quarta-feira, 12 de novembro de 2008

"A beleza que há em matar com naturalidade"

ESSA É A SEMENTE DA ESQUERDA BRASILEIRA: VISCERAIS NO ÓDIO CONTRA QUEM TRABALHA, PRODUZ E TEM SUCESSO. QUANDO NÃO CONSEGUEM O QUE QUEREM, PORQUE LHES FALTA COMPETÊNCIA E GARRA, VÃO BUSCAR NA VIOLÊNCIA! E AINDA DIZEM QUE NESSA ATITUDE CRIMINOSA HÁ BELEZA...
O surrealismo a que se dedica boa parte do governo chega mesmo a surpreender até quem já se tornou adepto da bulimia depois de engolir notícias políticas, porque não dá pra agüentar. A nova parceria Lula-Ahmadinejad tem sua coerência, admito, só que muito longe das minhas convicções.
Ideologia sofista, que desqualifica o adversário de qualquer matiz, somente porque ele pensa diferente de outra ideologia, pra mim é banditismo, pra ficar no raciocínio simplista da turma dos petralhas.
Levo a sério aqueles que sejam simpatizantes ou militantes do PT e que tenham respeito por princípios, ética, moral, enfim, aqueles que defendem, basicamente, independente de partido e de bandeira ideológica, os mesmos ideais que enobrecem o ser humano.
Concordar com eles não significa que abracei toda a ideologia que defendem.
O mesmo se dá com posições esposadas por aqueles que se identificam com a linha extremista de direita.
Idem para os de centro-esquerda e centro-direita.
Acima de tudo, falar a verdade e lutar para que suas sementes não sejam sufocadas, tragam elas À luz o que quer que seja. Bom ou ruim pra quem é de direita ou é de esquerda, isso é outra história.
E, no meio da mescla em que se expõe meu livre pensamento, posso sim, estar ao lado da lógica e da coerência de vida -- APESAR DE DETESTAR GERALDO ALCKMIN E SUA TRUPE, INCLUSIVE RESÍDUOS DA ERA COVISTA, AQUELA QUE LOTEOU O MEU ESTADO DE SÃO PAULO E ATÉ HOJE USUFRUI BENESSES ENTRE SEUS HERDEIROS, TUDO CF. PROVAS NA IMPRENSA -- ao aplaudir o único parlamentar (deputado MArcelo Itagiba) que é do mesmo partido desses que citei, que reclamou na tribuna do Congresso, em 05/11, contra a tal parceria do Brasil com o Irã, estado que se identifica com a esdrúxula teoria revisionista do holocausto nazista e prega as mesmas loucuras de Adolph Hitler.
Na Assembléia Geral da ONU, ele disse ter pensado que o encontro dos dois presidentes tinha sido apenas protocolar. Depois soube tratar-se de visita oficial de Amorim ao país que quer a extinção do Estado de Israel.
O que não é possível perdoar, é a hipocrisia do petralhismo, igual ao nazi-facismo da era Vargas, que possibilitou a morte não se sabe de quantos refugiados judeus, que não puderam entrar no Brasil, que acolheu, extra-oficialmente, até Josef Mengele, entre outros procurados pelo Tribunal de Treblinka. Foram todos mortos sem chance de defesa, na mesma Europa que fede a ranço e que tantos desejam ainda hoje incensar!
Morrem de inveja, os seguidores desse louco iraniano, incluindo o apedeuta, da soberania que Israel conquistou porque sempre fez por dom de merecer, porque é disciplinado esse povo milenar... e fiel!
Israel mostrou sua fé e capacidade de lutar pelo sucesso sempre -- quem não conhece a Guerra dos Seis Dias? -- e não foi diferente, tão logo um grande brasileiro (Osvaldo Aranha), lhe concedeu seu formidável e inesquecível voto de Minerva, para a criação do Estado-Nação.
E enquanto aquele diplomata é motivo de orgulho pela posteridade, outros do Instituto Rio Branco, nem tanto...
Deve ser isso que faz com que essa petralhada desgraçada viva para destruir tudo o que não pode ter... que nojo dessa mediocridade.
Até a volta da tal ditadura, que me parece até hoje a ditamole, seria preferível, a ter que engolir esse tipo de abuso. Afinal, matar com beleza ou com fealdade, matar por inveja ou por incapacidade de ser feliz e de se realizar ou matar de vergonha, dá no mesmo! é MATAR.
A diferença é MORRER COM DIGNIDADE e isso petralhas, vocês não sabem o que significa!
Sandra Paulino

