atendido seu clamor pelo fim do ataque israelense contra o Líbano em agosto de 2006. Ele perdeu um filho nessa outra guerra insana, que matou 150 israelenses e mais de mil libaneses, e destruiu milhares de casas e toda a infra-estrutura do Líbano.
IV
Por fim, um artigo recente Robert Fisk, o mais respeitado correspondente europeu no Oriente Médio, contextualiza a atual agressão israelense aos palestinos de Gaza. O artigo de Fisk - Porque bombardear Asklan é a mais trágica ironia - foi publicado no jornal londrino The Independent (30-12-2008). Vale a pena ler o texto de Fisk, pois assim o leitor saberá quem são os miseráveis moradores de Gaza.
"Como é fácil desconectar o presente da história palestina, apagar a narrativa de sua tragédia e evitar a ironia grotesca de Gaza que, em qualquer outro conflito, os jornalistas estariam descrevendo desde suas primeiras reportagens: qual seja, que os habitantes originais e legais da terra israelense almejada pelos foguetes do Hamas, hoje vivem em Gaza.
Por isso existe Gaza: porque os Palestinos que vivem em Ashkelon e campos ao seu redor - Asklan em árabe- foram destituídos de suas terras em 1948, quando foi criado o Estado de Israel e empurrados para onde residem hoje, na Faixa de Gaza. Eles -ou seus filhos, netos e bisnetos- estão entre um milhão e meio de Palestinos espremidos na fossa séptica de Gaza. 80% dessas famílias viviam no que é hoje o Estado de Israel.
Assistindo os noticiários, tem-se a impressão de que a história começou apenas ontem, que um bando de lunáticos islâmicos barbudos antissemitas apareceu de repente nas favelas de Gaza -um lixão povoado por pessoas destituídas de origem- e começou a atirar mísseis contra o democrático e pacífico Israel, apenas para dar de encontro com a indignada vingança da força aérea israelense. Nessa história simplesmente não consta o fato de que as cinco meninas mortas no campo de Jabalya tinham avós oriundos da mesmíssima terra de onde os atuais habitantes as bombardearam até a morte.
Percebe-se porque tanto Yitzhak Rabin como Shimon Peres declararam, ainda na década de 1990, que desejavam que Gaza simplesmente desaparecesse, ou que sumisse no fundo do mar. A existência de Gaza é um indício permanente das centenas de milhares de Palestinos que perderam suas casas para o Estado de Israel, que fugiram apavorados ou foram expulsos por temor à limpeza étnica executada por Israel há 60 anos, momento em que uma imensa onda de refugiados varria a Europa no pós Segunda Guerra Mundial, e um punhado de árabes expulsos de suas propriedades não importava ao mundo.
Mas agora o mundo deveria se preocupar. Espremido nos poucos quilômetros quadrados mais densamente povoados do mundo, há um povo destituído, vivendo no isolamento, no esgoto, e, durante os últimos seis meses, na fome e no escuro, sancionados pelo Ocidente. Gaza sempre foi insurrecional. A "pacificação" sangrenta de Ariel Sharon, começando em 1971, levou dois anos para ser completada e não vai ser agora que conseguirão dobrar Gaza. Infelizmente para os palestinos, perderam sua mais poderosa voz política - refiro-me a Edward Said e não ao corrupto Yasser Arafat (e como os Israelenses devem sentir sua falta)-, ficando a sua sorte, em grande medida, sem explicação, no que depender dos seus atuais porta-vozes ineptos. "É o lugar mais deplorável que já vi", disse Said, certa vez, sobre Gaza. "É um lugar terrivelmente triste devido ao desespero e à miséria em que vivem as pessoas. Não estava preparado para encontrar campos que são piores do que qualquer coisa que eu tivesse visto na África do Sul".
