Este blog pretende retratar a delicada tarefa de defesa de policiais militares, em especial no Estado de São Paulo. Alcançará outros assuntos, conexos com a Justiça, Polícia Judiciária e área governamental. Assuntos ligados ao interesse individual/coletivo em contraponto à crise que se espraia, silenciosa e traiçoeira, devastando interesses humanos e materiais pela sua imponderabilidade, são o ponto alto mundial. Comentários serão sempre bem-vindos,responsabilizado o autor em caso de excessos.
domingo, 21 de setembro de 2008
VERGONHA: JUSTISSA NO BRAZIL
28/5/2008 15h 16m
Promotor de Justiça de Taubaté é investigado por envolvimento em lavagem de dinheiro.
Foi acatado pelo Procurador Geral de Justiça o pedido de afastamento do promotor de Taubaté, Luiz Marcelo Negrini de Mattos. Ele colocou o cargo no Grupo de Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaerco), à disposição depois da divulgação de uma denúncia de que ele teria negociado carros de traficantes. “Foi uma conversa que eu mantive com a promotoria e num acordo, nós chegamos à conclusão que para a instituição mostrar uma transparência na sua administração e na minha situação, como eu não devo nada, então eu optei por colocar meu cargo à disposição do procurador”, explica o promotor de justiça Luiz Marcelo Negrini. O afastamento veio depois de uma denúncia feita à Corregedoria da Promotoria do Estado de São Paulo. Nesses documentos, Luiz Marcelo Negrini de Oliveira Mattos, aparece como proprietário de 14 carros, que teriam sido negociados na loja de um amigo dele. No ano passado, o dono do comércio foi investigado pela Polícia Civil numa operação que levantava dados sobre a lavagem de dinheiro de traficantes. O promotor de Taubaté assume que teve 10 dos 14 carros e confirma a amizade com o empresário, mas nega que o comerciante tenha envolvimento com o crime. “Um desses comerciantes, realmente, é meu amigo, como amigo de vários juízes e promotores da cidade que também são clientes da mesma loja. Na verdade, é que esses carros foram de minha propriedade ao longe de mais de quatro anos e foram comprados e vendidos legalmente, sem nenhum problema, mas eu jamais tive de uma só vez no meu nome”, conta Negrini. A denúncia foi apresentada por um policial civil acusado de extorsão, em 2004 e quem encaminhou a denúncia à Justiça foi Marcelo Negrini. Na época, o policial acusado e mais quatro investigadores foram afastados. De acordo com o promotor esse seria o motivo das denúncias levantadas contra ele. Além de se defender das acusações, o promotor vai tentar provar que os documentos apresentados contra ele foram forjados. Nos documentos apresentados contra o promotor estão dois pedidos de transferências de carros de traficantes para o nome dele. O promotor diz que os papéis foram falsificados. Que teriam selo de autenticação e a assinaturas iguais. Os mesmos documentos foram avaliados pela Corregedoria da Promotoria Pública Estadual. O procurador Hermann Herschander pediu o arquivamento do processo, por considerar que não há provas suficientes para uma acusação contra Negrini. A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo informou que tramitam na casa, em segredo de justiça, dois processos envolvendo o nome do promotor. O dono da loja de veículos não foi encontrado para comentar o assunto. O denunciante, que é um ex-policial civil também não foi localizado.
http://www.vnews.com.br/site_new/detalhe_area.aspx?id=30020&type=1
28/5/2008 19h 57m
Promotores manifestam apoio a Luiz Negrini, investigado por lavagem de dinheiro
O procurador geral da Justiça de São Paulo, Fernando Grella Vieira, recebeu nesta quarta-feira (28) uma carta dos promotores de Taubaté manifestando apoio ao promotor Luiz Marcelo Negrini. Ele se afastou do Gaerco (Grupo de Prevenção e Repressão ao Crime Organizado do Vale do Paraíba) depois de denúncias de que ele teria negociado carros com traficantes. Agora, ele vai atuar como promotor de Taubaté.
“Foi uma conversa que eu mantive com a Procuradoria e de comum acordo chegamos a decisão, de que para a própria instituição mostrar transparência na sua administração. Na minha situação também, como não devo nada, decidi colocar a disposição meu cargo de procurador”, conta Luiz Marcelo.Na carta enviada ao procurador geral, os promotores manifestaram apoio e solidariedade a Luiz Marcelo Negrini.No documento, eles dizem que estão preocupados com a imagem da instituição por causa das denúncias. A carta foi assinada por todos os nove promotores públicos de Taubaté.O afastamento veio depois de uma denúncia feita à corregedoria da Promotoria do estado de São Paulo. Nesses documentos, Luiz Marcelo aparece como dono de 14 carros, que teriam sido negociados na revendedora de um amigo. Em 2007, o dono da loja foi investigado pela polícia numa operação que levantava dados sobre lavagem de dinheiro de traficantes. O promotor assume que teve 10 dos 14 carros e confirma a amizade com o comerciante, mas nega que o amigo tenha envolvimento com o crime. “Um desses comerciantes realmente é meu amigo, como é amigo de vários juízes e promotores da cidade, que são clientes da mesma loja. Na verdade, os carros foram de minha propriedade ao longo de mais de quatro anos. Eles foram comprados e vendidos legalmente, sem nenhum problema, mas jamais eu tive todos esses veículos de uma vez só no meu nome. Isso seria impossível”, defende-se o promotor. A denúncia foi apresentada por um policial civil acusado de extorsão, em 2004. Quem encaminhou a acusação à justiça foi Marcelo Negrini. Na época, o policial acusado e mais quatro investigadores foram afastados. De acordo com o promotor, esta seria uma retaliação por parte do policial contra ele. O Ministério Público de São Paulo ainda não se manifestou sobre o conteúdo da carta enviada pelos promotores de Taubaté ao procurador geral da Justiça. O denunciante e o dono da loja citados na reportagem não foram encontrados para comentar o caso.
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