domingo, 23 de fevereiro de 2014

NOSSA RAIZ DE ÓDIO

O HOMEM CORDIAL - segundo a obra "Raízes do Brasil", do importantíssimo historiador Sérgio Buaque de Holanda, é aquele que age pelo coração, passionalmente por amor ou ódio.

A conotação que esse autor deu à sua obra, é frequentemente confundida pelos que não saber ler especialmente nas entrelinhas, pois a idéia é justamente desenvolvida em contrário ao conceito de "polidez".

Daí a proliferação de bobagens como "brasileiro é hospitaleiro", pacífico e outras pérolas...

O deleite pela força e pela violência, MOVIDO ESSENCIALMENTE PELO ÓDIO é a nossa verdadeira raiz e está destruindo nosso país.

Nossa sociedade falocêntrica, de pensamento masculino na sua essência, valoriza cada vez mais a força, violência, reação, festejando o ódio na defesa do que quer que seja: desde amarrar negrinhos em postes, até a famigerada idéia de que "bandido bom é bandido morto".


Aqueles que defendem historicamente as liberdades públicas, são vistos como "inimigos".

Os que querem ver a lei cumprida, para todos e em igualdade de condições ou que lutam por isso com armas como a caneta, subscrevendo requerimentos e afins, são os incômodos e atraem sobre sí o ódio do ESTADO, na figura de seus agentes, quase sempre medíocres e que agem com ódio para revidar as ousadias destes.

A cultura do respeito, da paz, da partilha, do dar a cada um o que é devido é coisa de fracos... ou de loucos. Se não forem, o ódio se movimenta e até "cria" situações sob medida para que sejam os odiados assim expostos.

Quais são esses seres sociais que tanto ódio atraem por onde passam?

Seriam médicos?

Professores?

Padres?

Engenheiros?

Juízes?

Donas-de-casa?

Estudantes?

Prostitutas?

Fazendeiros?

Poetas?

Escritores?

Policiais?

Políticos?

A sociedade conservadora, mata por um bem material, reage “à bala” por um automóvel ou um punhado de dinheiro retirado no caixa eletrônico, quem sabe até mesmo pela “impressão” de uma agressão iminente.



Incentiva, essa parcela bem alimentada, bem vestida e calçada, estudada e comportadamente empregada e divertida, respeitadora das normas postas e supostamente inteligente, desde que nada lhe morda! Só que essa mesma parcela da população prega o ódio misturado com quadrinhas de “obrigado Senhor!”, florzinhas e anjinhos com harpa via Facebook, pedindo pena de morte, redução da maioridade penal, liberdade de manifestação aos jovens “blackblocks” que reagem a não-sei-o-quê e aproveitam a “onda” de direito de expressão para pregar a segregação pelo ódio generalizado ao diferente: desde o pobre ou simplesmente mal-vestido, até o nordestino, negro, gay, vagabundo do bolsa-miséria e os que tem ficha na polícia.


Reage com ódio contra tudo e contra todos os que puserem em simples risco, ainda que apenas “imaginado”, qualquer de seus “bens”.

Exporta esse tipo de pensamento e ação para outras sociedades, através de redes sociais, não apenas dentro do país, mas fora dele. Dá palpites sobre a política da Venezuela, Ucrânia e outros lugares, esquecendo que sequer conhece a história do seu próprio país.


Para essa parcela reacionária, pobre de conceitos básicos da sobrevivência humana, estúpida ao ponto de pensar que é possível apagar da História a ser ainda escrita, com a tinta da VERDADE, que é indelével por isso mesmo, o Blog traz hoje algumas linhas mais antigas e o contraponto da atualidade.

Em 1936, Sérgio Buarque de Holanda, depois de ver a ascensão do Nazismo, quebrando o Tratado de Versailles, escreveu sobre esse tema do ÓDIO.


O Brasil, distante da guerra, naquele momento, inclusive da Alemanha Nazista e da Itália Fascista, parecia uma ilha de tranquilidade, TANTO QUE SE SUSPEITA QUE JUSTAMENTE PARA CÁ VEIO HITLER:



Mentira! nosso país era muito mais ativo na expressão do ódio e já havia manifestado esse sentimento bem antes.

Como continua a expressar esse sentimento coletivo, nas manifestações de racismo, ressentimento social e sobretudo, repressão policial, que não cessa de ser exibida para deleite daquela parcela já referida e que concorda que é preciso cada vez mais repressão e violÊncia policial.