Claro que ficou a cargo da Ministra de Relações Externas, Tzipi Livni, admitir que "às vezes os civis também pagam o preço", um argumento que ela não usaria se a estatística de mortes fosse invertida. Foi certamente educativo ouvir ontem um membro do Instituto Empresarial Americano -repetindo fielmente os argumentos israelenses- defender o indefensável número de mortos palestinos, dizendo que "não faz sentido entrar no mérito dos números". No entanto, se mais de 300 israelenses tivessem sido mortos, contra dois palestinos, pode ter certeza que se entraria "no mérito dos números", e a violência desproporcional seria absolutamente relevante. O simples fato é que as mortes palestinas importam muito menos que as mortes israelenses. É verdade que 180 dos mortos eram membros do Hamas, mas e o restante? Se a estatística conservadora da ONU de 57 civis mortos for verdade, ainda assim seria uma desgraça.
Não é de surpreender que nem os EUA nem a Grã-Bretanha condenem o ataque israelense e ponham a culpa no Hamas. A política norte-americana para o Oriente Médio é indistinguível da israelense, sendo que Gordon Brown está assumindo a mesma devoção de cão à administração Bush, já demonstrada pelo seu antecessor.
Como sempre, os Estados árabes clientes - pagos e armadas pelo Ocidente - permanecem absurdamente em silêncio, convocando uma cúpula árabe para discutir e (se chegar a isso) apontar um "comitê de ação" que redigiria um relatório que jamais será escrito. É assim que funcionam o mundo árabe e seus líderes corruptos. Quanto ao Hamas, este terá, é claro, que suportar a desmoralização dos Estados árabes enquanto cinicamente esperam que Israel fale com eles. É o que farão. De fato, dentro de alguns meses, chegará a notícia de que Israel e Hamas mantêm 'diálogos secretos' - assim como outrora ouvimos falar em relação a Israel e a ainda mais corrupta OLP. Mas, até lá, os mortos estarão enterrados e estaremos ingressando na próxima crise do Oriente Médio". (2)
(1) tradução de Caia Fitipaldi
(2) tradução de Arlene Clemesha
A paz não passa pelo massacre
Milton HatoumDe São Paulo
I
O veterano jornalista israelense Uri Avneri afirmou várias vezes que o governo de Israel deve negociar com o Hamas, com a Síria e com a Autoridade Palestina a fim de obter um amplo acordo de paz na região. Mas Israel prefere agir militarmente a sentar à mesa de negociação. Isso porque, para Avneri, Israel tornou-se um Estado militarista, dotado de uma arrogância típica de uma potência ocupante.
De fato, a ocupação militar da Cisjordânia é a mais longa da história moderna. A ocupação, o muro que usurpou dez por cento de terras palestinas, a construção ininterrupta de assentamentos de colonos ortodoxos na Cisjordânia e na parte árabe de Jerusalém, tudo isso causa desespero à população palestina e impossibilita qualquer perspectiva de paz.
Quanto à Gaza, ninguém concorda com o lançamento de mísseis (mesmo de baixa potência) contra cidades israelenses, mas o bloqueio de toda a região de Gaza é muito mais do que uma provocação. Trata-se de um deliberado exercício de crueldade aplicado a 1,5 milhão de pessoas. Não menos cruel é o recente bombardeio, iniciado no dia 27 de dezembro de 2008 e que já matou mais de 500 pessoas, sendo mais de cem civis, entre mulheres e crianças. Se esse for o preço a pagar para que os partidos do atual governo israelense ganhem as eleições de fevereiro próximo, então mais uma vez Israel mostra que sua "democracia", a única no Oriente Médio, é uma aberração. Não há democracia com ocupação militar, muito menos com massacres sistemáticos, prisões arbitrárias e tortura. Isto serve também ao governo "democrático" de George W. Bush, o pior presidente dos Estados Unidos, segundo o escritor Philip Roth.