Jornal do Brasil, 12 de novembro de 2008, quarta-feira

Coisas da Política
Eles só queriam trocar de ditadura
Augusto Nunes

"Ainda bem que a gente não chegou ao poder, porque, se isso acontecesse, teria de devolver no dia seguinte", sorriu Vladimir Palmeira no meio do debate promovido na noite de lançamento do livro de Evandro Teixeira sobre a Passeata dos 100 Mil. "
A gente não tinha preparo para governar país nenhum, todo mundo sabia muito pouco", admitiu.
Se parasse por aí, o carismático alagoano que comandou os estudantes do Rio nos barulhos de 1968 teria resumido com elogiável precisão o estado geral do Brasil daqueles tempos. Mas Vladimir continua, 40 anos depois, louco por um microfone. E desandou na fantasia: "A gente não tinha nem mesmo um projeto de poder".

Os líderes tinham, sim, e Vladimir era o primeiro entre eles. Quem não tinha era a "massa de manobra", como se referiam os chefes à multidão dos anônimos, obedientes às ordens emanadas da comissão de frente, dos chefes de alas ou dos padrinhos da bateria. O rebanho queria a ressurreição da democracia.
Os pastores queriam outra coisa, confirma Daniel Aarão Reis, ex-militante do MR-8, ex-exilado e hoje professor de história da Universidade Federal Fluminense.
"As esquerdas radicais não queriam restaurar a democracia, considerada um conceito burguês, mas instaurar o socialismo por meio de uma ditadura revolucionária", fala de cadeira Aarão Reis, que no fim da década de 60 foi o principal ideólogo de uma dissidência do PCB que seria o embrião do MR-8.
Mas Aarão Reis, como Fernando Gabeira, é daqueles que se preparam a vida inteira para a vida inteira, e são sempre contemporâneos do mundo ao redor. Para ele, 1968 estendeu-se além de dezembro, mas terminou.
O historiador enxerga com nitidez o que a maioria dos antigos líderes, todos sessentões mas ainda estacionados nos anos de chumbo, nem parecem vislumbrar.
"Não compartilho da lenda segundo a qual fomos – faço questão de me incluir – o braço armado de uma resistência democrática", constata. "Não existe um só documento dessas organizações que optaram pela luta armada que as apresente como instrumento da resistência democrática".
A dissimulação prevalecia também nos cursinhos intensivos que formavam em marxismo-leninismo jovens que jamais passavam da terceira vírgula de O Capital. Só na entrega do diploma o monitor avisava que, depois da ditadura militar, viria a do proletariado, que substituiria a bala o capitalismo cruel. Os alunos, pinçados na "massa de manobra", não descobriam de imediato que estavam lutando por um regime tão infame quanto o imposto ao Brasil.
Os líderes não eram assim tão jovens: quem está perto (ou já passou) dos 25 anos não tem direito a molecagens e maluquices. E todos ficavam sob as asas de tutores com larga milhagem.
Tão duros com o rebanho, os pastores obedeciam sem chiar aos comunistas veteranos que chefiavam as seitas. O sessentão Carlos Marighela, por exemplo, ensinava aos pupilos da ALN a beleza que há em "matar com naturalidade", ou por que "ser terrorista é motivo de orgulho". Deveriam orgulhar-se da escolha feita quando confrontados com a bifurcação escavada pelo AI-5, cumprimentava o mestre.

A rota à esquerda levava à frente de batalha onde guerreiros apoiados pelo povo aniquilariam o exército da ditadura. Vergonha deveriam sentir os que enveredaram pela caminho à direita, que desembocava na capitulação ultrajante. Surdos aos equivocados profissionais, os que se mantiveram lúcidos desbravaram uma terceira trilha e alcançaram o acampamento da resistência democrática. Estivemos certos desde sempre. Desarmados, prosseguimos a guerra contra o inimigo que os derrotara em poucos meses. E a resistência democrática venceu.
Nós lutamos pela implosão dos porões da tortura. Eles estavam longe quando Vladimir Herzog e Manoel Fiel Filho foram executados. E longe continuavam quando militares ultradireitistas tentaram trucidar a abertura política. Eles só voltaram do exílio e escaparam do cárcere porque nós conseguimos a Anistia.
A lei deve ser revista? Problema dos vitoriosos, que somos nós. Não deles, os que perderam todas, perderam tudo – menos a arrogância. Nós ressuscitamos a democracia. Eles se fantasiam de feridos de guerra. Exigiram empregos, indenizações, mesadas. Agora tentam expropriar a Anistia. Nós não lhes devemos nada. Eles nos devem até vida.

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