No século 17, o ódio das forças de repressão extinguiu o Quilombo dos Palmares matando seu líder Zumbi com ódio e extrema crueldade, inclusive costurando seu pênis dentro da boca, demonstrando contra aos insurgentes da rebelião escrava, do que era capaz. Talvez daí deriva o uso do termo "haitianismo" na Bahia, dois séculos depois, para alertar que a "negrada" local podia se insurgir repentinamente e causar estragos, derrubando o regime injusto. Tudo movido a ódio.


A instituição do regime escravocrata, nos acompanhou a todos durante quase três séculos e meio e o Brasil foi um dos últimos (senão o último) país a abolir essa prática infame. Quem duvida, leia O ABOLICIONISMO, de Joaquim Nabuco.

Logo depois dessa "abolição" oficial do regime escravo imposto à população sequestrada de suas liberdades, CANUDOS, no interior da Bahia, foi palco de uma resistência movida também a ódio, se bem que maquiada em religiosidade. O Governo mandou 4 Expedições Oficiais para acabar com a insurgência popular, incendiando o povoado onde se encontravam os que lutavam por liberdade, matando a todos.


Tudo isso porque Antonio Conselheiro, líder local, tinha simpatia do povo pobre, faminto e esquecido das mesmas hostes governamentais que em certo momento encontrou razões para mandar tropas de extermínio. 



E quando correu a notícia de que lutava o líder junto com essa gente, muitos lhe vieram em socorro. Este fato era a maior preocupação dos donos de vastas propriedades, antigas capitanias hereditárias. “Imagine se essa gente invade o que é nosso?” Alguma lembrança dos atuais movimentos campesinos na sua luta por terra? Veio então a forte repressão que acabou com praticamente todos os insurgentes mortos. O corpo de Conselheiro foi exumado para se lhe expor as vísceras e cortar a cabeça, expressão de barbárie das forças de segurança e ódio, muito ódio, intenso ódio. Alguém lembra das decapitações recentes em PEdrinhas-MA ou da família que impôs a maior miséira e atraso a esse Estado da Federação? Até um açude enorme foi feito para inundar o lugar:



A guerra do Contestado, no Cangaço, reprimiu com altíssimo grau de crueldade, o bando que não era "flor que se cheire", mas que afinal também tinha direitos e não se repete a maldade em nome de seu próprio combate. O ESTADO não pode agir de forma emocional, mas ali agiu com ódio. É realmente vergonhoso que ainda se encontrem as cabeças de Lampião e sua Maria Bonita expostas no Museu Nina Rodrigues, na Bahia.



O pretexto usado na época de suas decapitações e do resto do bando, era "conhecer a maldade" e estudar esse "fenômeno" através da frenologia, prática já abolida e que foi desacreditada tanto quanto as teorias de Césare Lombroso, muito perceptíveis de serem acomodadas aos que queriam ver apenas crânios de negros e indígenas sendo "estudados" concluindo tratarem-se de seres selvagens, que deviam ser mortos para não por em perigo a coletividade. ]Alguém tem notícia de crânios de gente bem branca, loira de olhos azuis?



As revoltas ou revoluções ou guerras internas quaisquer que fossem, sempre foram movidas a ódio.

Estranha "assinatura" da República Riograndense de 11 de setembro de 1836, que seguiu até 1845, a Guerra dos Farrapos separou o Sul do "resto" do país e até hoje se fala da marca do ódio daquela época. 


Fala-se através de toda a história do Brasil, mal contada e mentirosa, em revoluções, movimentos, contestados e afins, jamais em GUERRA CIVIL. A sabinada, a balaiada, a tenentada, enfim, são apenas agitações, no máximo "REVOLTAS", sem esquecer do grosso componente que as move: ódio!

Guerra civil é a reação de pessoas de um país, contra gente do mesmo país!

A década de 30 foi uma década de ódio profundo: Intentona Comunista no Brasil, reação do ditador Vargas e seu Estado Novo.

O episódio de 1932 não foi outra coisa senão GUERRA CIVIL. E de intenso ódio. Os militares da hoje extinta FORÇA PÚBLICA PAULISTA estavam rebelados, e a exemplo do que aconteceu em Canudos, receberam voluntários que engrossaram essa tropa rebelde que brigava contra a ditadura de Getúlio Vargas. Dois anos antes, o ditador tinha fechado o Congresso e anulado a Constituição.