II
Algo de errado está acontecendo com Israel e seus cidadãos. Durante a Segunda Guerra, quando milhões de judeus já tinham sido assassinados pelos nazistas, o que fez a "comunidade internacional" para deter o Holocausto? Nada. Essa mesma comunidade - países ricos e poderosos, Estados Unidos à frente, mas também países árabes - continua a ser cúmplice de genocídios na África, no Oriente Médio e em todos os países onde os mais fracos são humilhados e massacrados. Não deixa de ser assustador que a maioria da população israelense aceite e até aprove a matança de civis palestinos e a destruição de escolas, hospitais, mesquitas, universidades e de toda a infraestrutura de Gaza.
Sem dúvida há milhares de judeus no mundo todo que condenam essas ações bárbaras das Forças de Defesa de Israel. Mencionei Avneri, mas há vários historiadores e intelectuais judeus que criticam com veemência a política belicosa e expansionista de Israel. Gostaria de citar dois. O primeiro é Richard Falk, relator especial do "Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas para os Territórios Palestinos Ocupados" e professor emérito de Direito Internacional na Universidade de Princeton. No ano passado, bem antes do atual massacre contra o povo palestino, Falk assim relatou o cerco israelense de Gaza:
"Será um exagero irresponsável associar o tratamento dos palestinos às práticas de atrocidades coletivas dos nazistas? Não creio. Os recentes desenvolvimentos em Gaza são particularmente inquietantes porque exprimem de modo evidente uma intenção deliberada da parte de Israel e dos seus aliados de submeter toda uma comunidade humana a condições da maior crueldade que põem em perigo a sua vida. A sugestão de que este esquema de conduta é um holocausto em vias de ser feito representa um apelo bastante desesperado aos governos do mundo e à opinião pública internacional para que ajam com urgência a fim de impedir que estas tendências atuais ao genocídio não conduzam a uma tragédia coletiva".
III
No artigo Israel e suas bombas nunca quiseram a paz, Haim Bresheeth, professor-titular de Estudos sobre Mídia na University of East London, escreveu:
"O exército de Israel é suficientemente poderoso para destruir todo o Oriente Médio (e, de fato, também para destruir parte importante do ocidente). O único problema é que, até hoje, jamais conseguiu mandar, sequer, no território em que lhe caberia mandar. O mais poderoso exército do mundo está detido, ainda, pela resistência palestina. Como entender essa contradição?
Bem, para começar, Israel jamais trabalhou para construir qualquer paz com os palestinos; jamais usou outro meio que não fossem os meios do extermínio, da limpeza étnica, do holocausto, para matar as populações nativas e residentes históricas na Palestina, desde a fundação do Estado de Israel, em maio de 1948.
Israel expulsou 750 mil palestinos, converteu-os em refugiados e, em seguida, passou a impedir sistematicamente o retorno deles e de seus filhos (hoje, também, já, dos netos deles), apesar das Resoluções da ONU, ao mesmo tempo em que continuou a destruir cidades e vilas, ou - o que é o mesmo - passou a construir colônias de ocupação sobre as ruínas das cidades e vilas palestinas.
Desde 1967, Israel fez tudo que algum Estado poderia fazer para tornar impossível qualquer solução política: colonizou por vias ilegais territórios ocupados por via ilegal e recusou-se a acatar os limites de antes das invasões de 1967; construiu um muro de apartheid; e tornou a vida impossível para a maioria dos palestinos. Nada, aí, faz pensar em esforço de paz. Antes, é operação continuada e sistemática para a limpeza étnica dos territórios palestinos ocupados ilegalmente.
Assim sendo, se a paz implicar - como implica necessariamente - o fim do mini-império construído por Israel, Israel continuará a fazer o que estiver ao seu alcance para que não haja paz, mesmo que a paz lhe seja oferecida numa bandeja, como a Iniciativa de Paz dos sauditas, recentemente, por exemplo. Outra vez, não se entende: se os israelenses só tinham a esperar esse tipo de oferta, se desejassem alguma paz, porque a rejeitaram, praticamente sem nem a considerar?
Faz tanto tempo que Israel rejeita toda e qualquer possibilidade de paz, que a maioria dos israelenses já nem são capazes de ver que rejeitar a paz converteu-se, para Israel, numa espécie de segunda natureza.
