O feminino é forte. Por isso, transformo o LUTO EM LUTA. Sempre foi assim, desde que o mundo é mundo. E bastou que uma mulher determinada assumisse a presidência do país, para, em poucos meses, a reação que já se desenhava no segundo turno da eleição que a fez vitoriosa, novamente se levantasse. Uns dizem que foi a maçonaria, outras que é a quadrilha de sempre e aqui não falamos em festa junina, bom que se esclareça. O fato é que ela também escolheu muito bem as colaboradoras, uma delas, a que usa óculos e que segundo alguns policiais paulistas frustrados e descontentes, sem eles (os óculos) ela não consegue achar nem o caminho de casa. Pode ser, mas se isso acontecer, não se preocupem estes que o grifado ressalta: HAVERÁ MUITAS MÃOS A LHE AJUDAR A ENCONTRAR O CAMINHO. Eu mesma emprestarei as minhas. Por enquanto, ela está MOSTRANDO O CAMINHO PRA VOCÊS! E o caminho é a cadeia. Isso mesmo: CA-DEI-A. Basta ver o noticiário: agora é o Tribunal de Justiça paulista quem decreta prisões e manda para cadeias, os policiais que insistem em matar e depois "arrumar" a cena do crime, ao seu belprazer. Verdade que nem todos agem assim. Mas é preciso lutar para que a normalidade e legalidade seja efetivamente obrigação e principalmente CONDUTA de todos. Por enquanto, sabemos que até quem deveria dar o exemplo (que historicamente vem de cima) não dá e ainda pior: mente. E para que a mentira não prevaleça e para colaborar no movimento de que NUNCA MAIS ACONTEÇA, é preciso que se lute e haja isenção das investigações das mortes produzidas pela PM.
Ora, qualquer ingenuidade à parte, todos sabem que a morte do Sd PM NASCIMENTO, do 42BPM/M aconteceu porque ele denunciou seu comandante (DESDE 2006, NO EMBU DAS ARTES QUANDO PRENDEU COMPANHEIROS DE FARDA EM FLAGRANTE DE ROUBO DE CARGA). LOGO, NÃO PODE TER SIDO JAMAIS, EM TEMPO ALGUM, ENVOLVIMENTO DELE COM OU CONTRA TRAFICANTES DO BAIRRO ONDE NASCEU, CRESCEU E SEMPRE SE MOSTROU TAL E QUAL ERA: UM POLICIAL COMPROMETIDO COM SUA CORPORAÇÃO! Seus pais, embora vitimizados e criminalizados como todos os que moram em favela, ou, pelo neologismo hipócrita "COMUNIDADE", que não passa de jogo semântico para evitar ofender os que moram mal e vivem debaixo de constante violência PRODUZIDA (que é aquela que o Estado usa como controle social), sempre foram trabalhadores e lhe deram, dentro do que é possível dar a um filho, o melhor. JULIO, como era conhecido na vizinhança, composta de amigos de décadas e parentes (como todo nordestino, rodeado de tios, primos e agregados), era um sujeito boa praça, bom filho, irmão, cunhado, sobrinho, neto, primo; brincalhão, que lavava o carro, na companhia de um menino de 8/9 anos, que ele chegou a empurrar com suas mãos, para não ser alvejado, quando percebeu que ia morrer, tamanha surpresa ao ver dois garotos franzinos, descendo da moto e prontos pra atirar... Esses garotos foram cooptados, claro... todos sabem como é... eu sei que comigo foi um vizinho de mais de 15 anos que nunca tinha "dado ocorrência", até o dia em que, dependente químico e seduzido pela oferta de míseros 50 reais, resolveu golpear a mim e ao marido com um facão. Assim, do nada. E a polícia não se interessou por nada, passados já quase ano e meio do ataque. Exceto, claro, nos criminalizar e dizer que fomos nós, as vítimas, os culpados pelo (in)compreensível ataque.