Muito mais pela vaidade, mas sempre usando o ódio dos que eram oprimidos, as tropas de enfrentamento das governistas, puseram a perder 800 vidas. O impacto da derrota de 2 de outubro não é propagado, sequer mencionado, contentando-se até hoje as forças de segurança em SP em altivamente festejar o 9 de Julho, porque a constituição "polaca" outorgada pelo ditador, veio, afinal, em 1934. Tudo permeado de muito ódio. Afinal, o ditador se matou? ou foi o ódio e a perfídia que o mataram?



O que se pode dizer, sem medo de erro ou exagero, é que há pouco mais de 80 anos, fazendeiros, engenheiros, médicos, advogados, professores, donas-de-casa, balconistas, operários e militares se uniram para dar um basta à ditadura.

Essa mesma ditadura nasceu de outro movimento armado, a revolução de 1930, quando foi deposto Washington Luiz e impediu-se Julio Prestes, eleito, de assumir o governo. Oportunista, o advogado gaúcho Vargas, aceitou a candidatura que lhe foi oferecida, contra SP que rompeu com MG, estado aliado do golpe de 3 de outubro, que se desfechou impedindo a posse do candidato eleito. Ficou o ódio bem marcado, que alimentaria mais tarde a revolução de 1932, nada mais que uma tentativa de responder à traição das tropas de MG contra SP.

As grandes oligarquias seculares, viram acontecer o "crack" da Bolsa de NY em 1929 e os ricos barões do café, contando prejuízos incalculáveis especialmente no Interior, como Ribeirão Preto e adjascências, foram os responsáveis pela ascenção do mesmo ditador, justamente a quem odiavam, colaborando com recursos que mais tarde cobraram para se refazer dos golpes financeiros sofridos. Populista, vendo o povo explorado, mostrou que "protegia" a classe trabalhadora, granjeando para si a simpatia da massa dos explorados. SP se vingou com ódio, expondo vidas de 800 inocentes que ingenuamente acreditaram que o melhor era lutar contra o governo federal. "Ouro para o bem de SP" foi uma campanha para arrecadação de fundos e compra de material bélico que não tinha e que até estudantes da Politécnica tentaram inventar, ainda que não fosse exatamente arma de guerra, mas uma engenhoca capaz de fazer barulho e tentar assustar o inimigo. E perdeu SP fragorosamente, ficando apenas com o ódio.



Essa guerra civil jamais acabou.

Ao contrário, ela se transferiu para os grotões onde a miséria imperava e animou as ligas camponesas depois rapidamente com auxílio de setores progressistas da ICAR, melhoradas em Comunidades Eclesiais de Base, transformadas no que hoje é o MST, fortemente reprimidas por tropas governamentais.





Ajuntou em outros cantos, como as favelas, num iníquo jogo semântico chamadas "comunidades", os que vieram para SP em busca do sonho de vida melhor, longe das mazelas do abandono estatal, tudo devidamente alimentado por ódio dessa gente que "suja a cidade", uma enorme quantidade de migrantes de todos os matizes, desde os nordestinos "cabeça-chata" até as mais diversas etnias indígenas "os vagabundos" que comem mandioca porque "não precisa cuidar, nasce sozinha".




Os jogos de poder, nascidos com o ódio gerado da mudança da Capital para o Planalto Central, se avolumaram em forma de morros ocupados na cidade maravilhosa, arrasada pouco a pouco, pelo ódio dos que quiseram destruir-lhe qualquer reação contrária a protestar contra o saque sofrido.




A prática do sacrifício judaico-católico-cristão de animais, para a salvação de corpos e almas, encontrou ali, assim como em outras paragens, uma forma de aplacar o ódio sentido pelos que são vítimas dessa opressão constante, remodelada e sempre presente. Só que ela é apenas mais uma forma de religiosidade que acalma temporariamente o ódio. E o embruha todo ano em fantasias que entorpecem também momentaneamente a alma dos desvalidos.





O golpe de 1964 tem histórico de sobra, ainda mais atualmente, com toda a vasta informação disponível aos que quiserem e se dispuserem a entender a verdadeira História brasileira. Nessa marca nada honrosa e lamentável do país, é possível vermos traços de ódio enraizado, iludindo-se novamente as massas para o perigo comunista, que precisava ser exterminado. Tudo ódio. E vaidade. E interesses. Hoje já se sabe que militares receberam sim, vultosas somas para que Jango fosse deposto, não fizesse as reformas de base e o poder, com toda sua carga de ódio secular, continuasse nas mesmas mãos.