Mas o motivo mais aterrorizante pelo qual nenhuma iniciativa de paz jamais teve qualquer chance de prosperar tem a ver, de fato, conosco, com o ocidente.
Israel continua a ser apoiada pelas democracias ocidentais como uma espécie de força delegada, como batalhão ocidental avançado, implantado na entrada do mundo árabe, mais indispensável, tanto quanto mais dependente do ocidente, que regimes-clientes, como os sauditas e como o Iraque de Saddam até 1990.
Como uma espécie de 'encarnação' da tese do "choque de civilizações" de Huntington, Israel é, como sempre foi, mais exposta ou mais veladamente, um bastião do mundo judeu-cristão, contra os árabes e o Islam.
Isso já era verdade há décadas, mas jamais foi mais verdade do que na última década, quando a Ordem do Novo Mundo entrou em crise terminal, e começou-se a ouvir falar da "Doutrina do Choque", de "Choque e Horror", de várias 'operações' tempestade contra os desertos da Ásia e sempre contra os islâmicos.
Israel, não o Iran, possui armas nucleares e é capaz de usá-las - e várias vezes já ameaçou usá-las. Mas fala-se como se o perigo viesse do Iran, não se Israel. Os que propõem a destruição do Iran são os mesmos mercadores de tragédias que impingiram aos EUA e à Inglaterra o custo altíssimo da guerra do Iraque".(1)
Esse texto do professor Haim Bresheeth resume o que muitos intelectuais pensam sobre o atual massacre. A essas vozes críticas, somam-se o protesto de escritores israelenses como David Grosmann e ativistas do movimento Paz Agora. Todos eles exigem a desocupação dos territórios palestinos, o fim do cerco à Faixa de Gaza e uma imediata abertura de negociações com as partes envolvidas no conflito. Reivindicam também - e com justa razão - o fim do lançamento de mísseis contra a população civil no sul de Israel. Mesmo assim, David Grossman pediu uma trégua imediata e incondicional dos bombardeios israelenses. Claro que não foi atendido, como tampouco foi atendido seu clamor pelo fim do ataque israelense contra o Líbano em agosto de 2006. Ele perdeu um filho nessa outra guerra insana, que matou 150 israelenses e mais de mil libaneses, e destruiu milhares de casas e toda a infra-estrutura do Líbano.
IV
Por fim, um artigo recente Robert Fisk, o mais respeitado correspondente europeu no Oriente Médio, contextualiza a atual agressão israelense aos palestinos de Gaza. O artigo de Fisk - Porque bombardear Asklan é a mais trágica ironia - foi publicado no jornal londrino The Independent (30-12-2008). Vale a pena ler o texto de Fisk, pois assim o leitor saberá quem são os miseráveis moradores de Gaza.
"Como é fácil desconectar o presente da história palestina, apagar a narrativa de sua tragédia e evitar a ironia grotesca de Gaza que, em qualquer outro conflito, os jornalistas estariam descrevendo desde suas primeiras reportagens: qual seja, que os habitantes originais e legais da terra israelense almejada pelos foguetes do Hamas, hoje vivem em Gaza.
Por isso existe Gaza: porque os Palestinos que vivem em Ashkelon e campos ao seu redor - Asklan em árabe- foram destituídos de suas terras em 1948, quando foi criado o Estado de Israel e empurrados para onde residem hoje, na Faixa de Gaza. Eles -ou seus filhos, netos e bisnetos- estão entre um milhão e meio de Palestinos espremidos na fossa séptica de Gaza. 80% dessas famílias viviam no que é hoje o Estado de Israel.
Assistindo os noticiários, tem-se a impressão de que a história começou apenas ontem, que um bando de lunáticos islâmicos barbudos antissemitas apareceu de repente nas favelas de Gaza -um lixão povoado por pessoas destituídas de origem- e começou a atirar mísseis contra o democrático e pacífico Israel, apenas para dar de encontro com a indignada vingança da força aérea israelense. Nessa história simplesmente não consta o fato de que as cinco meninas mortas no campo de Jabalya tinham avós oriundos da mesmíssima terra de onde os atuais habitantes as bombardearam até a morte.
