quinta-feira, 23 de outubro de 2008

QUEM MATOU ELOÁ?

QUEM MATOU ELOÁ?
Após o trágico desfecho do caso que durante dias ocupou mais espaço na mídia que a crise financeira mundial, diversos “especialistas” disso ou daquilo vão a público fazendo análises altamente retóricas que conduzem a julgamentos e condenação deste ou daquele.
Morro de rir ao ver pessoas que não fazem a menor idéia do que seja a POLÍCIA tecendo altas críticas a POLICIAIS altamente treinados; críticas estas baseadas unicamente no que foi visto ou ouvido pela mídia. No entanto, opinam como se tivessem o conhecimento total do acontecimento. NUNCA foram policiais.
Não imaginam o conflito causado quando se é obrigado a matar alguém – mesmo que para defender a vida de um terceiro.
Não fazem idéia do que seja tentar convencer um criminoso – que foi promovido a santo pela mídia, até apertar o gatilho – que aquilo que ele está fazendo não deve ser feito daquela forma.
Não é só o que se fala...há que se analisar como se fala.
Não é só o que se fala e como se fala... há que se concretizar algumas ações.
Neste caso a Polícia foi impedida de desenvolver o seu trabalho de forma satisfatória.
O policial encarregado da conversação com o criminoso foi, muitas vezes, impedido de manter contato por telefone, pois algum IMBECIL achou que a audiência deste ou daquele programa de televisão é mais importante que a vida das pessoas envolvidas.
Algum IMBECIL se julgou melhor negociador que aqueles policiais altamente treinados cuja única função é intervir nesse tipo de crise.
Todo o resultado positivo que porventura pudesse ser obtido pelo policial do GATE foi por água abaixo porque o IMBECIL resolveu intervir.
Tudo teve que ser reiniciado.
Criticam os policiais que lá estavam por não terem invadido o apartamento antes do que foi feito. Criticam os policiais que lá estavam por terem invadido o apartamento.
Numa ação desse tipo a surpresa é elemento essencial.
Se o criminoso não for pego de surpresa, ele tem tempo para agir.
O risco para a vítima – e para os policiais – aumenta exponencialmente.
Os imbecis da imprensa, se digladiando por pontos do IBOPE, mantiveram suas câmeras e microfones transmitindo ao vivo TUDO o que ocorria na cena.
Mostraram, ao vivo, os policiais posicionando o artefato na porta do apartamento.
Mostraram, ao vivo, toda a movimentação dos policiais, durante todo o tempo que durou o evento.
Sabiam que o criminoso poderia estar assistindo à televisão.
IMPEDIRAM que os policiais desempenhassem suas funções.
Deu no que deu.
]ACUSO a imprensa em geral, e muitos repórteres IMBECIS em particular, de terem matado ELOÁ.
ACUSO os tais especialistas de serem IMBECIS que ganham dinheiro falando sobre assuntos sobre os quais seu conhecimento é absolutamente limitado.
Se um dia eles forem policiais, talvez, após muito treinamento e experiência, consigam realmente se tornarem especialistas, como são os profissionais que lidaram com aquele assunto da melhor forma que as circunstâncias permitiram.
Será que vocês conseguem dormir em paz?
Flávio Lapa Claro
Investigador de PolíciaDAS/DEIC

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