Em todo o país, mas especialmente no eixo Rio-SP, a violência é ingrediente presente e sempre crescente: em casa, na escola, no hospital, no trânsito, no trabalho, nas cidades e no campo, nas relações mais diversas da sociedade, nas relações de pessoas entre sí gera cada vez mais ódio. Tirando nossa família, nosso condomínio fechado, nosso grupo de iguais, todo o mais é ódio.





As manifestações de reação no PINHEIRINHO reprimidas com violência e crueldade pela polícia paulista, tem seu saldo de ódio: desocupação forçada de várias famílias que estavam há anos em terreno cuja reintegração foi pedida judicialmente por um investidor suspeitíssimo, de relações com o antigo regime da ditadura civil-militar, Naji Nahas.



Aquela terra já tinha sido banhada em sangue e muito ódio; foi palco de chacina de uma família de alemães inteira, coisa que pouquíssimos abordam com honestidade, mas que é possível verificar e comprovar em registros históricos recentes:


Paulo Moreira Leite lançou há pouco menos de uma semana " A Outra História do Mensalão. " prefaciado por Janio de Freitas, que compara o clima político vigente no país ao que vigeu durante a ditadura militar, referindo-se a “Uma carga de ódio e ferocidade não perceptíveis desde a ditadura”.




Como Moreira Leite, o prefaciador aponta o risco para a democracia que envolve a transformação do Supremo Tribunal Federal em instrumento político de um setor da sociedade e dos partidos políticos que o representam.




Tácito, um clássico do pensamento, diz que "a gratidão é um peso e a vingança é um prazer". 

Aproveitando essa máxima, muitos se admiram da “falta de gratidão” de Joaquim Barbosa a quem o indicou para a suprema corte brasileira: Lula; esquecendo de analisar o ódio que o indicado tem de si mesmo, de sua condição, do seu afastamento do Instituto Rio Branco com anotações não publicadas mas nem por isso não conhecidas. Esse ódio é o que lhe move selecionando acusados e execução de penas, pirotecnizando como se espetáculo circense fosse, o que não é senão uma fraude grosseiramente montada com objetivos claramente políticos, de manutenção da classe dominante, que incentiva o ódio, no poder. Ele próprio será excluído.
                


Valoriza-se há muito tempo a decisão, o que briga, o que enfrenta, o que tira satisfação, o que demonstra força, o que bate, prende e arrebenta, o que "ganha" ao demonstrar o seu ódio, não aquele que busca consenso, que conversa, que dialoga, que cultiva a paz. Esse é massacrado, o outro massacra.

Infelizmente, ainda será preciso que muitos se levantem para eliminação do ódio, com ódio, evidentemente, porque senão a escravidão continuará a ser não apenas mau presságio que se arrasta em pesadas nuvens sobre a maioria, mas de novo a execução mostrada pelo feitor aos que assistem o estalar do chicote.



NO BRASIL, O SISTEMA QUE PROTEGE O BANDIDO ALIMENTA TODA A CADEIA SECULAR DO ÓDIO.

DESDE O IMPÉRIO, SABEMOS QUE AS FORÇAS DE SEGURANÇA ANDAM DE MÃOS DADAS COM O PODER MAIOR: A TOGA.

A PARTIR DA CRIAÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, SOMENTE DURANTE O GOVERNO PETISTA, FOI POSSÍVEL DAR VISIBILIDADE AO GRANDE "NEGÓCIO" EM QUE SE TRANSFORMOU O PODER JUDICIÁRIO.

LULA TINHA TOTAL RAZÃO QUANDO FALOU EM ABRIR A "CAIXA PRETA DO JUDICIÁRIO".

O ÓDIO CONTRA OS POBRES, NEGROS E SIM, CONTRA QUEM FALA!

TODOS NÓS SABEMOS QUE UMA DEMANDA JUDICIAL CONSOME SEMPRE MUITO DINHEIRO, TEMPO E FORÇAS DE QUEM LUTA.

E POR QUÊ É ASSIM? PORQUE TODOS NÓS TAMBÉM SABEMOS QUE JUÍZES AGEM DE FORMA DESPÓTICA, COMO SE NÃO DEVESSEM SATISFAÇÃO A QUEM QUER QUE SEJA.