Percebe-se porque tanto Yitzhak Rabin como Shimon Peres declararam, ainda na década de 1990, que desejavam que Gaza simplesmente desaparecesse, ou que sumisse no fundo do mar. A existência de Gaza é um indício permanente das centenas de milhares de Palestinos que perderam suas casas para o Estado de Israel, que fugiram apavorados ou foram expulsos por temor à limpeza étnica executada por Israel há 60 anos, momento em que uma imensa onda de refugiados varria a Europa no pós Segunda Guerra Mundial, e um punhado de árabes expulsos de suas propriedades não importava ao mundo.
Mas agora o mundo deveria se preocupar. Espremido nos poucos quilômetros quadrados mais densamente povoados do mundo, há um povo destituído, vivendo no isolamento, no esgoto, e, durante os últimos seis meses, na fome e no escuro, sancionados pelo Ocidente. Gaza sempre foi insurrecional. A "pacificação" sangrenta de Ariel Sharon, começando em 1971, levou dois anos para ser completada e não vai ser agora que conseguirão dobrar Gaza. Infelizmente para os palestinos, perderam sua mais poderosa voz política - refiro-me a Edward Said e não ao corrupto Yasser Arafat (e como os Israelenses devem sentir sua falta)-, ficando a sua sorte, em grande medida, sem explicação, no que depender dos seus atuais porta-vozes ineptos. "É o lugar mais deplorável que já vi", disse Said, certa vez, sobre Gaza. "É um lugar terrivelmente triste devido ao desespero e à miséria em que vivem as pessoas. Não estava preparado para encontrar campos que são piores do que qualquer coisa que eu tivesse visto na África do Sul".
Claro que ficou a cargo da Ministra de Relações Externas, Tzipi Livni, admitir que "às vezes os civis também pagam o preço", um argumento que ela não usaria se a estatística de mortes fosse invertida. Foi certamente educativo ouvir ontem um membro do Instituto Empresarial Americano -repetindo fielmente os argumentos israelenses- defender o indefensável número de mortos palestinos, dizendo que "não faz sentido entrar no mérito dos números". No entanto, se mais de 300 israelenses tivessem sido mortos, contra dois palestinos, pode ter certeza que se entraria "no mérito dos números", e a violência desproporcional seria absolutamente relevante. O simples fato é que as mortes palestinas importam muito menos que as mortes israelenses. É verdade que 180 dos mortos eram membros do Hamas, mas e o restante? Se a estatística conservadora da ONU de 57 civis mortos for verdade, ainda assim seria uma desgraça.
Não é de surpreender que nem os EUA nem a Grã-Bretanha condenem o ataque israelense e ponham a culpa no Hamas. A política norte-americana para o Oriente Médio é indistinguível da israelense, sendo que Gordon Brown está assumindo a mesma devoção de cão à administração Bush, já demonstrada pelo seu antecessor.
Como sempre, os Estados árabes clientes - pagos e armadas pelo Ocidente - permanecem absurdamente em silêncio, convocando uma cúpula árabe para discutir e (se chegar a isso) apontar um "comitê de ação" que redigiria um relatório que jamais será escrito. É assim que funcionam o mundo árabe e seus líderes corruptos. Quanto ao Hamas, este terá, é claro, que suportar a desmoralização dos Estados árabes enquanto cinicamente esperam que Israel fale com eles. É o que farão. De fato, dentro de alguns meses, chegará a notícia de que Israel e Hamas mantêm 'diálogos secretos' - assim como outrora ouvimos falar em relação a Israel e a ainda mais corrupta OLP. Mas, até lá, os mortos estarão enterrados e estaremos ingressando na próxima crise do Oriente Médio". (2)
(1) tradução de Caia Fitipaldi
(2) tradução de Arlene Clemesha
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