Agora, também com o Sd NASCIMENTO se dá o mesmo. A polícia nem mesmo se dá ao respeito de encontrar desculpa um pouco mais convincente, não tão esfarrapada! Corre, já, nas calçadas, a história de que ele teria entregue aos companheiros de farda, a descrição de um garoto, menor, que seria vizinho da mesma rua, cerca de 50 metros de sua própria casa, porque estaria portando certa quantidade de drogas. Pior: seria filho de uma escrivã de polícia da delegacia de Cotia. Mais improvável ainda: o garoto teria sido atropelado, depois de "escapar" das mãos de policiais militares que o haviam detido, todos, obviamente, treinados e muito mais capacitados do que ele, menor e infrator, tanto física como emocionalmente. A completar o quadro da mentira, um aviso, esse verdadeiro, vindo de qualquer "Iscariotes" escalado para assustar a família: espalhando a notícia daquilo que, de verdade, era já a sentença de morte.
Ora, "Senhores": embora eu já tivesse saído de circulação, porque no meio em que se coligem informações havia chegado a bom tempo a notícia de que seria o próximo alvo, durante o velório do PM, chegou para a família a justificativa de alguém que vive do tráfico de drogas, de que ninguém do morro do macaco tinha nada com o assassinato.
Ao contrário, um certo indivíduo chegou a mandar condolências à família, lembrando a infância partilhada com o amigo, agora morto, e que na estrada da vida, tinha tomado rumo supostamente mais feliz. Sim, supostamente, porque ele que era do lado da lei, estava morto.
Como, em sã consciência negar crédito ao vizinho, mesmo que ele seja "do tráfico" se ele sempre se comportou bem socialmente. Longe de justificar ou aceitar que um traficante tenha escrúpulos, porque sua própria conduta nega isso. Mas o que dizer daqueles que apesar de enverganharem impecável uniforme, formam guangues, prometem mal, reunem assassinos em clubes, participam da divisão dos despojos dos "criminosos" principalmente provenientes de estouros de caixas eletrônicos e amaldiçoadas maquininhas de caça-níqueis que tanto infelicitam a sociedade e ainda posam de boa gente?
Eu tenho asco de vocês todos!
Foi essa raiva que me animou a iniciar essa luta e saibam: não estou sozinha.
Acabou o luto. Agora é luta!
Sandra A Paulino e Silva.
COMISSÕES / DIREITOS HUMANOS
04/10/2011 - 16h31
Integrantes de movimentos sociais denunciam atentados
Várias denúncias de atentados contra integrantes de movimentos sociais foram feitas nesta terça-feira (4) durante audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH). A audiência foi solicitada pelo presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS).
Em uma das denúncias, Edson Francisco, membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), afirmou que dois homens tentaram assassiná-lo no dia 6 de setembro passado, após invadirem sua casa, localizada na cidade-satélite de Brazlândia, no Distrito Federal. Ele contou que vários tiros foram disparados, sendo que um deles o atingiu de raspão. Edson apresentou fotos dos tiros que atingiram sua casa e mostrou a cicatriz que teria sido causada pelo atentado.
Para os participantes da audiência, casos como esse seriam reflexo da "criminalização dos movimentos sociais" que ocorre no país.
Grupo de extermínio
Além dessa e de outras denúncias de atentados contra integrantes de movimentos sociais, a advogada Sandra Paulino pediu que seja "federalizada" a investigação da morte do soldado Júlio César de Lima, da Polícia Militar de São Paulo, que denunciou aexistência de um grupo de extermínio na PM de seu estado. Sandra Paulino, que está sob proteção, era a advogada de Júlio César.
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- Venho falando desse grupo de extermínio há 16 anos. E tenho, por causa disso, vários processos contra mim - protestou ela.
Ao reiterar o pedido de que a investigação passe ao âmbito federal, Sandra disse que, ao contrário do que a PM de São Paulo informou, essa entidade não estaria realizando a devida apuração do crime.
Paulo Paim declarou que vai encaminhar as denúncias apresentadas nesta terça-feira ao Ministério da Justiça.
Também participaram da audiência os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Lídice da Mata (PSB-BA) e Marinor Brito (PSOL-PA) e os deputados federais Chico Alencar (PSOL-RJ) e Érika Kokay (PT-DF).
Ricardo Koiti Koshimizu / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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