SE A LEI DIZ QUE NÃO É ASSIM, NA PRÁTICA, VALE O PODER QUE O ESTADO OUTORGA A CADA UM DE SEUS AGENTES E O QUANTO ESSE MESMO ESTADO COBRA DE FISCALIZAÇÃO SOBRE ESTES.

AÍ JUSTAMENTE SE ENCONTRA O NÓ GÓRDIO DESSA DELICADA QUESTÃO! JUÍZES QUASE SEMPRE SE COMPORTAM COMO "DEUSES"!

TOMANDO-SE A HISTÓRIA MAIS ANTIGA, QUANDO O BARÃO DE MAUÁ FOI DESAPOSSADO DE TODO O SEU PATRIMÔNIO POR DECISÃO NO MÍNIMO INJUSTA E NO MÁXIMO VENAL, OU A MAIS RECENTE, ONDE OS MORADORES DE PINHEIRINHO FORAM DESALOJADOS DE SUAS HABITAÇÕES, PASSANDO POR UMA INEXPLICÁVEL MENTIRA ATÉ HOJE NÃO ESCLARECIDA, DE QUE A REINTEGRAÇÃO ESTARIA SUSPENSA -- DADA ESSA PALAVRA DE GARANTIA POR IVAN SARTORI, PRESIDENTE DO TJ AO SENADOR EDUARDO SUPLICY E OUTROS PARLAMENTARES, O QUE TEMOS? INTERESSES MAL DISFARÇADOS.

JUÍZES NUNCA SÃO COBRADOS, POR ISSO, AS MAIORES BARBARIDADES DESSA DISSEMINAÇÃO DO ÓDIO TEM RAÍZES HISTÓRICAS DENTRO DE TRIBUNAIS. SÃO PAULO TEM DESTAQUE ESPECIAL.

ATÉ A MINISTRA ELIANA CALMON FALOU SOBRE A DIFICULDADE DE INSPEÇÃO EM SÃO PAULO. E O TJ PRECISA SIM, DE INSPEÇÃO E ISSO PRECISA SER FEITO DE MANEIRA URGENTE!

EMBATES DA JUSTIÇA, EXPOSTA EM SUA NUDEZ:

COMEÇANDO COM DESVIOS QUE ATINGEM A IMAGEM DE UM PRESIDENTE ATÉ CHEGAR A UM GOVERNADOR, QUASE SEMPRE ACOBERTADOS POR QUEM DEVERIA INVESTIGAR ESSES ABUSOS E NÃO O FAZ.

http://fenasj.jusbrasil.com.br/noticias/2567727/viana-santos-mp-investiga-bens-de-presidente-do-tj-sp-morto-em-janeiro


Viana Santos: MP investiga bens de presidente do TJ-SP, morto em janeiro

Publicado por Federação Nacional dos Servidores do Poder Judiciário dos Estados e Distrito Federal(extraído pelo JusBrasil) - 3 anos atrás
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Viana Santos: MP investiga bens de presidente do TJ-SP, morto em janeiro MP investiga bens de presidente do TJ-SP, morto em janeiro
Portal Vermelho
Apuração se baseia em denúncia de enriquecimento ilícito também enviada à PF. Receita e ao próprio tribunal dez dias antes da morte de Viana Santos
O Ministério Público rastreia denúncia de suposto enriquecimento ilícito e tráfico de influência envolvendo o ex-presidente do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, desembargador Antonio Carlos Viana Santos, que morreu em 26 de janeiro, aos 68 anos. Viana teria adquirido, nos últimos meses de sua vida, bens em valores muito superiores aos seus rendimentos como magistrado - com 42 anos de carreira, seu contracheque alcançava R$ 30 mil, valor bruto, incluídos quinquênios e outros benefícios da toga. O orçamento era reforçado com aposentadoria de professor.
A investigação se baseia em denúncia que preenche 11 páginas - cópias chegaram à Polícia Federal, Receita, TJ e Ministério Público dez dias antes de Viana morrer. O relato, de uma pessoa que se identifica como "pecuarista e ex-prefeito", aponta dados sobre a evolução patrimonial do desembargador. O Ministério Público abriu procedimento preparatório de inquérito civil - no âmbito penal, em caso de morte do investigado, a punibilidade fica extinta; mas, no aspecto civil, providências podem ser tomadas para identificar beneficiários.
Um item do acervo é o Porsche Cayenne preto, ano 2011, placas EBM-7373, que Viana adquiriu em dezembro. Ele transferiu o carro, avaliado em R$ 340 mil, para o nome de Maria Luiza Pereira Viana Santos, sua mulher, em 7 de janeiro. Outros itens apontados são dois imóveis, nos Jardins, um deles na Rua José Maria Lisboa, de R$ 1,4 milhão.
Viana foi encontrado morto em sua casa, vítima provavelmente de enfarte agudo do miocárdio. A polícia investiga a morte. Depoimentos indicam graves desavenças familiares.
O autor da representação diz que foi alvo de uma ação e, por meio de sua procuradora, conheceu uma advogada, ex-aluna de Viana. Ele diz que participou de um almoço-reunião com pessoa próxima de Viana em um restaurante da Alameda Lorena e ela teria dito que seus honorários eram R$ 200 mil, "facilitados em três parcelas" - R$ 100 mil à vista e duas de R$ 50 mil.
"Acreditando no ótimo assessoramento jurídico' aceitei o valor a ser pago, condicionando o pagamento da primeira parcela, em espécie, em um próximo encontro naquele mesmo local, mas com a presença do presidente do tribunal, pois além da oportunidade de conhecê-lo pessoalmente, queria ter a certeza que o mesmo estava a par de tudo e, principalmente, queria ouvir do próprio presidente do TJ-SP o que seria feito e o esperado resultado", diz o denunciante. "Fomos recepcionados pelo próprio proprietário, o qual já tinha uma mesa reservada", afirma. "Após alto consumo de álcool, já me considerando amigo, fiz questão de entregar o dinheiro para o Viana, acondicionado em uma caixa de sapato dentro de uma sacola."
"Pediu para depositar os próximos R$ 50 mil em uma conta do Banco do Brasil que, para minha surpresa, tinha como titular o próprio presidente do tribunal", diz. "Obtive resultado desfavorável na demanda judicial. Após assumir a presidência do TJ, Viana passou por grande mudança na vida, principalmente financeira."
Da redação, com informacoes O Estado de S. Paulo

PASSANDO PELA CATÁSTROFE DE PINHEIRINHO:

http://andradetalis.wordpress.com/tag/desembargador-ivan-sartori/

Advogados e representantes da associação de moradores do Pinheirinho, em São José do Rio Preto, se reuniram com a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, nesta terça-feira (19/6) para pedir que seja apurada a atuação da Justiça Paulista no caso da reintegração de posse do terreno. A associação pediu ainda que o CNJ estude a possibilidade de regulamentar os procedimentos adotados pelo Judiciário em ações de desocupação, de forma  a priorizar ações de mediação e conciliação.
Os moradores alegam que houve irregularidades no decorrer do processo de desocupação, argumentando que teria sido descumprindo acordo firmado com os moradores, além de demora no julgamento dos recursos apresentados pela associação. “Vamos examinar com cautela as alegações e tomar as providências que se mostrarem necessárias”, afirmou a ministra.
A associação também solicitou à corregedora a definição de normas que guiem a atuação dos magistrados em futuros casos de reintegração fundiária. Para eles, a repetição de episódios de desocupação de famílias no país, que afetam milhares de pessoas, demonstra a necessidade de uma regulamentação que padronize os procedimentos adotados no cumprimento das decisões judiciais, em benefício da sociedade.


27.setembro.2011 19:12:01

Em nota, Tribunal de Justiça se diz ‘surpreso’ com as declarações de Eliana Calmon





Depois que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou nota em repúdio às declarações da ministra Eliana Calmon foi a vez do Tribunal de Justiça de São Paulo se pronunciar a respeito do caso. Em nota divulgada há pouco, o Conselho Superior da Magistratura do Tribunal de Justiça de SP afirmou que recebeu com surpresa as declarações da ministra, que também é corregedora nacional de Justiça, de que teria problemas com o CNJ.
A nota também destaca um mutirão feito para promover mais rapidez e atender às metas de julgamento estabelecidas pelo CNJ e cita uma resolução editada em março deste ano, que fixa critérios para o pronto julgamento de todos os casos que entraram com recurso no tribunal até dezembro de 2006.
Em entrevista à APJ (Associação Paulista de Jornais), a ministra criticou as tentativas de associações de magistrados de limitar as atribuições disciplinares do CNJ. Calmon chegou a dizer que seria “o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga”. A ministra citou o Tribunal de Justiça de SP ao dizer que o tribunal apresentaria resistência para ser fiscalizado pelo CNJ.

Crise. A nota lida no CNJ na tarde desta terça-feira, 27, abriu uma crise na casa. Depois de uma reunião com 11 conselheiros, o presidente da instituição e do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, leu uma nota de repúdio às “declarações publicadas em jornais desta data, que de forma generalizada ofendem a idoneidade e a dignidade de todos os magistrados e de todo o Poder Judiciário”.
O caso deve chegar ao plenário do STF (Superior Tribunal Federal) caso a ação de inconstitucionalidade da Associação dos Magistrados Brasileiros, ajuizada em agosto último, entre na pauta. A associação pede que o CNJ só atue depois de esgotados os trabalhos das corregedorias regionais.

ESPECIAL-Paladina contra 'bandidos de toga' na Justiça brasileira

11 de setembro de 2012 | 8h 07

ENFRENTAMENTO COM O STF
Assim, fiel a seu discurso, ela dobrou as apostas depois que o Supremo assumiu o caso para limitar os poderes do CNJ.
Levou suas acusações diretamente à sociedade -alegando, por exemplo, que centenas de juízes tinham feito movimentações financeiras acima dos seus vencimentos. Ela também afirmou que quase a metade dos magistrados do Estado de São Paulo não tinha apresentado suas declarações de renda, apesar das exigências legais.
Enquanto isso, mirou o ministro Peluso, então presidente do Supremo, sugerindo que ele a impedia de investigar a Justiça paulista -onde tramitam 60 por cento dos casos no Brasil.
"Sabe que dia eu vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro", disse ela.
A resposta popular foi enorme. Eliana Calmon começou a aparecer diariamente nas capas de jornais. As mídias sociais se agitavam a cada nova acusação. Finalmente, chegou à fama: um carro alegórico do Carnaval de Brasília desfilou com uma faixa que dizia "Eliana Calmon, seu santo é foda!"
Em fevereiro o STF decidiu, preservando os poderes de Calmon e do CNJ. A então corregedora, que estava tão nervosa durante o julgamento que precisou de pílulas para dormir, ficou chocada.
"Não tenho dúvida de que a opinião pública teve um papel na decisão", disse.
Layrce de Lima, porta-voz do Supremo, recusou-se a comentar sobre se o julgamento do CNJ foi influenciado pela opinião pública.
Depois de sair vitoriosa do embate, Calmon disse que veio uma enxurrada de relatos. Promotores e funcionários da Justiça em todo o país, especialmente aqueles com menos de 40 anos de idade, começaram a entrar em contato para contar histórias de corrupção e abuso de poder.
"O benefício real do confronto foi o dramático aumento do número de acusações que recebemos no CNJ", disse. "As pessoas começaram a acreditar pela primeira vez que ninguém -nem os mais poderosos- poderiam impedir esses casos de serem investigados."
ATUALMENTE, SABE-SE PELAS MÍDIAS SOCIAIS, PORQUE A IMPRENSA VENAL NÃO DÁ UMA PALAVRA SEQUER SOBRE O ASSUNTO, DOS BILHÕES DESVIADOS EM PROL DE INTEGRANTES DO GOVERNO DO ESTADO NA CONSTRUÇÃO DE FERROVIAS DE TRÂNSITO RÁPIDO: O ESCÂNDALO DO METRÔ!
INFELIZMENTE, NADA DISSO CHEGA SEQUER A CAUSAR INDIGNAÇÃO.
NEM MESMO SE NÃO SE CUMPRE, DEPOIS DE UM ANO DE PROFERIDA, DECISÃO DE UMA CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO DO MESMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, COMO ACONTECE  EM COTIA DESDE 2004, PORTANTO HÁ DEZ ANOS. MAS NINGUÉM CUMPRIU A DECISÃO DO TRIBUNAL E TUDO CONTINUA IGUAL: RUAS FECHADAS AO TRÂNSITO LIVRE E OS NOTICIÁRIOS DE TODOS OS DIAS FALANDO EM DIREITO DE IR E VIR. E TEM-SE UM PREFEITO JULGADO INELEGÍVEL POR CONTA DE DESVIOS QUE CONTINUA MANDANDO NA CIDADE COMO SE PREFEITO FOSSE, APOIADO PELO ATUAL, QUE RESPONDE VÁRIAS AÇÕES POR IMPROBIDADE ADIMINISTRATIVA. ENQUANTO ISSO, SEGUE A MÁFIA DE FECHAMENTO DE RUAS, RINDO MUITO DOS QUE PERDERAM SEUS BENS, APESAR DE MUITA LUTA. E O TJ DE SP???, ESSE, QUANDO ALGUMA DECISÃO DESFAVORECE O BANDIDO, ELA ... AH! SIMPLESMENTE NÃO SE CUMPRE!
DECISÃO DESCUMPRIDA HÁ UM ANO E DOIS MESES:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Registro: 2012.0000689604
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação / Reexame
Necessário nº 0004965-12.2007.8.26.0152, da Comarca de Cotia, em que é
apelante PREFEITURA MUNICIPAL DE COTIA, é apelado MINISTÉRIO
PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO.
ACORDAM, em 10ª Câmara de Direito Público do Tribunal de
Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento aos
recursos. V.U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este
acórdão.
O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores
ANTONIO CARLOS VILLEN (Presidente), ANTONIO CELSO AGUILAR
CORTEZ E TORRES DE CARVALHO.
São Paulo, 17 de dezembro de 2012.
ANTONIO CARLOS VILLEN
RELATOR
Assinatura Eletrônica



E O QUE SE FAZ CONTRA QUEM DENUNCIA?

VARIA.

PODE SER DESDE UMA DESCREDIBILIZAÇÃO ONDE SE IMPUTA INSANIDADE OBTIDA ATRAVÉS DE LAUDO FORJADO PELO PRÓPRIO ESTADO, NO CASO O IMESC, ATÉ CRIMINALIZAÇÃO COM DIVERSOS REGISTROS NA MAIS QUE TEMIDA "FOLHA DE ANTECEDENTES CRIMINAIS".

SE ISTO TUDO NÃO RESOLVER PODE-SE FORJAR JULGAMENTOS NO PRÓPRIO TJ.

APÓS A FRAUDE, NADA SE PUBLICA NO DIÁRIO OFICIAL, PARA SE GARANTIR MEDIDAS RÁPIDAS DE LIQUIDAÇÃO DO ALVO!

SE A FARSA FOR PERCEBIDA A TEMPO DE SE IMPETRAR SEGURANÇA, INVENTA-SE UM PRETEXTO "LEGAL" PARA BLOQUEAR QUALQUER RECURSO DE SER EXAMINADO EM CORTE MAIS ISENTA.

AO FINAL, PREVALECERÁ MESMO O COMPADRIO, OS LAÇOS DE AMIZADE, O TRÁFICO DE INFLUÊNCIA E TUDO QUE BEM SERVIR AO PROPÓSITO DE ATINGIR AQUELES QUE FALAM.

SE NADA DISSO SERVIR PARA FREAR OS RECLAMOS JUSTÍSSIMOS DE QUEM TEM CERTEZA DE QUE O PAÍS ESTÁ MUDANDO E É PRECISO LUTAR PELOS DIREITOS SOCIAIS, PODE-SE CONTAR AINDA COM JAGUNÇOS, DE VARIADOS TIPOS E FORMAS: DESDE OS QUE VESTEM FARDA E ATIRAM PARA MATAR, ATÉ AQUELES QUE PARTICIPAM DA RECOLHA REAL DA PROPINA QUE É EXTORSÃO E QUE SE PROTEGEM ENTRE SI, OU DEIXANDO DE INVESTIGAR, OU PROIBINDO DE DENUNCIAR.

NO FINAL, ENCONTRAM-SE TODOS PARA A DIVISÃO DO BUTIM, SEMPRE CERCADO DE MUITO ÓDIO.

ESSA PROMISCUIDADE DE JUÍZES, DESEMBARGADORES, PRESIDENTES DE ENTIDADES CORRELATAS AOS ASSUNTOS JURÍDICOS, LISTA DE INDICAÇÕES AO CARGO DE JUIZ PELO QUINTO CONSTITUCIONAL, É CONTINUIDADE APENAS, DE UM SISTEMA FALIDO, SEM CREDIBILIDADE QUALQUER E QUE PREJUDICA INTERESSES DE TODA UMA NAÇÃO.


Afinal, com muito esforço e por ter sofrido muito desse ódio secular, parece que a sociedade brasileira enfim começa a despertar, a enxergar quem alimenta o ódio e porquê.


Sandra Paulino